«Exclusão social», «Tarrafal» ou «fundamentalismo» são algumas das reacções dos fumadores à nova lei do tabaco. Reacções que não merecem qualquer comentário até porque aquilo de que se queixam é exactamente o mesmo de que poderiam queixar-se todos os que têm sido impedidos de frequentar os locais pejados de fumo desrespeitador.
Um estabelecimento comercial, ainda que propriedade privada, não pode sujeitar os clientes a uma agressão que faça perigar a sua integridade física. A complacência social relativamente ao tabaco deriva da ignorância secular sobre os seus malefícios e a nova Lei peca por chegar com várias décadas de atraso. A insistência em forçar os outros ao convívio com o fumo sempre esteve muito aquém do bom senso e os fumadores nunca se inibiram de fumar em tudo quanto era espaço colectivo, ao arrepio das mais elementares normas de convivência social.
Acrescente-se que não tenho nada a obstar à existência de espaços para fumadores. Mas por favor não insistam em fazer-me estar no seu convívio.
Minho: O Melhor e o Pior de 2007
O Melhor do Ano
1. Ferrovia na Agenda Política do Minho
Passaram mais de 18 meses desde que António Magalhães lançou o repto até que Mesquita Machado se pronunciou publicamente a favor da ferrovia no quadrilátero urbano do Minho. Mais a norte, foi anunciada a extensão da ferrovia ao porto de mar de Viana do Castelo até 2013. Pelo meio, um extenso debate que levou a uma enorme exposição pública da blogosfera minhota, cujo ponto alto foi a Petição Pelo Eléctrico moderno em Braga. Aconteça o que acontecer, a ferrovia entrou na agenda do Minho e o mérito também é nosso.
2. Minho: Região do Conhecimento
Instituto Ideia Atlântico, Instituto Ibérico de Nanotecnologia, nova Escola de Ciências da Saúde, CampUrbis e AvePark configuram as apostas certas para o Minho. Está visto que só através do conhecimento podemos aspirar fazer do Minho uma região de nome internacional. Com epicentro na Universidade homónima, está em marcha uma verdadeira revolução na ciência e tecnologia Made in Minho.
3. «Cidade dos Arcebispos» disse SIM à Despenalização da IVG
Nem o facto do maior movimento regional pelo NÃO ter sede em Braga, travou a emancipação dos bracarenses relativamente ao estatuto de segunda maior cidade do catolicismo nacional. Mesmo após uma enorme campanha levada a cabo pelos pastores da Igreja Católica, o voto urbano deu um claro e inequívoco sim à despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
O Pior do Ano
1. Encerramento da Bracalândia
A Bracalândia fechou ao público no dia 30 de Setembro. Perdeu-se um dos espaços mais emblemáticos da cidade e uma marca distintiva de Braga que trazia uma enorme quantidade de turistas provenientes de todo o Portugal e da Galiza. A Bracalândia fechou e não há parque novo que repare a perda.
2. O Minho Acabou
«Porto e Norte de Portugal» é o novo eufemismo que nos identifica. Acabou o Minho e os coveiros estão entre nós, a começar pelo Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e pelas regiões de turismo do Minho que nunca se conseguiram entender. Seja como for, Braga e Guimarães, Gerês e Lindoso serão «Porto e Norte de Portugal». O Bom Jesus e o Castelo de Guimarães serão destinos acessórios no «Porto e Norte de Portugal». A prioridade chama-se «Portoe Norte de Portugal». Chora Minho!
3. Idosos de Cabeceiras «arrastados» pelo PS para fazer número em Lisboa
Nem dez anos chegarão para que se apague a imagem de populismo repelente que alguns autarcas do Minho deram ao país. Não lembraria ao diabo levar idosos de Cabeceiras de Basto para agitar bandeiras partidárias numas eleições autárquicas distantes, mas lembrou aos autarcas de Cabeceiras a troco, imagine-se, de uma devota paragem em Fátima, o altar do país.
Personalidade do Ano
Lúcio Craveiro da Silva (1914-2007)
Em 13 de Agosto de 2007, Portugal perdeu um dos mais ilustres bracarenses. Ainda que nascido em Tortosedo, Covilhã, o nome deste padre jesuíta ficará para sempre ligado à cidade de Braga. Membro do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e da Academia das Ciências de Lisboa, o Professor Lúcio Craveiro da Silva foi o primeiro reitor eleito em Portugal, tendo exercido o cargo de reitor da Universidade do Minho entre 1981 e 1986. Nome maior da cultura bracarense, foi Superior Provincial dos Jesuítas portugueses de 1960 a 1966 e viu o seu nome ser dado a uma das maiores e mais dinâmicas bibliotecas da cidade de Braga.
Acontecimento do Ano
Descoberta do Teatro Romano da Cividade
Manuela Martins, Professora Catedrática do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e Presidente da Unidade de Arqueologia, liderou a equipa que devolveu à luz do dia uma parte do Teatro Romano da Colina da Cividade. Classificada como uma «descoberta extraordinária», abrem-se portas à valorização da Braga Romana que poderá servir de alavanca para a aposta na protecção do património da cidade. Os próximos passos não se conhecem, mas a perspectiva de que o Teatro poderá ser completamente desenterrado acabou por entusiasmar a Câmara Municipal e o Ministério da Cultura.
1. Ferrovia na Agenda Política do Minho
Passaram mais de 18 meses desde que António Magalhães lançou o repto até que Mesquita Machado se pronunciou publicamente a favor da ferrovia no quadrilátero urbano do Minho. Mais a norte, foi anunciada a extensão da ferrovia ao porto de mar de Viana do Castelo até 2013. Pelo meio, um extenso debate que levou a uma enorme exposição pública da blogosfera minhota, cujo ponto alto foi a Petição Pelo Eléctrico moderno em Braga. Aconteça o que acontecer, a ferrovia entrou na agenda do Minho e o mérito também é nosso.
2. Minho: Região do Conhecimento
Instituto Ideia Atlântico, Instituto Ibérico de Nanotecnologia, nova Escola de Ciências da Saúde, CampUrbis e AvePark configuram as apostas certas para o Minho. Está visto que só através do conhecimento podemos aspirar fazer do Minho uma região de nome internacional. Com epicentro na Universidade homónima, está em marcha uma verdadeira revolução na ciência e tecnologia Made in Minho.
3. «Cidade dos Arcebispos» disse SIM à Despenalização da IVG
Nem o facto do maior movimento regional pelo NÃO ter sede em Braga, travou a emancipação dos bracarenses relativamente ao estatuto de segunda maior cidade do catolicismo nacional. Mesmo após uma enorme campanha levada a cabo pelos pastores da Igreja Católica, o voto urbano deu um claro e inequívoco sim à despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
O Pior do Ano
1. Encerramento da Bracalândia
A Bracalândia fechou ao público no dia 30 de Setembro. Perdeu-se um dos espaços mais emblemáticos da cidade e uma marca distintiva de Braga que trazia uma enorme quantidade de turistas provenientes de todo o Portugal e da Galiza. A Bracalândia fechou e não há parque novo que repare a perda.
2. O Minho Acabou
«Porto e Norte de Portugal» é o novo eufemismo que nos identifica. Acabou o Minho e os coveiros estão entre nós, a começar pelo Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e pelas regiões de turismo do Minho que nunca se conseguiram entender. Seja como for, Braga e Guimarães, Gerês e Lindoso serão «Porto e Norte de Portugal». O Bom Jesus e o Castelo de Guimarães serão destinos acessórios no «Porto e Norte de Portugal». A prioridade chama-se «Porto
3. Idosos de Cabeceiras «arrastados» pelo PS para fazer número em Lisboa
Nem dez anos chegarão para que se apague a imagem de populismo repelente que alguns autarcas do Minho deram ao país. Não lembraria ao diabo levar idosos de Cabeceiras de Basto para agitar bandeiras partidárias numas eleições autárquicas distantes, mas lembrou aos autarcas de Cabeceiras a troco, imagine-se, de uma devota paragem em Fátima, o altar do país.
Personalidade do Ano
Lúcio Craveiro da Silva (1914-2007)
Em 13 de Agosto de 2007, Portugal perdeu um dos mais ilustres bracarenses. Ainda que nascido em Tortosedo, Covilhã, o nome deste padre jesuíta ficará para sempre ligado à cidade de Braga. Membro do Instituto de Filosofia Luso-Brasileira e da Academia das Ciências de Lisboa, o Professor Lúcio Craveiro da Silva foi o primeiro reitor eleito em Portugal, tendo exercido o cargo de reitor da Universidade do Minho entre 1981 e 1986. Nome maior da cultura bracarense, foi Superior Provincial dos Jesuítas portugueses de 1960 a 1966 e viu o seu nome ser dado a uma das maiores e mais dinâmicas bibliotecas da cidade de Braga.
Acontecimento do Ano
Descoberta do Teatro Romano da Cividade
Manuela Martins, Professora Catedrática do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e Presidente da Unidade de Arqueologia, liderou a equipa que devolveu à luz do dia uma parte do Teatro Romano da Colina da Cividade. Classificada como uma «descoberta extraordinária», abrem-se portas à valorização da Braga Romana que poderá servir de alavanca para a aposta na protecção do património da cidade. Os próximos passos não se conhecem, mas a perspectiva de que o Teatro poderá ser completamente desenterrado acabou por entusiasmar a Câmara Municipal e o Ministério da Cultura.
Cultura no Minho: O Melhor de 2007
Acontecimentos da Cultura
Guimarães tem novo Centro de Artes e Espectáculos
O mítico São Mamede reabriu em Dezembro com a promessa de revolucionar a cultura minhota. Complementar ao Centro Cultural Vila Flor, o novo espaço arrancou em grande conseguindo lotação esgotada numa mão cheia de espectáculos. Para além da sala de espectáculos, dispõe de uma galeria de arte, um café concerto e uma filial da consagrada livraria bracarense Centésima Página.
Famalicão recebe espólio de Mário Cesariny e Eduardo Prado Coelho
2007 foi o ano em que se soube que a cidade de Famalicão recebeu o espólio de duas figuras maiores da cultura portuguesa do século: Mário Cesariny e Eduardo Prado Coelho doaram as suas bibliotecas à Câmara Municipal de Famalicão. O Minho e Cultura agradecem.
Personalidade da Cultura
Paulo Brandão
De competência incontestada e polémico que baste, Paulo Brandão lidera a programação do Theatro que colocou Braga na rota dos grandes espectáculos culturais do país. Embora pouco consensual, a programação de Paulo Brandão tem o mérito da coerência na elitização dos espectáculos e dos públicos, quando seria muito mais fácil ceder à crítica, ziguezagueando nas opções. No entanto, quando temos a 16 km um Centro de Artes e Espectáculos que seguramente procurará artistas que garantam sucessivas casas cheias, não há grandes razões para censurar a política de um dos programadores mais cobiçado do país. Por tudo isto, Paulo Brandão merece a distinção. Que Braga saiba reconhecer e acolher os melhores.
Guimarães tem novo Centro de Artes e Espectáculos
O mítico São Mamede reabriu em Dezembro com a promessa de revolucionar a cultura minhota. Complementar ao Centro Cultural Vila Flor, o novo espaço arrancou em grande conseguindo lotação esgotada numa mão cheia de espectáculos. Para além da sala de espectáculos, dispõe de uma galeria de arte, um café concerto e uma filial da consagrada livraria bracarense Centésima Página.
Famalicão recebe espólio de Mário Cesariny e Eduardo Prado Coelho
2007 foi o ano em que se soube que a cidade de Famalicão recebeu o espólio de duas figuras maiores da cultura portuguesa do século: Mário Cesariny e Eduardo Prado Coelho doaram as suas bibliotecas à Câmara Municipal de Famalicão. O Minho e Cultura agradecem.
Personalidade da Cultura
Paulo Brandão
De competência incontestada e polémico que baste, Paulo Brandão lidera a programação do Theatro que colocou Braga na rota dos grandes espectáculos culturais do país. Embora pouco consensual, a programação de Paulo Brandão tem o mérito da coerência na elitização dos espectáculos e dos públicos, quando seria muito mais fácil ceder à crítica, ziguezagueando nas opções. No entanto, quando temos a 16 km um Centro de Artes e Espectáculos que seguramente procurará artistas que garantam sucessivas casas cheias, não há grandes razões para censurar a política de um dos programadores mais cobiçado do país. Por tudo isto, Paulo Brandão merece a distinção. Que Braga saiba reconhecer e acolher os melhores.
Desporto no Minho: O Melhor de 2007
Acontecimentos Desportivos
ABC Bicampeão Nacional de Andebol
O ABC de Braga, clube maior do andebol nacional, revalidou o título de campeão nacional daquela modalidade recolocando o Minho no mais elevado patamar nacional daquela modalidade. A presente época começou com um Flávio Sá Leite repleto de gente e de sonhos para assistir ao confronto com o Barcelona FC - o ABC caiu, mas o maior clube de andebol do mundo teve que suar a camisola. Foram os melhores de 2007.
Sporting de Braga Europeu
O crescimento sustentado dos últimos anos levou os minhotos ao convívio com os grandes. Depois de ultrapassar o Chievo de Itália, os bracarenses chegaram à fase de grupos da Taça UEFA e conseguiram apurar-se ombreando com Sevilha e AZ Alkmar. Nos dezasseis-avos, o mítico Parma foi ultrapassado com duas vitórias. A carreira vitoriosa só terminou nos oitavos de final diante de um milionário Tottenham de Londres.
Personalidade Desportiva do Ano
Manuel Cajuda
Regressou ao Minho para (re)colocar o Vitória de Guimarães na primeira divisão. Conseguiu, conquistando o coração dos adeptos vitorianos como há muito não se via. Na época presente, o Vitória surge numa surpreende quarta posição que ratifica a aposta neste algarvio que já é do Minho. Espermos que no próximo ano a Europa seja duplamente minhoto.
ABC Bicampeão Nacional de Andebol
O ABC de Braga, clube maior do andebol nacional, revalidou o título de campeão nacional daquela modalidade recolocando o Minho no mais elevado patamar nacional daquela modalidade. A presente época começou com um Flávio Sá Leite repleto de gente e de sonhos para assistir ao confronto com o Barcelona FC - o ABC caiu, mas o maior clube de andebol do mundo teve que suar a camisola. Foram os melhores de 2007.
Sporting de Braga Europeu
O crescimento sustentado dos últimos anos levou os minhotos ao convívio com os grandes. Depois de ultrapassar o Chievo de Itália, os bracarenses chegaram à fase de grupos da Taça UEFA e conseguiram apurar-se ombreando com Sevilha e AZ Alkmar. Nos dezasseis-avos, o mítico Parma foi ultrapassado com duas vitórias. A carreira vitoriosa só terminou nos oitavos de final diante de um milionário Tottenham de Londres.
Personalidade Desportiva do Ano
Manuel Cajuda
Regressou ao Minho para (re)colocar o Vitória de Guimarães na primeira divisão. Conseguiu, conquistando o coração dos adeptos vitorianos como há muito não se via. Na época presente, o Vitória surge numa surpreende quarta posição que ratifica a aposta neste algarvio que já é do Minho. Espermos que no próximo ano a Europa seja duplamente minhoto.
Braga: Uma Cidade, Dois Estádios
Vasco Eiriz, no blogue Empreender, diz que «clubes ricos, em cidades ricas de países ricos são assim mesmo: um estádio não lhes chega.» A questão não é nova: a construção do Estádio Municipal de Braga foi um erro estratégico que teremos todos que pagar ao longo dos próximos (muitos) anos.
A impossibilidade de demolir o Estádio 1º de Maio, justificada pela sua monumentalidade, era motivo bastante para se ter optado por remodelar aquele recinto para receber os 2 jogos do Euro 2004. Renovado, o Estádio 1º de Maio seria em tudo superior ao novo Municipal de Braga, com excepção da celebrada originalidade arquitectónica deste. A localização periférica, o desconforto evidente, a aridez climatérica, a desfuncionalidade, os maus acessos e a falta de estacionamento são alguns dos maiores males de que enferma o novo Municipal de Braga, contribuindo para que a ocupação média não vá além dos 30% da capacidade total.
Contudo, os erros de planeamento não se resumem às evidentes lacunas no conforto proporcionado aos adeptos. Nos dias que correm , qualquer estádio moderno é pensado numa lógica de maximização de lucros através da criação de áreas comerciais permanentes, complementares à função de recinto desportivo. Nada disto foi pensado para o Municipal de Braga. A venda dos direitos de naming é a única fonte extraordinária de receita ao dispor do clube que lhe tem dado uso.
Na impossibilidade de evitar muitos dos erros cometidos, importará agora continuar a travar a degradação do Estádio 1º de Maio e encontrar soluções que minimizem o desconforto dos adeptos no Municipal de Braga e maximizem as receitas provenientes deste recinto desportivo.
Uma coisa é certa: a cidade que construiu dois estádios, ainda não foi capaz de construir um novo hospital. Prioridades.
A impossibilidade de demolir o Estádio 1º de Maio, justificada pela sua monumentalidade, era motivo bastante para se ter optado por remodelar aquele recinto para receber os 2 jogos do Euro 2004. Renovado, o Estádio 1º de Maio seria em tudo superior ao novo Municipal de Braga, com excepção da celebrada originalidade arquitectónica deste. A localização periférica, o desconforto evidente, a aridez climatérica, a desfuncionalidade, os maus acessos e a falta de estacionamento são alguns dos maiores males de que enferma o novo Municipal de Braga, contribuindo para que a ocupação média não vá além dos 30% da capacidade total.
Contudo, os erros de planeamento não se resumem às evidentes lacunas no conforto proporcionado aos adeptos. Nos dias que correm , qualquer estádio moderno é pensado numa lógica de maximização de lucros através da criação de áreas comerciais permanentes, complementares à função de recinto desportivo. Nada disto foi pensado para o Municipal de Braga. A venda dos direitos de naming é a única fonte extraordinária de receita ao dispor do clube que lhe tem dado uso.
Na impossibilidade de evitar muitos dos erros cometidos, importará agora continuar a travar a degradação do Estádio 1º de Maio e encontrar soluções que minimizem o desconforto dos adeptos no Municipal de Braga e maximizem as receitas provenientes deste recinto desportivo.
Uma coisa é certa: a cidade que construiu dois estádios, ainda não foi capaz de construir um novo hospital. Prioridades.
[Avenida do Mal] Um Ensaio Confuso a um País Confuso
Finado o ano e vai com as horas da morte as melhoras da mesma. Em jeito de canto de cisne um pontapé neste país. José Gil é um filósofo português exilado desta teia de aranhiço rectangular, e de Paris, qual médico em telemedicina, traça como ninguém a etiologia e o diagnóstico de um Portugal há muito doente. Se o" Salazarismo foi doença que pôs de rastos o povo português", o que temos, e ressecado o cancro, são metástases a inquinar a democracia dali tirada. E nem a quimioterapia da União Europeia faz milagre perante o caquético sistema político-partidário que vai emagrecendo uns pela engorda de outros.
Neste curral de recos gordos, poucos deles prontos para a matança na geada de Janeiro que tempera a carne como as conserva, espera-nos pela quadra, o porcino discurso das figuras paternas do país, a varrer para debaixo da sola uns dos outros responsabilidades, apontando erros e caminhos, mais terrenos e mais ou menos divinos. O melhor que daí virá, e se vier, vai da fisiologia própria da nação acostumada a remediar-se e a fazer pela vida, em remendos e fugas para fora - Luxemburgo, Bélgica e Suíça, como nunca e agora - vitórias pelo sacrifício de alguns e das suas remessas, de gerações como a minha: exportadas.
Não se percebe como se adiam reformas e se fazem outras pela metade, como a coragem política fica nas luzinhas do paleio, deitado boca fora, em hemiciclos e cadeirões com pinheiros por trás. Não as há e faz-se o espectáculo o ano todo, 3 décadas após Caetano, como se iluminam os Jerónimos de azul e amarelo estrelado. É a tradição de governação Endemol, mais surreal que reality show, mas igualmente vazia e pelas audiências.
Mas não interessa. Aplaude-se. Neste País dos Clubes Grandes, há que manter os partidos Grandes porque tudo, no Portugal pequeno, se quer grande como a metáfora do indicador e do polegar. E muito ajuda a poda, encetada pelo império partidário do meio, divido que está em 2 dinastias de cor e demais clãs, mas que até aí se confundem no daltonismo das suas ideias. Parece tudo o mesmo e pelo mesmo reclamam, porque pegam uns nos cartazes que os outros deixam quando se sentam estes no pedestal de S. Bento. Prolonga-se a Revista...
Foi isto até 2007, e por aí em diante nos espera: o Portugal cinzento de Inverno e parolo de Verão. E ainda menos diverso com leis cozinhadas para si, por comadres desavindas mas que na calada emprestam ovos - de Colombo alguns-, que limitam partidos pequenos e engrossam fileiras do Burro e do Elefante. Tudo, bem ao jeito de versão micra, faz de Portugal um País Bicéfalo mas cegueta. Em sociedade, pior aluno da Europa e discípulo inesperado do pior da América profunda.
Neste curral de recos gordos, poucos deles prontos para a matança na geada de Janeiro que tempera a carne como as conserva, espera-nos pela quadra, o porcino discurso das figuras paternas do país, a varrer para debaixo da sola uns dos outros responsabilidades, apontando erros e caminhos, mais terrenos e mais ou menos divinos. O melhor que daí virá, e se vier, vai da fisiologia própria da nação acostumada a remediar-se e a fazer pela vida, em remendos e fugas para fora - Luxemburgo, Bélgica e Suíça, como nunca e agora - vitórias pelo sacrifício de alguns e das suas remessas, de gerações como a minha: exportadas.
Não se percebe como se adiam reformas e se fazem outras pela metade, como a coragem política fica nas luzinhas do paleio, deitado boca fora, em hemiciclos e cadeirões com pinheiros por trás. Não as há e faz-se o espectáculo o ano todo, 3 décadas após Caetano, como se iluminam os Jerónimos de azul e amarelo estrelado. É a tradição de governação Endemol, mais surreal que reality show, mas igualmente vazia e pelas audiências.
Mas não interessa. Aplaude-se. Neste País dos Clubes Grandes, há que manter os partidos Grandes porque tudo, no Portugal pequeno, se quer grande como a metáfora do indicador e do polegar. E muito ajuda a poda, encetada pelo império partidário do meio, divido que está em 2 dinastias de cor e demais clãs, mas que até aí se confundem no daltonismo das suas ideias. Parece tudo o mesmo e pelo mesmo reclamam, porque pegam uns nos cartazes que os outros deixam quando se sentam estes no pedestal de S. Bento. Prolonga-se a Revista...
Foi isto até 2007, e por aí em diante nos espera: o Portugal cinzento de Inverno e parolo de Verão. E ainda menos diverso com leis cozinhadas para si, por comadres desavindas mas que na calada emprestam ovos - de Colombo alguns-, que limitam partidos pequenos e engrossam fileiras do Burro e do Elefante. Tudo, bem ao jeito de versão micra, faz de Portugal um País Bicéfalo mas cegueta. Em sociedade, pior aluno da Europa e discípulo inesperado do pior da América profunda.
Avenida dos Leitores: Balneário Romano na Estação de Braga
É um balneário pré-romano. Foi descoberto aquando das obras de remodelação da estação de caminho-de-ferro de Braga e (muito bem) preservado. Está à espera dos visitantes no piso -1 da estação, com acesso por elevador e escada rolante.
A acompanhar o balneário há painéis explicativos, com legendas, a reconstituição tridimensional, um mapa do Entre-Douro e Minho com a distribuição dos balneários de sauna descobertos até 2003 e uma citação de Estrabão, tudo em Português, Inglês e Francês.
O problema é que quem chega a esta porta de entrada da cidade pode não se aperceber da sua existência. Que eu tenha visto, não está colocada em lugar visível qualquer placa indicativa, que permita a quem chega saber que o percurso pelos monumentos de Braga pode começar já ali. Da mesma forma, também não consegui encontrar afixada qualquer informação sobre o património bracarense. Se a informação existe, não estará discreta demais?
Enviado por Lois Lane
A acompanhar o balneário há painéis explicativos, com legendas, a reconstituição tridimensional, um mapa do Entre-Douro e Minho com a distribuição dos balneários de sauna descobertos até 2003 e uma citação de Estrabão, tudo em Português, Inglês e Francês.
O problema é que quem chega a esta porta de entrada da cidade pode não se aperceber da sua existência. Que eu tenha visto, não está colocada em lugar visível qualquer placa indicativa, que permita a quem chega saber que o percurso pelos monumentos de Braga pode começar já ali. Da mesma forma, também não consegui encontrar afixada qualquer informação sobre o património bracarense. Se a informação existe, não estará discreta demais?
Enviado por Lois Lane
O Comboio do Minho
Depois de meses a somar apoios, o projecto de construção de uma rede de linhas ferroviárias no quadrilátero urbano do Minho ganhou um novo adepto. Mesquita Machado explicou que a construção da linha poderá estar integrada no programa "Política de Cidades Polis XXI", recentemente aprovado e que integra os municípios de Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos.
É a aposta certa para um Minho sistematicamente marginalizado pelo investimento central. Para que a mesma se concretize com a brevidade necessária, o que implica que a ligação entre Braga e Guimarães esteja pronta a tempo da Capital Europeia da Cultura, é importante (1) que os autarcas se mantenham unidos na substância e na forma, (2)que sejam perseverantes e reivindicativos junto do poder central e (3) que não cedam a eventuais negociatas locais que «troquem» a linha por esmolas populistas do governo com o intuito de arrecadar uns votinhos em 2009.
É a aposta certa para um Minho sistematicamente marginalizado pelo investimento central. Para que a mesma se concretize com a brevidade necessária, o que implica que a ligação entre Braga e Guimarães esteja pronta a tempo da Capital Europeia da Cultura, é importante (1) que os autarcas se mantenham unidos na substância e na forma, (2)que sejam perseverantes e reivindicativos junto do poder central e (3) que não cedam a eventuais negociatas locais que «troquem» a linha por esmolas populistas do governo com o intuito de arrecadar uns votinhos em 2009.
Os Bons e os Maus Exemplos (II)
O Futebol Clube do Porto está a ponderar proibir o fumo no interior do Estádio do Dragão. Sendo propriedade do Município, a Câmara Municipal de Braga deveria dar o exemplo e avançar com a proibição total de fumo no interior do Estádio Municipal de Braga. Porque o respeito pelos outros deve ser uma prioridade...
Os Bons e os Maus Exemplos
A Taberna Inglesa, em Braga, anunciou que será um espaço livre de fumo. Já o Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, anuncia que o Café Concerto vai ser um espaço com fumo. Péssimo exemplo que nos chega de um edifício público, construído com os impostos de todos e que, ao que parece, vai continuar a perpetuar as agressões não consentidas de que todos são alvo sempre que visitam aquele espaço.
(In)Coerências
João Cardoso Rosas, a propósito das vagas em Medicina, revolta-se afirmando que «em nome da defesa pura e simples de interesses corporativos impede-se uma grande quantidade de jovens de escolher a via de acesso à profissão para a qual se sentem vocacionados.» Estranho argumento num momento em que se anuncia o aumento das vagas em Medicina Geral e Familiar (à custa da diminuição de outras especialidades), impedindo uma grande quantidade de médicos de escolher a via de acesso à especialidade para a qual se sentem vocacionados...
Sinto-me um pouco confuso...
«Depois de garantida a contratação do central brasileiro Alex (Botafogo), as baterias foram totalmente apontadas para Miguelito e em poucas horas os bracarenses asseguraram junto do Benfica a cedência do lateral-esquerdo até final desta temporada, em mais uma operação relâmpago bem sucedida para os lados do Minho, já que do estrangeiro surgiam convites aliciantes.» [A Bola, 27/12/2007]
«Só falta uma conversa entre Miguelito e o Benfica para o lateral-esquerdo se apresentar em Braga. [...] Por um lado, o Benfica compromete-se a ceder, em definitivo, o defesa que tem sido pontualmente utilizado por José António Camacho; por outro, o Braga prescindirá de uma parte do pagamento referente à transferência de Luís Filipe, cujo passe foi vendido por 500 mil euros. [...] Alex Bruno surge, nesta equação, como uma possibilidade.» [O Jogo, 27/12/2007]
«o Sporting de Braga antecipou-se e está em vias de assegurar o concurso do central brasileiro Alex, de 25 anos, que defendia as cores do Botafogo. [...] Já há acordo com Miguelito.» [Diário do Minho, 27/12/2007]
Já percebemos que Alex e Miguelito serão jogadores do Sporting de Braga. Quanto ao resto, quem diz a verdade?
Adenda (28/12/2007) - A Bola errou. O JOGO e o Diário do Minho estavam certos.
«Só falta uma conversa entre Miguelito e o Benfica para o lateral-esquerdo se apresentar em Braga. [...] Por um lado, o Benfica compromete-se a ceder, em definitivo, o defesa que tem sido pontualmente utilizado por José António Camacho; por outro, o Braga prescindirá de uma parte do pagamento referente à transferência de Luís Filipe, cujo passe foi vendido por 500 mil euros. [...] Alex Bruno surge, nesta equação, como uma possibilidade.» [O Jogo, 27/12/2007]
«o Sporting de Braga antecipou-se e está em vias de assegurar o concurso do central brasileiro Alex, de 25 anos, que defendia as cores do Botafogo. [...] Já há acordo com Miguelito.» [Diário do Minho, 27/12/2007]
Já percebemos que Alex e Miguelito serão jogadores do Sporting de Braga. Quanto ao resto, quem diz a verdade?
Adenda (28/12/2007) - A Bola errou. O JOGO e o Diário do Minho estavam certos.
Fumo Branco sobre Novo Parque de Diversões
Em 9 de Maio de 2007, o JN noticiava que a Câmara Municipal de Braga «prepara-se para, a curto prazo, aprovar um projecto de investimento ligado a um grupo francês, com o objectivo de criar, na capital minhota, uma espécie de "pequena Disneylândia", cujo local não está definido.». Mais tarde, em 25 de Agosto, o mesmo jornal, com base em declarações de Mesquita Machado, avançava que «afinal, Braga poderá ter dois parques de diversões.»
Hoje, o Jornal de Notícias afirma que o Parque de Diversões que substituirá a Bracalândia terá a DST como principal promotor e irá localizar-se num de três terrenos possíveis: atrás da Universidade do Minho, na Variante do Fojo (quem sabe no local da prometida rotunda de acesso a Gualtar) ou no Parque Norte. Seja como for, as notícias mais recentes de que a DST estará envolvida, deixam mais garantias de sucesso para o projecto anunciado.
Hoje, o Jornal de Notícias afirma que o Parque de Diversões que substituirá a Bracalândia terá a DST como principal promotor e irá localizar-se num de três terrenos possíveis: atrás da Universidade do Minho, na Variante do Fojo (quem sabe no local da prometida rotunda de acesso a Gualtar) ou no Parque Norte. Seja como for, as notícias mais recentes de que a DST estará envolvida, deixam mais garantias de sucesso para o projecto anunciado.
Manchetes Que Fascinam...
Este post é sobre o Correio do Minho, mas não vamos falar do mais que evidente bloqueio informativo ao que sucede na blogosfera bracarense e, em particular, no Avenida Central (mais vezes notícia na imprensa nacional que no Correio do Minho!!!). Apenas realçamos a manchete de hoje para que o jornal 'O Balcão' não se sinta injustiçado. [via Trio de Rachar]
Para evitar comentários anónimos com as críticas do costume, informo que o Avenida Central não tem revisor ortográfico, mas aceita de bom grado quem se disponibilize gratuitamente para o mesmo.
Para evitar comentários anónimos com as críticas do costume, informo que o Avenida Central não tem revisor ortográfico, mas aceita de bom grado quem se disponibilize gratuitamente para o mesmo.
TGV: linha Porto-Vigo poderá aumentar PIB regional
«Não seria muito aventurado estimar a médio prazo, isto é, nos cinco ou seis anos seguintes à conclusão das obras de construção do TGV, um aumento derivado entre 1 e 1,5 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) da Euroregião», afirma o autor do estudo, Xulio X. Pardellas, da Universidade de Vigo, no documento que integra o relatório do Eixo Atlântico sobre o grau de execução do Mapa de Infra-Estrututuras do Eixo Atlântico.
A construção da nova ligação poderá também originar «um impacto positivo entre 0.6 por cento e 0,7% para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) dos sectores no que respeita ao investimento público, o que significaria um aumento final do VAB da Euroregião de 5.660 milhões de euros» durante a duração da obra.
A «médio prazo», avança igualmente o autor do estudo, a nova infra-estrutura «contribuirá para a fixação da população, podendo mesmo gerar um aumento, e para a criação de novas oportunidades de emprego», podendo estimar-se a criação de 100.000 postos de trabalho durante o período de construção.»
Tendo em conta o panorama recentemente traçado pela iniciativa "A Península Ibérica em Números" (ver imagem), parece consensual que todos os esforços em termos de investimento se devem concentrar a Norte. Esta notícia acaba por demonstrar a importância de fazer avançar a linha Porto-Braga-Vigo sem devaneios governativos que tornem prioritária a ligação entre Lisboa e Madrid.
A construção da nova ligação poderá também originar «um impacto positivo entre 0.6 por cento e 0,7% para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) dos sectores no que respeita ao investimento público, o que significaria um aumento final do VAB da Euroregião de 5.660 milhões de euros» durante a duração da obra.
A «médio prazo», avança igualmente o autor do estudo, a nova infra-estrutura «contribuirá para a fixação da população, podendo mesmo gerar um aumento, e para a criação de novas oportunidades de emprego», podendo estimar-se a criação de 100.000 postos de trabalho durante o período de construção.»
Tendo em conta o panorama recentemente traçado pela iniciativa "A Península Ibérica em Números" (ver imagem), parece consensual que todos os esforços em termos de investimento se devem concentrar a Norte. Esta notícia acaba por demonstrar a importância de fazer avançar a linha Porto-Braga-Vigo sem devaneios governativos que tornem prioritária a ligação entre Lisboa e Madrid.
BE quer Comboio no Quadrilátero Urbano
O Bloco de Esquerda apresentou algumas das suas propostas para colocar o Minho na rota do desenvolvimento. Tal como o PEV havia feito, os bloquistas consideram prioritária a construção de uma rede ferroviária entre as quatro maiores cidades do Minho. Segundo o JN, «o BE avança com números para justificar um circuito ferroviário o somatório da população ultrapassa os 570 mil habitantes e tem uma elevada circulação de pessoas e mercadorias. O que os bloquistas querem é ver incluído na rectificação do PIDDAC, "um estudo de viabilização económica, social, infra-estrutural e de impacto ambiental que permita sustentar este meio de transporte colectivo".»
Comentários
|
Marcado como
Barcelos,
Braga,
Famalicão,
Guimarães,
Minho,
Política Regional,
Transportes,
Transportes no Minho
Um Post Assumidamente Polémico
Hoje meio Portugal fechado. Ontem também. Anteontem a mesma coisa. Trasantontem igual. Desde que fizeram heresia não dar tolerância em tudo quanto é festinha e ponte, os governos renderam-se ao politicamente correcto e eleitoralmente conveniente, inundando de pontes e tolerâncias um calendário já de si generoso em feriados. Ainda que tenha que ser feito ao arrepio do eleitoralismo fácil, parece indispensável encetar uma profunda revisão da quantidade e da qualidade dos nossos feriados. A minha proposta é a seguinte:
1 de Janeiro - Dia Mundial da Paz (manter)
Fevereiro - Carnaval (acrescentar)
Março/Abril - Sexta Feira Santa (suprimir)
Março/Abril - Páscoa (manter)
25 de Abril - Dia da Liberdade (manter)
1 de Maio - Dia do Trabalhador (manter)
10 de Junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades (manter)
Junho - Corpo de Deus (suprimir)
15 de Agosto - N. Sra. da Assunção (suprimir)
5 de Outubro - Dia da Implantação da República (manter)
1 de Novembro - Dia de Todos os Santos (suprimir)
30 de Novembro - Dia da Língua Portuguesa (acrescentar)
1 de Dezembro - Dia da Restauração da Independência (suprimir)
8 de Dezembro - N. Sra. da Conceição (suprimir)
24 de Dezembro - Dia de Consoada (acrescentar)
25 de Dezembro - Natal (manter)
1 de Janeiro - Dia Mundial da Paz (manter)
Fevereiro - Carnaval (acrescentar)
Março/Abril - Sexta Feira Santa (suprimir)
Março/Abril - Páscoa (manter)
25 de Abril - Dia da Liberdade (manter)
1 de Maio - Dia do Trabalhador (manter)
10 de Junho - Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades (manter)
Junho - Corpo de Deus (suprimir)
15 de Agosto - N. Sra. da Assunção (suprimir)
5 de Outubro - Dia da Implantação da República (manter)
1 de Novembro - Dia de Todos os Santos (suprimir)
30 de Novembro - Dia da Língua Portuguesa (acrescentar)
1 de Dezembro - Dia da Restauração da Independência (suprimir)
8 de Dezembro - N. Sra. da Conceição (suprimir)
24 de Dezembro - Dia de Consoada (acrescentar)
25 de Dezembro - Natal (manter)
Natal Plagiado
«uma empresa de iluminações festivas e decoração urbana, "Castros Iluminações Festivas, Lda", viu o Tribunal da Comarca de Braga (Vara de Competência Mista) dar-lhe razão quanto à propriedade da patente do "Presépio", que acusa a empresa bracarense "Justino Castro e José Martins" de plagiar. A decisão do tribunal, datada de 21 de Dezembro (passada sexta-feira), dá cinco dias úteis aos empresários para retirarem o "Presépio" e os "Anjos" das ruas centrais de Braga.»
Plagiar o presépio tem a sua piada... Desde logo, porque a edição «original» já tem alguns séculos e, segundo consta, terá sido adulterada para se tornar mais romântica. De qualquer forma, a serem verdade os argumentos dos queixosos, saúde-se a decisão judicial de proteger os direitos de autor.
Plagiar o presépio tem a sua piada... Desde logo, porque a edição «original» já tem alguns séculos e, segundo consta, terá sido adulterada para se tornar mais romântica. De qualquer forma, a serem verdade os argumentos dos queixosos, saúde-se a decisão judicial de proteger os direitos de autor.
Braga Qu'Eu Gosto 6 | Natal no Bananeiro
A Casa das Bananas, na Rua do Souto, converteu-se na Meca da tarde de consoada bracarense. Há uns anos era uma tertúlia de amigos, hoje foi uma rua imensa de gente em convívio adocicado pelas bananas colombianas regadas com o tradicional moscatel de Setúbal. Entre os que vêm cedo e os que vão tarde, foram alguns milhares os que se juntaram à mais emergente de todas as festas bracarenses.
Feliz Natal.
Feliz Natal.
A Ideia
«Doce e brando era o seio de Jesus...
Que importa? havemos de passar, seguindo,
Se além do seio dele houver mais luz!»
[Antero de Quental]
Que importa? havemos de passar, seguindo,
Se além do seio dele houver mais luz!»
[Antero de Quental]
Lei do Tabaco
«A lei do tabaco pode ter muitos defeitos, mas coloca no mesmo patamar de direitos quem fuma e quem não fuma.» [JN]
[Avenida do Mal] Um Presépio de Duas Marias
O contexto é ideal para abordar assuntos de família, se bem que me pode custar a heresia uns dias no Inferno'arder. Sobretudo em países em que estas se montam em lógicas de presépio franciscano e assim se fazem por preservá-las, ainda que por mais evidentes as inconstitucionalidades de um modelo compulsivamente inflexível. Não que eu defenda a inclusão do burro ou da vaca na boda e que se levem os animais ao altar do registo civil. Tão pouco que sejam feitas de homens e mulheres com respectivas bonecas ou bonecos de plástico.
Na sociedade espanhola ensaiam-se livros infantis abordando outras realidades familiares para lá da formula judaico-cristã tradicional. Crianças com pais e mães em dobro e outros pela metade, formas diferentes de amor. Por cá fazem-se Constituições para vender modernidade e humanismo lá fora, porque cá dentro vai o mesmo de sempre na esfera burocrática e política, ambas sem vontade nenhuma para não atrapalhar a vida dos seus cidadãos e facilitar a de outros de menos normalizada.
Numa altura em que o desejo de casamento, nos seus benefícios fiscais e defeitos, de Teresa Pires e Helena Paixão está por decidir pelo Tribunal Constitucional, uma coisa eu tenho como certa: aquelas duas mulheres são uma família. E certamente com mesmos stresses e quenturas da época. Isto quer queira código civil quer não e mesmo que os juízes do mesmo tribunal tratem de parir um acórdão redundante ou que o adiem por tempo indeterminado, para não causar o terramoto de epicentro das camadas conservadoras e limitadas de vista da sociedade portuguesa.
E na verdade, o que é que o Estado cumpre em função por limitar o casamento a pessoas de sexo diferente? E que legitimidade tem em duvidar da capacidade funcional de uma família monoparental ou biparental, de sexos iguais ou diferentes, quando mantém instituições arrastadas de maus exemplos de boa educação, e por reformar, como a Casa Pia ou a Obra do Padre Américo? E se imaginarmos que, e é verdade, que este casal de lésbicas, como tantas outras por rotina, decidem por educar filhas biológicas de uma delas -e é tão fácil - contra o pressuposto generalizado que esta gente não deve sequer ter direito a adoptar? Com que lata teria o Estado de as retirar de um seio (ou 4 pares deles), sem violência física e psicológica, e metê-las no turbilhão das instituições da sua Segurança Social? E se assim é, porque é que ainda estamos sequer a discutir a legitimidade do casamento e da adopção por casais do mesmo sexo num país europeu e moderno como o nosso?
Contra qualquer reaccionarismo que se levante, a família é um conceito mais sentimental e ilógico que a burocracia e os requisitos de procriação. E tanto é que São José foi pai de Jesus Cristo, nascido por estas alturas, e segundo a liturgia sem fazer parte da feitura pelos vistos, nem sequer com direito a consolação de outras vontades para lá das tábuas e dos pregos. Exemplo este sim da família cristã que, na minha ingenuidade, é sobretudo amor e dádiva incondicional e não formatos estandardizados tipo retrato cumprido a frio. A tal família é um lugar de transmissão de valores, de respeito sobretudo, pelos outros e em essencial pela vida e condição humana, berço de cidadania e de laboratório de afectos, e nunca lugar de imposição de conceitos e preconceitos, de alvos ou posições sexuais. É nisso mesmo, nas suas formas diversas, meio de transmissão de amor.
Na sociedade espanhola ensaiam-se livros infantis abordando outras realidades familiares para lá da formula judaico-cristã tradicional. Crianças com pais e mães em dobro e outros pela metade, formas diferentes de amor. Por cá fazem-se Constituições para vender modernidade e humanismo lá fora, porque cá dentro vai o mesmo de sempre na esfera burocrática e política, ambas sem vontade nenhuma para não atrapalhar a vida dos seus cidadãos e facilitar a de outros de menos normalizada.
Numa altura em que o desejo de casamento, nos seus benefícios fiscais e defeitos, de Teresa Pires e Helena Paixão está por decidir pelo Tribunal Constitucional, uma coisa eu tenho como certa: aquelas duas mulheres são uma família. E certamente com mesmos stresses e quenturas da época. Isto quer queira código civil quer não e mesmo que os juízes do mesmo tribunal tratem de parir um acórdão redundante ou que o adiem por tempo indeterminado, para não causar o terramoto de epicentro das camadas conservadoras e limitadas de vista da sociedade portuguesa.
E na verdade, o que é que o Estado cumpre em função por limitar o casamento a pessoas de sexo diferente? E que legitimidade tem em duvidar da capacidade funcional de uma família monoparental ou biparental, de sexos iguais ou diferentes, quando mantém instituições arrastadas de maus exemplos de boa educação, e por reformar, como a Casa Pia ou a Obra do Padre Américo? E se imaginarmos que, e é verdade, que este casal de lésbicas, como tantas outras por rotina, decidem por educar filhas biológicas de uma delas -e é tão fácil - contra o pressuposto generalizado que esta gente não deve sequer ter direito a adoptar? Com que lata teria o Estado de as retirar de um seio (ou 4 pares deles), sem violência física e psicológica, e metê-las no turbilhão das instituições da sua Segurança Social? E se assim é, porque é que ainda estamos sequer a discutir a legitimidade do casamento e da adopção por casais do mesmo sexo num país europeu e moderno como o nosso?
Contra qualquer reaccionarismo que se levante, a família é um conceito mais sentimental e ilógico que a burocracia e os requisitos de procriação. E tanto é que São José foi pai de Jesus Cristo, nascido por estas alturas, e segundo a liturgia sem fazer parte da feitura pelos vistos, nem sequer com direito a consolação de outras vontades para lá das tábuas e dos pregos. Exemplo este sim da família cristã que, na minha ingenuidade, é sobretudo amor e dádiva incondicional e não formatos estandardizados tipo retrato cumprido a frio. A tal família é um lugar de transmissão de valores, de respeito sobretudo, pelos outros e em essencial pela vida e condição humana, berço de cidadania e de laboratório de afectos, e nunca lugar de imposição de conceitos e preconceitos, de alvos ou posições sexuais. É nisso mesmo, nas suas formas diversas, meio de transmissão de amor.
E no conforto do espírito que me rodeia, bomzinho que me venho tornando: um Bom Natal a todos os meus esforçados leitores e um abraço especial à Teresa e à Helena pelo esforço em emendar um Código pouco Civil, contra a negligência política.
[imagem modificada do presépio de St. Agnes, em espelho pelo septo nasal do anjoo : perdoem-me a blasfémia]
Coincidências Jurídicas
Tal como o Conselho de Disciplina da Liga de Futebol foi simpático ao castigar Paulo Bento por 12 dias em época de paragem de campeonatos, também o Tribunal de Braga foi oportuno ao sentenciar sobre a patente do Bolo Rei Escangalhado em plena época de Natal. Coincidências felizes.
Sophia de Mello Breyner Andresen
«Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.»
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.»
Evidentemente.
Só por precipitação ou má fé se pode afirmar que deturpei as palavras de alguém. Vejam com os vossos olhos o que está escrito na edição online do Correio do Minho, comparem com a citação que aqui fiz e retirem as conclusões dos ataques, insultos, ameaças e calúnias de que fui alvo.
Boas Leituras!
«Os bracarenses podem não ir ao estádio e podem preferir o conforto do sofá. Mas isso não significa que não possam ser “braguistas” e que não se envolvam na vida do clube. Por isso, mais importante do que criticar o seu comodismo é encontrar formas de os cativar; formas de, como já escrevi várias vezes, levar a montanha até Maomé.» [Manuel Cardoso, Diário do Minho]
«Os adeptos são produto (ou mesmo espelho) do clube e não o contrário. Cabe ao clube criar condições - todas as condições - que privilegiem a adesão dos simpatizantes. Os resultados desportivos são fundamentais, mas não chegam. Deverão ser acompanhados por incentivos que levem a uma verdadeira identificação entre adeptos e clube - que existe, de facto, em Guimarães. É um trabalho de paciência e, sobretudo, de inteligência. A hostilidade, neste caso, é mais do que uma perda de tempo...» [Fernando Rola, O JOGO]
«Os adeptos são produto (ou mesmo espelho) do clube e não o contrário. Cabe ao clube criar condições - todas as condições - que privilegiem a adesão dos simpatizantes. Os resultados desportivos são fundamentais, mas não chegam. Deverão ser acompanhados por incentivos que levem a uma verdadeira identificação entre adeptos e clube - que existe, de facto, em Guimarães. É um trabalho de paciência e, sobretudo, de inteligência. A hostilidade, neste caso, é mais do que uma perda de tempo...» [Fernando Rola, O JOGO]
Frases que fascinam...
No fórum SuperBraga.com pude ler um comentário que diz tudo sobre a última pérola proferida por António Salvador: «Qual o adepto que se vai sentir seduzido por um clube em que o presidente inveja os adeptos do seu principal rival???»
Avenida dos Leitores: Dia de Natal
«Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo os que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
A voz do locutor
Anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, a luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos, acorrem num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.
Jesus ,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.
Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá
Já está!
E fazias erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
Crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.»
Poema António Gedeão
Enviado por Almerindo Magroto.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo os que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
A voz do locutor
Anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, a luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos, acorrem num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.
Jesus ,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.
Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá
Já está!
E fazias erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
Crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.»
Poema António Gedeão
Enviado por Almerindo Magroto.
Lisboa é Portugal...
A SIC acaba de abrir o Jornal da Tarde com um directo em que a jornalista faz notar que a Estação de Metro de Santa Apolónia está pintada em tons de azul... Relevante.
Um País do Tamanho de um Estádio
Às 19.45, Portugal veste-se de vermelho para apoiar a escalada europeia do Sporting Clube de Braga. Para depender de si próprio, o Sporting de Braga tem que vencer os sérvios do Estrela Vermelha por uma diferença mínima de dois golos. Caso não consiga alcançar tal, a passagem é possível desde que vença o Estrela Vermelha e o Bayern de Munique não empate com o Aris de Salónica.
Vemo-nos no Estádio AXA.
Vemo-nos no Estádio AXA.
Estacionar na Universidade do Minho
A inexistência de uma rede de transportes urbanos coerente com interligações entre os diferentes meios de transportes e entre as linhas urbanas e inter-urbanas resulta num convite permanente ao uso do automóvel individual na viagem para a Universidade do Minho, onde estacionar é um autêntico suplício. Desde o início deste ano, alguns parques adicionais foram reservados a funcionários e docentes, notando-se que raramente estão cheios. No entanto, os alunos estão impedidos de os utilizar.
No exterior, o estacionamento é pouco menos do que caótico. Atento ao problema, o Presidente da Junta de Freguesia de Gualtar vem denunciar a inércia da Câmara Municipal de Braga na remoção de uma máquina que ocupa vários lugares de estacionamento na Rua de Barros. «Já há algum tempo, pedimos à Câmara para remover aquela máquina. Mandei um oficio a solicitar que rebocassem a câmara», diz João Nogueira. A máquina por lá continua... E o suplício dos estudantes e alguns docentes também...
No exterior, o estacionamento é pouco menos do que caótico. Atento ao problema, o Presidente da Junta de Freguesia de Gualtar vem denunciar a inércia da Câmara Municipal de Braga na remoção de uma máquina que ocupa vários lugares de estacionamento na Rua de Barros. «Já há algum tempo, pedimos à Câmara para remover aquela máquina. Mandei um oficio a solicitar que rebocassem a câmara», diz João Nogueira. A máquina por lá continua... E o suplício dos estudantes e alguns docentes também...
As Obras do Descontentamento
1. A conclusão da repavimentação da variante Sul estava «prevista para o início de Dezembro», mas o caos informativo permanece e as obras também...
2. Os comerciantes desesperam devido à interminável remodelação da Rua D. Afonso Henriques.
3. O PCP, primeiro, e o PSD, depois, voltaram à carga, denunciando o atentado urbanístico que despertou a nossa indignação em Março passado.
Tudo notícias de uma cidade que tem sido dilacerada pelo betão, num projecto que privilegia o uso do automóvel e impele ao recurso aos parques pagos. A isto, os comerciantes (e a ACB) têm respondido com um insuportável silêncio, apenas interrompido quando o pó e o transtorno lhes entram pela porta.
2. Os comerciantes desesperam devido à interminável remodelação da Rua D. Afonso Henriques.
3. O PCP, primeiro, e o PSD, depois, voltaram à carga, denunciando o atentado urbanístico que despertou a nossa indignação em Março passado.
Tudo notícias de uma cidade que tem sido dilacerada pelo betão, num projecto que privilegia o uso do automóvel e impele ao recurso aos parques pagos. A isto, os comerciantes (e a ACB) têm respondido com um insuportável silêncio, apenas interrompido quando o pó e o transtorno lhes entram pela porta.
A Aposta Certa
«A aposta é fazer do Norte em geral e o Minho em particular "um cluster na área da Saúde". A modernização dos produtos tradicionais para estimular o tecido produtivo é "outra das potencialidades que o Instituto pode trazer para o concelho". Juntamente com Ricardo Gonçalves estiveram Miguel Laranjeiro, Nuno Sá, Isabel Coutinho, Teresa Venda, Manuel Mota e Sónia Fertuzinhos, que ficaram ainda a saber que o Instituto vai trazer para Braga mais de 200 investigadores mundiais "de topo" que terão na retaguarda mais de 300 pessoas.» [Jornal de Notícias]
Hoje é dia de Trio de Bloggers!
16 horas, Rádio Clube Português (emissão para o Minho).
Depois de termos perdido o Hélder Guimarães para a General Electrics e o Samuel Silva para o Público, fomos reforçados pelo João Marques. De mim e do Vítor é que não há maneira do Rádio Clube se livrar... Os temas em debate serão a Regionalização, a renovação da Praça do Toural em Guimarães e a cisão na blogosfera de direita nacional. Ouvimo-nos em 92.9 FM.
Depois de termos perdido o Hélder Guimarães para a General Electrics e o Samuel Silva para o Público, fomos reforçados pelo João Marques. De mim e do Vítor é que não há maneira do Rádio Clube se livrar... Os temas em debate serão a Regionalização, a renovação da Praça do Toural em Guimarães e a cisão na blogosfera de direita nacional. Ouvimo-nos em 92.9 FM.
Obrigado!
Agradeço os comentários e posts que têm dedicado ao Avenida Central. Na comunicação social, destaque para as referências no Rádio Clube Português e no Diário do Minho.
Uma Avenida dum Lado ao outro do Minho :: Mal Maior
Avenida Central de parabéns. :: José Luís Araújo
A nossa Avenida :: Mesa da Ciência
Da vitalidade da blogosfera :: Colina Sagrada
O Que Dizem os Outros :: O Canto Social
As blog comemorações :: O Blog dos 5 Pês
Avenida Central: O Melhor a Bloggar :: Município de Braga
Uma distinção, um desafio :: A Culpa é Sempre do Jornalista
Parabéns ao Avenida Central :: Trio de Rachar
Avenida dos Leitores: S. Leonardo da Galafura
S. Leonardo da Galafura
À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando,
S. Leonardo vai sulcando
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direcção ao cais divino.
Lá não terá socalcos
Nem vinhedos
Na menina dos olhos deslumbrados;
Doiros desaguados
Serão charcos de luz
Envelhecida;
Rasos, todos os montes
Deixarão prolongar os horizontes
Até onde se extinga a cor da vida.
Por isso, é devagar que se aproxima
Da bem-aventurança.
É lentamente que o rabelo avança
Debaixo dos seus pés de marinheiro.
E cada hora a mais que gasta no caminho
É um sorvo a mais de cheiro
A terra e a rosmaninho!
Poema de Miguel Torga
Fotografia de João Nuno
À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando,
S. Leonardo vai sulcando
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direcção ao cais divino.
Lá não terá socalcos
Nem vinhedos
Na menina dos olhos deslumbrados;
Doiros desaguados
Serão charcos de luz
Envelhecida;
Rasos, todos os montes
Deixarão prolongar os horizontes
Até onde se extinga a cor da vida.
Por isso, é devagar que se aproxima
Da bem-aventurança.
É lentamente que o rabelo avança
Debaixo dos seus pés de marinheiro.
E cada hora a mais que gasta no caminho
É um sorvo a mais de cheiro
A terra e a rosmaninho!
Poema de Miguel Torga
Fotografia de João Nuno
Regionalização: Argumento Contra
«Por mais reformas administrativas sectoriais que se faça, o nosso modelo organizativo está ultrapassado. Não é possível desligar este facto das suas sinistras consequências: cada vez mais nos atrasamos nos caminhos do desenvolvimento. Apesar do seu êxito indesmentível em toda a parte, por cá a regionalização tem inimigos muito sérios – alguns dizem-se seus apoiantes.
Numa fase embrionária de um novo referendo, Mesquita Machado, o perpétuo edil bracarense, anunciou a intenção de se candidatar a líder da Região Norte. Melhor presente de Natal não poderia ser dado aos centralistas.»
[Carlos Abreu Amorim, Correio da Manhã]
Numa fase embrionária de um novo referendo, Mesquita Machado, o perpétuo edil bracarense, anunciou a intenção de se candidatar a líder da Região Norte. Melhor presente de Natal não poderia ser dado aos centralistas.»
[Carlos Abreu Amorim, Correio da Manhã]
[ComUM] Não estivéssemos em Portugal...
No dia 29 de Novembro, realizou-se a Prova Nacional de Seriação que permitirá aos médicos recém-licenciados escolher a sua especialidade. Como se o ridículo do formato do exame não se bastasse a si próprio, ainda existem inúmeras perguntas com mais do que uma solução e outras tantas que acabam anuladas por imprecisões e erros científicos graves. [...]
Não estivéssemos em Portugal, terra em que o chico-espertimo é assumidamente virtude, e um inquérito estaria em marcha para apurar a extensão da fraude denunciada pela ANEM. Não estivéssemos em Portugal, e as consequências seriam muito severas para os alegados prevaricadores. Não estivéssemos em Portugal…
Versão Integral no ComUM
Não estivéssemos em Portugal, terra em que o chico-espertimo é assumidamente virtude, e um inquérito estaria em marcha para apurar a extensão da fraude denunciada pela ANEM. Não estivéssemos em Portugal, e as consequências seriam muito severas para os alegados prevaricadores. Não estivéssemos em Portugal…
Versão Integral no ComUM
A Matemática é uma coisa muito chata...
A Presidente da Junta de Freguesia de Escudeiros disse ao Semanário 'O Balcão' que "é 'snobismo' dizer que o PS ganha a Câmara à custa das freguesias periféricas". A afirmação causou-me estranheza porque, não me considerando propriamente snob, tinha a ideia que o PS tinha perdido nas freguesias da cidade. Como não me passa pela cabeça que um Presidente de Junta profira uma afirmação destas só para criar entropia e confusão, coloquei em causa a minha impressão inicial e fui procurar os números das últimas eleições para, de uma vez por todas, me pudesse render à evidência de que sou, afinal, um snob inveterado.
A pesquisa foi produtiva. Na cidade de Braga (S. Vitor, S. Lázaro, Cividade, S. Vicente, S. João do Souto, Maximinos e Sé), a coligação Juntos Por Braga obteve 13.838 votos enquanto que o PS se quedou pelos 11.848. Não satisfeito, acrescentei uma série de freguesias da segunda cintura urbana (Fraião, Nogueiró, Lamaçães, Tenões, Lomar, Gualtar, Dume, Frossos, Nogueira, Celeirós, Real e Ferreiros) e constatei que a coligação Juntos Por Braga chegou aos 22.437 votos contra 21.958 do PS.
A matemática é uma coisa muito chata, bem sei. Mas felizmente consegue mostrar-nos coisas muitos simples. Para a senhora Presidente da Junta de Freguesia de Escudeiros, este post foi um exercício de snobismo... Podia ser pior.
Melhor Blogue Nacional - Categoria Cidade/Região
A notícia chegou por SMS. Confesso que esbocei um sorriso. Não porque veja nesta distinção simbólica do público e do júri qualquer devaneio de vaidade pessoal, mas porque pressinto este reconhecimento como um estímulo para que Braga e o Minho entrem, em definitivo, no mapa do debate plural.
Esta distinção não é nossa. É dos nossos amigos e leitores, dos comentadores, do Vitor Pimenta, dos convidados que acederam escrever neste espaço, dos políticos que nos têm dado ouvidos e também daqueles que continuam a ignorar-nos. Esta distinção é de toda a blogosfera do Minho, constituindo-se como um antêntico desafio para que aumente a sua dinâmica e se torne ainda mais abrangente e activa na defesa do espaço comum.
Porque o nosso único compromisso é com os leitores, por aqui continuaremos. Livres e independentes. Obrigado a todos e parabéns a todos os outros vencedores.
Esta distinção não é nossa. É dos nossos amigos e leitores, dos comentadores, do Vitor Pimenta, dos convidados que acederam escrever neste espaço, dos políticos que nos têm dado ouvidos e também daqueles que continuam a ignorar-nos. Esta distinção é de toda a blogosfera do Minho, constituindo-se como um antêntico desafio para que aumente a sua dinâmica e se torne ainda mais abrangente e activa na defesa do espaço comum.
Porque o nosso único compromisso é com os leitores, por aqui continuaremos. Livres e independentes. Obrigado a todos e parabéns a todos os outros vencedores.
[Avenida do Mal] Ostracização Via Satélite
As dificuldades de apanhar rede de telemóvel e sinal de televisão em lugares inóspitos não são novidade. Lógicas de mercado. Mesmo para quem paga religiosamente a taxa audiovisual com a conta da luz e não receba sinal sequer da estação pública. Acontece um pouco por todas as pequenas cidades, vilas e aldeias que tiveram o azar de serem fundadas um pouco desencostadas do mar, de Lisboa ou do Porto.
E o preço de interioridade é mais que sabido como caro e incomportável para tão fraco poder de compra e limitadas perspectivas. E não passa apenas por portagens em autoestradas - muitas delas por fazer - hospitais, escolas e linhas ferroviárias encerradas. Pior preço é a desonestidade intelectual e o descaramento de quem aproveita a distância dos centros de decisão e do mediatismo, das populações do interior, e monta o esquema de extorsão de misérias mais escandaloso e ignorado do País.
O tema não é novo mas vale insistir nele. Num contexto de claro monopólio, a TVCabo - empresa da PT Multimédia e cobiçada pelo reguila do patrão da SONAE - presta os piores serviços possíveis às populações rurais com a tal versão por satélite. Não há por cá netcabo, a transmissão dos canais é muitas vezes péssima e dessincronizada e nem há o tal conforto de ver futebol na sala, a novela na cozinha, o filme de Holliwood no quarto dos pais e o Sexyhot no quarto dos filhos. Sabe a uma banha de cobra tamanha, para lá das mamas das meninas atiradas como areia aos olhos de muitos. E com o aval do silêncio irritante da DECO, muito mais interessada esta, em assuntos litorais pelos vistos. Por outro lado, nunca vi tão verdadeira a metáfora de agentes voluptuosas da TV Cabo a arrombarem apartamentos e casas. A diferença é que por cá vêm mesmo para o assalto.
Não bastasse isso, a TVCabo ainda alimenta uma rede de sanguessugas locais, na forma dos seus Agentes Autorizados que perpetuam e amplificam o logro. Tudo graças ao aparelho descodificador de sinal e parabólica com que cobram uma taxa de aluguer todos os meses e que lhes fica pago em menos de dúzia e meia deles. Isto sem contar a forma insidiosa com que aumentam a tarifa (valores milhas acima da inflação) com um canal a mais ou a menos, encaixado à rebelia dos clientes. Feitas as contas e fica muito mais caro aceder à informação e entretenimento de direito por cá, que num bairro qualquer alfacinha, tripeiro ou arcebispo com gente de mais dinheiro e oportunidades.
Pergunta-se então, onde estão os reguladores de mercado ou a autoridade da concorrência, da alçada do Estado? Porque seguem negligentes perante este roubo de igreja por mão da maior rede legal de cobradores do País? Onde está a solidariedade entre regiões mais desenvolvidas e outras emperradas? Pergunto-me - até porque desde já duvido - em que ano chegará aqui a tal televisão de futuro que limpará as antenas dos telhados?
Há cousas fantásticas não há?...
E o preço de interioridade é mais que sabido como caro e incomportável para tão fraco poder de compra e limitadas perspectivas. E não passa apenas por portagens em autoestradas - muitas delas por fazer - hospitais, escolas e linhas ferroviárias encerradas. Pior preço é a desonestidade intelectual e o descaramento de quem aproveita a distância dos centros de decisão e do mediatismo, das populações do interior, e monta o esquema de extorsão de misérias mais escandaloso e ignorado do País.
O tema não é novo mas vale insistir nele. Num contexto de claro monopólio, a TVCabo - empresa da PT Multimédia e cobiçada pelo reguila do patrão da SONAE - presta os piores serviços possíveis às populações rurais com a tal versão por satélite. Não há por cá netcabo, a transmissão dos canais é muitas vezes péssima e dessincronizada e nem há o tal conforto de ver futebol na sala, a novela na cozinha, o filme de Holliwood no quarto dos pais e o Sexyhot no quarto dos filhos. Sabe a uma banha de cobra tamanha, para lá das mamas das meninas atiradas como areia aos olhos de muitos. E com o aval do silêncio irritante da DECO, muito mais interessada esta, em assuntos litorais pelos vistos. Por outro lado, nunca vi tão verdadeira a metáfora de agentes voluptuosas da TV Cabo a arrombarem apartamentos e casas. A diferença é que por cá vêm mesmo para o assalto.
Não bastasse isso, a TVCabo ainda alimenta uma rede de sanguessugas locais, na forma dos seus Agentes Autorizados que perpetuam e amplificam o logro. Tudo graças ao aparelho descodificador de sinal e parabólica com que cobram uma taxa de aluguer todos os meses e que lhes fica pago em menos de dúzia e meia deles. Isto sem contar a forma insidiosa com que aumentam a tarifa (valores milhas acima da inflação) com um canal a mais ou a menos, encaixado à rebelia dos clientes. Feitas as contas e fica muito mais caro aceder à informação e entretenimento de direito por cá, que num bairro qualquer alfacinha, tripeiro ou arcebispo com gente de mais dinheiro e oportunidades.
Pergunta-se então, onde estão os reguladores de mercado ou a autoridade da concorrência, da alçada do Estado? Porque seguem negligentes perante este roubo de igreja por mão da maior rede legal de cobradores do País? Onde está a solidariedade entre regiões mais desenvolvidas e outras emperradas? Pergunto-me - até porque desde já duvido - em que ano chegará aqui a tal televisão de futuro que limpará as antenas dos telhados?
Há cousas fantásticas não há?...
Avenida dos Leitores: Sá de Miranda
Sá de Miranda. 13.Dez.2007. 7h50m. Frio de Inverno, num edifício velho quase a ser remodelado, sempre vigiado pela torre da igreja de São Vicente.
Enviada por Francisco Rodrigues.
Desiguldade e Obesidade
A obesidade é considerada uma epidemia global, cujo padrão de distribuição varia entre os diferentes países. Nos países desenvolvidos, é mais prevalecente entre as classes sócio-económicas mais desfavorecidas enquanto que nos países mais pobres sucede exactamente o contrário. Partido destas observações, Sharon Friel e seus colaboradores advertem para o facto da obesidade não ser apenas o resultado de comer a mais e exercitar a menos, implicando inúmeros factores na base da sua emergência.
«Focusing only on direct action to make people eat more healthily and be more physically active misses the heart of the problem: the underlying unequal distribution of factors that support the opportunity to be a healthy weight. Unless this oversight is addressed the obesity epidemic and its inequities will persist and possibly increase.»
Os autores fazem notar que as desigualdades estruturais que existem nas sociedades parecem responsáveis pela distribuição da obesidade nas diferentes classes sociais. De um modo geral, a obesidade é um problema que apenas tem mobilizado os médicos, tornando-se indispensável envolver os governos e a sociedade civil no combate a uma epidemia que diminui a qualidade de vida e aumenta as taxas de complicações de saúde e de mortalidade.
«The interconnected nature of the determinants of obesity implies the need for an integrated response comprising community level action and political will and investment. This requires joined-up action at global, national, and local levels, bringing together the capacity of multiple sectors. The key to that dynamic relationship is stewardship by the health sector.»
O combate à obesidade não se esgota em campanhas de promoção de estilos de alimentação saudável e de hábitos de prática regular de exercício físico. O desenvolvimento de políticas que promovam desenvolvimento económico com maior justiça e igualdade sociais são catalisadores fundamentais no estímulo à adopção de estilos de vida mais saudáveis e na prevenção do desenvolvimento de obesidade. Ainda assim, não se percebe porque insistem em considerar blasfémia que um jornal promova uma alimentação mais saudável através da cabal informação aos seus leitores...
«Focusing only on direct action to make people eat more healthily and be more physically active misses the heart of the problem: the underlying unequal distribution of factors that support the opportunity to be a healthy weight. Unless this oversight is addressed the obesity epidemic and its inequities will persist and possibly increase.»
Os autores fazem notar que as desigualdades estruturais que existem nas sociedades parecem responsáveis pela distribuição da obesidade nas diferentes classes sociais. De um modo geral, a obesidade é um problema que apenas tem mobilizado os médicos, tornando-se indispensável envolver os governos e a sociedade civil no combate a uma epidemia que diminui a qualidade de vida e aumenta as taxas de complicações de saúde e de mortalidade.
«The interconnected nature of the determinants of obesity implies the need for an integrated response comprising community level action and political will and investment. This requires joined-up action at global, national, and local levels, bringing together the capacity of multiple sectors. The key to that dynamic relationship is stewardship by the health sector.»
O combate à obesidade não se esgota em campanhas de promoção de estilos de alimentação saudável e de hábitos de prática regular de exercício físico. O desenvolvimento de políticas que promovam desenvolvimento económico com maior justiça e igualdade sociais são catalisadores fundamentais no estímulo à adopção de estilos de vida mais saudáveis e na prevenção do desenvolvimento de obesidade. Ainda assim, não se percebe porque insistem em considerar blasfémia que um jornal promova uma alimentação mais saudável através da cabal informação aos seus leitores...
Minho num Minuto
Manuel Machado em alta. O tesourinho deprimente que os Gatos Fedorentos mostraram ao país, fizeram disparar os níveis de popularidade do treinador bracarense entre os adeptos mais jovens.
Centro Cultural Vila Flor desilude. A programação de Janeiro do Centro Cultural Vila Flor faz temer que «o ritmo de crescimento do CCVF» pareça quebrado. Samuel Silva põe também em evidência as apostas do São Mamede que demonstram que «conhece bem o público da região e faz uma programação que vai de encontro às suas exigências». A ler.
O Toural em Debate. As reacções ao debate sobre a renovação do Toural prosseguem. A ideia de convocar um referendo para auscultar a posição dos vimaranenses, avançada no blogue Vimaranês, está a ganhar corpo, chegando às páginas do Jornal de Notícias.
Quadrilátero Urbano do Minho. O projecto intermunicipal foi aprovado e inicia acções preparatórias. «Os projectos a desenvolver neste contexto, resultantes dos estudos a efectuar nas acções preparatórias, – considera-se – vão adicionar à dimensão intra-urbana uma visão mais ampla, que conceba o desenvolvimento das cidades deste quadrilátero numa rede urbana voltada para a competitividade e inovação, sempre apontando a sua máxima internacionalização.»
Censura Prévia. Uma viagem pelas entranhas de um projecto cultural made in Braga.
Centro Cultural Vila Flor desilude. A programação de Janeiro do Centro Cultural Vila Flor faz temer que «o ritmo de crescimento do CCVF» pareça quebrado. Samuel Silva põe também em evidência as apostas do São Mamede que demonstram que «conhece bem o público da região e faz uma programação que vai de encontro às suas exigências». A ler.
O Toural em Debate. As reacções ao debate sobre a renovação do Toural prosseguem. A ideia de convocar um referendo para auscultar a posição dos vimaranenses, avançada no blogue Vimaranês, está a ganhar corpo, chegando às páginas do Jornal de Notícias.
Quadrilátero Urbano do Minho. O projecto intermunicipal foi aprovado e inicia acções preparatórias. «Os projectos a desenvolver neste contexto, resultantes dos estudos a efectuar nas acções preparatórias, – considera-se – vão adicionar à dimensão intra-urbana uma visão mais ampla, que conceba o desenvolvimento das cidades deste quadrilátero numa rede urbana voltada para a competitividade e inovação, sempre apontando a sua máxima internacionalização.»
Censura Prévia. Uma viagem pelas entranhas de um projecto cultural made in Braga.
Anúncios que fascinam...
«Depois do anúncio de uma eventual recandidatura à Câmara de Braga, nas próximas autárquicas de 2009, Mesquita Machado admite ser candidato à liderança da Região Administrativa do Norte, caso avance o processo da Regionalização, previsto somente para a próxima legislatura. "Poderei ser candidato. Tudo depende do comportamento dos adversários. Por enquanto, é cedo falar disso", disse.» [Jornal de Notícias]
Fraude no Exame de Acesso à Especialidade
«Centenas de recém-licenciados em Medicina estão a contestar as condições de realização do exame de acesso ao internato realizado no final de Novembro. A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) fala em relatos de "situações de fraude" ocorridas durante a prova. Em causa estão também erros detectados na formulação das perguntas e repetições de questões do exame do ano anterior.
Vários candidatos ao concurso de acesso às especialidades, que são seriados a partir da prova realizada no mês passado, sentem-se lesados, denunciando um conjunto de "irregularidades" na prova. Desde a passada semana está on-line uma petição em que são descritas algumas destas situações. Até ao final da tarde de ontem, o documento tinha sido assinado por cerca de 330 médicos. Os candidatos afirmam que, três dias antes da prova, circulou um e-mail em que era afirmado que as perguntas relativas às doenças de sangue seriam as mesmas do exame do ano anterior. De facto, 11 das 20 questões sobre hematologia eram idênticas às da prova de 2006. Aliás, uma das questões repetidas tinha sido considerada errada no ano passado. E esta não era a única pergunta com erros, já que a prova excluía respostas correctas e validava opções que continham erros científicos.
Sobre as alegadas "fugas de informação" o Ministério da Saúde afirmou que são suspeitas que "ocorrem anualmente", mas é sempre "difícil apresentar provas que demonstrem tais denúncias". No entanto, segundo o ministério, o autor das perguntas em causa foi o presidente do júri da prova, Nascimento Costa, docente da Faculdade de Medicina de Coimbra, garantindo "o total controlo das mesmas". O PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar Nascimento Costa.
As críticas dos jovens médicos incidem ainda sobre a "degradação das condições de realização da prova". A situação mais grave aconteceu na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, onde 186 pessoas realizaram a prova num anfiteatro com capacidade para 196. Este facto terá facilitado a "partilha de conhecimentos" durante o exame, lê-se no documento que está on-line. O ministério diz não terem sido apresentadas pelos delegados presentes "quaisquer provas da ocorrência de cópias e das referidas consequências para os eventuais lesados".»
[Público, 14.Dez.2007]
Vários candidatos ao concurso de acesso às especialidades, que são seriados a partir da prova realizada no mês passado, sentem-se lesados, denunciando um conjunto de "irregularidades" na prova. Desde a passada semana está on-line uma petição em que são descritas algumas destas situações. Até ao final da tarde de ontem, o documento tinha sido assinado por cerca de 330 médicos. Os candidatos afirmam que, três dias antes da prova, circulou um e-mail em que era afirmado que as perguntas relativas às doenças de sangue seriam as mesmas do exame do ano anterior. De facto, 11 das 20 questões sobre hematologia eram idênticas às da prova de 2006. Aliás, uma das questões repetidas tinha sido considerada errada no ano passado. E esta não era a única pergunta com erros, já que a prova excluía respostas correctas e validava opções que continham erros científicos.
Sobre as alegadas "fugas de informação" o Ministério da Saúde afirmou que são suspeitas que "ocorrem anualmente", mas é sempre "difícil apresentar provas que demonstrem tais denúncias". No entanto, segundo o ministério, o autor das perguntas em causa foi o presidente do júri da prova, Nascimento Costa, docente da Faculdade de Medicina de Coimbra, garantindo "o total controlo das mesmas". O PÚBLICO tentou, sem sucesso, contactar Nascimento Costa.
As críticas dos jovens médicos incidem ainda sobre a "degradação das condições de realização da prova". A situação mais grave aconteceu na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, onde 186 pessoas realizaram a prova num anfiteatro com capacidade para 196. Este facto terá facilitado a "partilha de conhecimentos" durante o exame, lê-se no documento que está on-line. O ministério diz não terem sido apresentadas pelos delegados presentes "quaisquer provas da ocorrência de cópias e das referidas consequências para os eventuais lesados".»
[Público, 14.Dez.2007]
Dever de Resposta
«Quem precipitou a crise foi o RAF. Dizer que fui eu o responsável pela crise seria como dizer que os responsáveis pelos tumultos que se seguiram à publicação dos "cartoons" sobre Maomé são os "cartoonistas" e não os fundamentalistas islâmicos, que tentaram calar quem fez uso – de forma controversa, é certo – da sua liberdade de expressão.»
[Tiago Mendes, Dever de Resposta]
[Tiago Mendes, Dever de Resposta]
Avenida dos Leitores: Guadalupe
A capela de Nossa Senhora da Guadalupe fica num sítio privilegiado da cidade de Braga, paredes-meias com a Avenida Central, o Campo Novo e o Campus Camões.O edifício foi benzido pelo arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles a 23 de Março de 1725.
O site do IPPAR diz que se encontra em vias de classificação. A capela está rodeada por árvores, que nos dias de Outono se vestem de um amarelo surpreendente, mas também por um muro e por portões intransponíveis.
Um pouco mais abaixo estão a nascer as “Casas da Guadalupe”, um empreendimento que a ASPA incluiu na lista dos pesadelos da cidade, tendo obtido 33,4% de votos na eleição que decorreu em paralelo com a escolha das sete maravilhas. A Junta de Freguesia de S. Victor refere, no seu roteiro do património, que o local é frequentado por um grupo de reformados, que o utilizam para as suas actividades.
Confesso que quase nunca consegui encontrar o espaço aberto e dinamizado, à excepção das horas de culto e de iniciativas concretas, mas a culpa deve ser minha. Quem mora nas imediações assegura que o recinto está aberto da parte de tarde e que até se junta lá alguma gente.
Numa cidade em que a falta de espaços verdes e aprazíveis é flagrante, não estaremos a deixar subaproveitado este oásis no meio do deserto de betão?
Enviado por Lois Lane
O site do IPPAR diz que se encontra em vias de classificação. A capela está rodeada por árvores, que nos dias de Outono se vestem de um amarelo surpreendente, mas também por um muro e por portões intransponíveis.
Um pouco mais abaixo estão a nascer as “Casas da Guadalupe”, um empreendimento que a ASPA incluiu na lista dos pesadelos da cidade, tendo obtido 33,4% de votos na eleição que decorreu em paralelo com a escolha das sete maravilhas. A Junta de Freguesia de S. Victor refere, no seu roteiro do património, que o local é frequentado por um grupo de reformados, que o utilizam para as suas actividades.
Confesso que quase nunca consegui encontrar o espaço aberto e dinamizado, à excepção das horas de culto e de iniciativas concretas, mas a culpa deve ser minha. Quem mora nas imediações assegura que o recinto está aberto da parte de tarde e que até se junta lá alguma gente.
Numa cidade em que a falta de espaços verdes e aprazíveis é flagrante, não estaremos a deixar subaproveitado este oásis no meio do deserto de betão?
Enviado por Lois Lane
Subscrever:
Mensagens (Atom)