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TGV: linha Porto-Vigo poderá aumentar PIB regional

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«Não seria muito aventurado estimar a médio prazo, isto é, nos cinco ou seis anos seguintes à conclusão das obras de construção do TGV, um aumento derivado entre 1 e 1,5 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) da Euroregião», afirma o autor do estudo, Xulio X. Pardellas, da Universidade de Vigo, no documento que integra o relatório do Eixo Atlântico sobre o grau de execução do Mapa de Infra-Estrututuras do Eixo Atlântico.

A construção da nova ligação poderá também originar «um impacto positivo entre 0.6 por cento e 0,7% para o Valor Acrescentado Bruto (VAB) dos sectores no que respeita ao investimento público, o que significaria um aumento final do VAB da Euroregião de 5.660 milhões de euros» durante a duração da obra.

A «médio prazo», avança igualmente o autor do estudo, a nova infra-estrutura «contribuirá para a fixação da população, podendo mesmo gerar um aumento, e para a criação de novas oportunidades de emprego», podendo estimar-se a criação de 100.000 postos de trabalho durante o período de construção.»

Tendo em conta o panorama recentemente traçado pela iniciativa "A Península Ibérica em Números" (ver imagem), parece consensual que todos os esforços em termos de investimento se devem concentrar a Norte. Esta notícia acaba por demonstrar a importância de fazer avançar a linha Porto-Braga-Vigo sem devaneios governativos que tornem prioritária a ligação entre Lisboa e Madrid.

8 comentários:

  1. Resta dizer que esse estudo foi feito por uma pessoa de Vigo... estudo "nada inclinado" portanto. lolol

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  2. na opinião do anonimo, o estudo teria de ser feito por pessoas que morem a 500 km da região, portanto..Se foi feito por investigadores com base em estudos cientificos, isso não interessa porque essas pessoas são de Vigo.

    Alem disso Vigo e o resto da Galiza estão muito mais interessados numa ligação a Madrid do que ao Norte de Portugal..

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  3. O estudo não parece ter grandes problemas... problemas parece ter a conclusão do Pedro.

    «parece consensual que todos os esforços em termos de investimento se devem concentrar a Norte.»

    «sem devaneios governativos que tornem prioritária a ligação entre Lisboa e Madrid»

    Uma coisa é assinalar os benefícios da ligação Porto - Vigo... outra é dizer isso. Depois claro que te acusam de bairrismo.

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  4. O Gráfico:

    Já repararam que o Norte da Península Ibérica é o mais rico à excepção do Norte de Portugal, que é,pelo contrário o mais pobre?

    Já reparam que o Sul da península Ibérica é o mais pobre, à excepção de Lisboa, que é, pelo o contrário o mais rico?

    Alguma coisa está mal.

    Regionalização já!

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  5. eu tenho algumas duvidas em relação a esse mapa..Então o Norte é mais pobre do que o Alentejo??Ou o mapa está mal ou ando desactualizado..

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  6. Duas de letra.

    "na opinião do anonimo, o estudo teria de ser feito por pessoas que morem a 500 km da região"

    Um estudo é sempre um estudo e pode (deve) ser regido por critérios universais, quase matemáticos. Idealmente, o resultado será sempre semelhante seja o estudo feito por um "universalista" ou por um "localista".
    Um pouco adiante: eu não necessariamente um defensor intransigente da "Alta Velocidade" ("tgv" como toda a gente insiste em dizer); sou antes, e confessadamente de "Caminho de Ferro" que, em traços muito largos, implica um modo de transporte auto-guiado e sobre carris metálicos.
    (Chamem-lhe Comboio, Eléctrico, Metro, Tgv, a ideia de base é sempre a mesma).

    Ora, há algo que em Espanha tem vindo a ser recuperado desde a década de 70, momento em que o Caminho de Ferro espanhol estava muito por baixo e com PIOR reputação que a nossa CP da altura. O comboio espanhol estava gasto, caduco e nem mesmo a linha Madrid-Barcelona era totalmente electrificada.

    Entretanto, ganharam juízo; os espanhóis têm vindo a pôr em prática, e com grande sucesso, um pressuposto fundador do Caminho de Ferro - a sua capacidade de promover capacidade territorial.

    Se Deus fez o mundo e os holandeses fizeram a Holanda, também é verdade que o Comboio fez a América do Norte.
    Fez a América e fez a Rússia!
    Por exemplo, o Canadá planeara ligar o Atlântico ao Pacífico em 10 anos: fizeram-no em cinco anos. Era necessário unir o país.
    É como os Estados Unidos do tempo dos cowboys e do tempo de agora, em que 50% das mercadorias pesadas viajam sobre carris. Em Portugal, 3%.

    Voltando a Espanha: quando em 1992 se estreou a "Alta Velocidade" em Espanha, Madrid passava a estar a cerca de 02h30 de Sevilha, cidade da Expo92 localizada a quase 600 km de distância.
    Previa-se o fiasco posterior daquela ligação.
    Mentira. O tráfego rodoviário entre as duas cidades decresceu 50% e a aviação comercial foi pulverizada, foi procurar mercado para outros lados.
    Agora a Alta Velocidade espanhola já a Barcelona e vem a caminho da Galiza, etc etc.
    Falando novamente da palavra "Coesão", os governos espanhóis têm sido muito, muito claros ao desenvolver o seu caminho de ferro (nomeadamente o de Alta Velocidade) e explicou claramente os propósitos desses investimentos: ligar todas as capitais de província a Madrid e Barcelona em quatro e seis horas respectivamente.
    E isso consegue-se de um jeito: com velocidade.

    Tanto mais que os espanhóis possuem actualmente o comboio mais veloz do mundo em serviço comercial, o famoso "pato" da TALGO (patente espanhola) entre Madrid e Barcelona e que atinge os 350 km/h;

    Muito recentemente foi inaugurado um serviço inovador no caminho de ferro espanhol.
    Entre Madrid e Toledo (50,000 habitantes), e aproveitando parte da tal linha Madrid-Sevilha, foram criadas ligações rápidas.
    Estes 75 km (o equivalente a um BRAGA-ESPINHO) são percorridos em cerca de 30 minutos.

    Ora, 30 minutos é o tempo que muita gentinha gasta nas filas de trânsito em Lisboa duas vezes ao dia.
    O comboio de Toledo parte da estação, enconstada à cidade como a de Braga, e "aterra" no centro de Madrid. O passe mensal para este serviço custa 75 euros.
    Os comboios andam lotados desde o primeiro dia (cerca de 200 passageiros cada comboio).

    Prevê-se que Toledo duplique a população em 10 anos. Notável.

    É para isto que o Caminho de Ferro serve: promover e sustentar desenvolvimento às regiões ao conferir qualidade de vida aos seus habitantes.

    A continuar.

    Dario Silva

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  7. Por agora como anónimo, mas disposto a dar a cara a curto prazo...É evidente o TGV representa progresso, porém no caso Braga, parece ser mais um comboio de alta velocidade, que não creio ser prioridade para um País com enormes problemas para solucionar.É pena as grandezas façam esquecer problemas sociais, que todos reconhecem existir, mas depois adiam sistemáticamente para outrs eleições.Afinal onde vai passar esse comboio, na actual Linha ou, em novas vias a criar depois de novas expropriações? O País que estranhamente não investiu grande coisa nos últimos trinta anos em ferrovia, que esquece o interior e fecha linhas de acesso a essas regiões, quer apostar só no TGV, ou tem uma verdadeira política de transportes, que vise servir todo os cidadãos?Talvez seja de repensar ou rever decisões que depois saem caras...

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