O Diário do Minho dedica duas páginas inteiras à cerimónia de graduação dos primeiros licenciados em Medicina da Universidade do Minho que coincide com a inauguração das novas instalações da Escola de Ciências da Saúde. O excelente trabalho da jornalista Luísa Ribeiro aborda todos os momentos da formação de um clínico, desde o ensino secundário até à entrada no Internato Médico. Alguns destaques:
Pedro Morgado destaca que «a comunicação é o ponto central da prática médica». E isso não se aprende nos livros, mas «fomentando o contacto interpessoal, treinando apresentações orais, contactando acerca de outras culturas, conhecendo e aceitando a diferença e reflectindo sobre a literatura e as artes plásticas. O que mais me surpreendeu ao longo do curso foi uma certa “iliteracia” dos portugueses acerca da sua saúde. Há pessoas que são operadas e não sabem a quê. Mas também há as que não querem saber e isso deve ser respeitado», revela.
«Não é preciso estudar 24 horas por dia para se conseguir tirar boas notas, principalmente no ensino básico e secundário. Acima de tudo, é preciso método de trabalho. Quando tenho tempo, posso divertir-me; quando tenho de estudar, tenho de estudar», assegura Pedro Aguiar, revelando que, no secundário, sempre arranjou tempo para estudar, praticar desporto e namorar.
«A primeira ideia com que eu fiquei é que os serviços estavam muito motivados para nos receberem e os médicos encararam a nossa presença como um estímulo para a sua formação contínua, factos corroborados pelas avaliações internas que a escola promove», conta o ex-presidente da Associação de Estudantes de Medicina, Pedro Morgado. Em seu entender, «a ideia da formação multicêntrica é muito importante porque o mesmo serviço em Braga e em Guimarães têm formas de funcionamento completamente diferentes». «Um não é melhor do que outro. São dinâmicas diferentes porque o modo de trabalhar é distinto. Este contacto com vários centros hospitalares acaba por nos preparar melhor para a realidade», acrescenta.
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