Avenida Central

Ninguém Pára o Lucílio

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«O Braga foi claramente superior, mas não conseguiu ultrapassar um Rio Ave que, neste jogo, pode agradecer boa parte do empate a um erro do árbitro Lucílio Baptista. O resultado ficou-se, contudo, a dever-se também em parte a uma defesa extraordinária de Carlos e a um erro grosseiro do árbitro Lucílio Baptista (apita de mais e, normalmente, mal) que deixou passar em claro uma falta de João Tomás sobre Moisés.» [Público]

Em Março passado, Lucílio Baptista cometeu um erro grave que roubou a Taça da Liga ao Sporting. Na sequência do erro, o árbitro pediu desculpas mas para a história há-de contar uma Taça perdida. Sete meses volvidos e nenhuma consequência adequada conhecida, o mesmo árbitro quebra uma série de sete vitórias consecutivas do Sporting de Braga e entrega um golo claramente irregular ao Rio Ave numa partida que, a ser escrita com justiça e com verdade, permitia ao Sporting de Braga manter a liderança isolada do campeonato e registar a oitava vitória consecutivo, registo só obtido por Sporting e Porto no arranque de um campeonato nacional.

Ao validar um golo precedido de falta evidente de João Tomás e ao esquecer-se de assinalar uma grande penalidade por pontapé em Mossoró, Lucílio Baptista escreve uma história que é novamente viciada e que tem os mesmos beneficiários que teve o engano da Taça da Liga. É caso para perguntar de quem é a mão que não pára este Lucílio...

A ler: «Toda a gente viu falta no primeiro golo», MaisFutebol; «O jogo ficou marcado por um lance de falta», MaisFutebol; Moisés é claramente carregado em falta por João Tomás, MaisFutebol; João Tomás fez falta sobre o defesa Moisés, A Bola; Erro do árbitro trama líder, Jornal de Notícias.

Adenda: «O árbitro Lucílio Baptista, esse mesmo da tão falada final da Taça da Liga da época passada, deixou passar o lance, sancionando o golo»; O Rio Ave fez 31 faltas e recebeu dois (!) cartões amarelos; Na segunda parte foram feitas seis (!) substituições e muito anti-jogo - o árbitro deu três (!) minutos de descontos; Quando ouvirem Vitor Pereira dizer que os árbitros erram cada vez menos, não pensem que ele é cego - a arbitragem de hoje deve ter deliciado o patrão da miséria de arbitragem desta Liga.

O Rei Vai Murcho | 3

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Ao que parece, houve uns miúdos que quiseram repetir a graçola do Darth Vaders de Lisboa e colocar uma bandeira monárquica no mesmo local onde havia sido hasteada a bandeira da República Portuguesa no saudoso 5 de Outubro de 1910. Ironicamente, as cópias nortenhas e contrafeitas dos promotores lisboetas da causa monárquica colocaram a bandeira no edifício errado.

Se estivessem quietos, estes miúdos teriam evitado mais uma anedótica exposição dos monárquicos portugueses e, acima de tudo, teriam poupado Guimarães ao ridículo de andar a reboque de Lisboa também na causa monárquica. Façam como diz o Carlos e rasguem o protocolo de vez.

A Mão Que Embala o Benfica

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Árbitro
© Pankcho

«A alegria “encarnada” não disfarçava, porém, o mau espectáculo da primeira parte, que teve outro protagonista — o árbitro João Capela que, em 26 minutos, mostrou sete amarelos e expulsou Pouga, deixando o Leixões sem um dos avançados. A quantidade de admoestações não seria problema, se o critério fosse perceptível.» [Público]

«Nos primeiros 30 minutos houve uma dualidade de critérios que não se justifica. Houve muitas faltas a favor do Leixões que não foram assinaladas e cartões amarelos que não percebi, porque os árbitros têm de ter uma atitude diplomática. Os meus jogadores não foram maldosos e não se justificou o cartão no sururu, assim como a expulsão de Pouga. Foi um pouco a pedido dos jogadores do Benfica...» [José Mota, treinador do Leixões]

«O Jorge Sousa é um dos melhores árbitros portugueses, mas enganou-se. O meu jogador corta a bola, e o Aimar aproveitou-se. Aliás, já tinha avisado antes para essas situações por parte de alguns jogadores do Benfica. Na segunda parte há uma mão na área do Benfica e é um lance que muitas vezes é marcado. Espero que, noutra altura, o árbitro se engane em nosso favor[Manuel Fernandes, treinador da União de Leiria]

31 do Marketing

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31 do MARKETING

O Rei Vai Murcho

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O esplendoroso valor simbólico da acção terrorista de hoje é tão anedótico como a causa monárquica dos dias que correm. No entanto, este é um daqueles casos em que é evidente que quem não consegue erguer o seu próprio mastro tem que se contentar a hastear no mastro dos outros. É a vida.

Jornalismo Premonitório?

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«Dez mil alunos e 55 carros, representando os cursos da Universidade do Minho (UMinho) e da Católica, de Braga e Guimarães, desfilaram anteontem à noite, em Braga, no Monumental Cortejo do Enterro da Gata. O presidente da AAUM, Pedro Soares, salientou que o cortejo - que contou ainda com a Universidade Lusíada de Famalicão e os institutos politécnicos do Cávado, de Barcelos e Superior de Educação de Fafe - acontece 120 anos depois dos estudantes do Colégio de São Paulo terem saído à rua, em cortejo fúnebre, para enterrar uma gata, que simbolizava o ano lectivo[JN]

Este cortejo simplesmente não aconteceu porque apenas sucederá na tarde da próxima Quarta-Feira. Apesar disso, a notícia está publicada na página principal do Jornal de Notícias e pode ser confrontada com esta da Agência Lusa também publicada no sítio online do JN. Que nome é que se dá a isto?

O Crime Compensa

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«Paulo Baptista assinou a arbitragem com maior influência no resultado a que assisti nos últimos anos. É inaceitável que uma equipa de arbitragem possa demonstrar tamanha incompetência. Casos como este, no Benfica-Sp. Braga, demonstram diversas coisas: 1) Os erros dos árbitros fazem parte do jogo e isto é algo que dirigentes, treinadores e jogadores não devem esquecer; 2) Antes de pensarmos em grandes tecnologias, é fundamental trabalhar com os árbitros, para que possam ser melhores. 3) Também é fundamental que a Liga puna de forma exemplar os árbitros que, como Paulo Baptista, influenciam os resultados.
Esta é a segunda vez que abro excepção à regra que estabeleci para mim próprio: dar pouca importância às falhas das equipas de arbitragem, evitando assim participar em linchamentos públicos. Mas há momentos em que denunciar o mau trabalho de quem apita é a única possibilidade para quem tem o dever de emitir opinião.
» [Mais Futebol]

Num só dia, a Comissão de Disciplina da Liga Portuguesa de Futebol conseguiu dar vários tiros na credibilidade que ainda lhe restava. Ao arquivar o inquérito à suspeita alteração do árbitro nomeado para o jogo entre Benfica e Braga e ao castigar aqueles que tiveram coragem de denunciar a incompetência atroz dos árbitros nacionais, a Liga Portuguesa de Futebol deu provas da podridão que grassa nas altas instâncias desportivas do país. Como se não bastasse, a Liga anunciou castigo a Lisandro Lopez por simular um penálti no jogo com o Benfica, fechando os olhos à simulação de Di Maria no jogo contra o Braga.

Saliente-se que para o arquivamento do processo relativo à nomeação de Paulo Baptista, muito contribuiu a postura verdadeiramente inacreditável de Mesquita Machado. Depois de tanta algazarra televisiva, o autarca bracarense não colaborou com o processo de investigação e faltou a todas as inquirições.

Todas estas decisões e posturas contribuem para acentuar a degradação da clima desportivo nacional e para afastar dos estádios os adeptos que ainda restam. A incompetência dos árbitros continua a passear-se de forma escandalosamente descarada pelos estádios. Enquanto isso, o Benfica ganha Taças... Haja decoro!

As Mentiras do Dia das Mentiras

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Lies
© mcritz

A generalidade das pessoas ainda acredita que os jornais são meios de informação minimamente credíveis. Surpreendem-me as graçolas que alguns directores permitiram fazer chegar à capa de alguns jornais de hoje. São equívocos que se pagam caro: a credibilidade não pode meter folga.

A Falácia ao Dependuro

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«Ao coalharem o país de ventoinhas (em vez de terem planeado a coisa de modo progressivo e sustentável), para suprirem a capacidade de geração da centrais hidroeléctricas, precisamente durante o dia e sobretudo nas horas de ponta, esqueceram-se de avaliar correctamente a variabilidade e oscilação dos ventos, pelo que, depois de terem investido milhares de milhões de euros nas ditas ventoinhas (oriundos nomeadamente dos mercados financeiros especulativos), descobriram que o débito das mesmas é criticamente imprevisível e não chega para as encomendas! Ou seja, a peneira desenhada para colher as pepitas douradas dos picos de consumo energético, não consegue cumprir os objectivos anunciados — nomeadamente aos accionistas e especuladores que investiram nos cartéis energéticos de todo o mundo, nomeadamente em Portugal.
[...]
Daqui a necessidade de um plano urgente de novas barragens, com grupos reversíveis — i.e que permitem forçar a água que move as turbinas regressar de novo às albufeiras —, situadas nos afluentes dos grandes rios portugueses, e cujo principal objectivo é suprir a grande e escandalosa falha do programa eólico nacional.» [n'O António Maria]

Jornalismo de Sarjeta

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«Teve, também, de lidar com os médicos faltosos? Podemos falar de médicos, mas falemos de todos os profissionais. Neste hospital, temos dois grandes grupos: os profissionais da Função Pública e os que agora fazem contrato individual de trabalho. A taxa de absentismo na Função Pública, em termos brutos, é da ordem dos 14 a 16%. Nos contratos individuais de trabalho não ultrapassa um por cento. E é preciso que se desmistifique a ideia de que só acontece com os médicos.» [JN]

O administrador do Hospital de São João foi muito claro: falemos de todos os profissionais. Ainda assim, o Jornal de Notícias e a jornalista Carla Soares fizeram capa com a mensagem distorcida para denegrir toda uma classe. É disto que falamos quando falamos da guerra da comunicação social contra os médicos e, pior de tudo, do favor que os jornais estão a fazer ao governo de José Sócrates, criando a ideia de que vivemos num país de cigarras em que as únicas formigas são os socialistas que nos governam. É a táctica do todos contra todos num impressionante dividir para reinar.

Crise Democrática na Madeira

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A agonia do sistema democrático madeirense, cujo capítulo mais recente resultou na suspensão ilegal de um deputado, atingiu níveis de degradação que a todos devem preocupar. Apesar das figuras muito tristes de ontem, é inaceitável que os seguranças da Assembleia Regional da Madeira impeçam a entrada de um deputado em funções.

A situação é demasiado grave para ser ignorada pelo Presidente da República, responsável máximo pela garantia de funcionamento regular das instituições democráticas. Assim entendem PS, CDS-PP, PND e Bloco de Esquerda. Por uma questão de coerência com foi dito há uns dias por Manuela Ferreira Leite, esta deveria ser também a posição do PSD nacional.

Figuras Tristes

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A única coisa que verdadeiramente me preocupa no triste episódio da bandeira Nazi na Assembleia Regional da Madeira é o facto daquele indivíduo ter sido eleito deputado. Isso diz muito sobre o partido de Manuel Monteiro e, sobretudo, sobre a qualidade da nossa democracia.

Jogar na Secretaria

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Tal como a Taça da Federação Portuguesa de Futebol cuja única edição teve o Sporting de Braga como vencedor há mais de 30 anos, a Taça da Liga é uma daquelas provas com os dias contados. Daqui a 50 anos ninguém se lembrará de que existiu.

No entretanto, vamo-nos entretendo com a miséria organizativa da Liga Portuguesa de Futebol. Sujeitar uma equipa a dois jogos em pouco mais de 24 horas desafia todo o bom senso desportivo e também é jogar na secretaria.

Política de Sarjeta

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«O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) adiantou, a três dias das eleições regionais, o pagamento de 75 por cento de ajudas aos agricultores açorianos. Apesar de se tratar de subsídios que têm extensão nacional, o instituto não procedeu de igual forma em relação aos produtores agrícolas do Continente e da Madeira[Público]

A chico-espertice dos responsáveis do Ministério da Agricultura é demasiado evidente. Infelizmente, a democracia enfraquece-se sempre que o Estado se verga a interesses particulares.

Um País Magalhães...

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Adenda - O vídeo foi estranhamente removido do You Tube. Podem consultá-lo aqui.

Déjà Vu

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Tudo começou com os incêndios. Depois de televisões e oposições quase derrubarem o governo de Durão Barroso à custa da exploração dos incêndios, os especialistas concluíram, no início do consulado de Sócrates, que as reportagens sobre incêndios estimulavam os incendiários.

Agora, um especialista acha que as notícias sobre assaltos podem ajudar a aumentar crimes. Depois virá o dia em que as notícias sobre corrupção ajudarão a aumentar a corrupção. E um especialista há-de supor que as notícias sobre a derrapagem do défice a aumentar o défice. E outro dirá que as notícias sobre o desemprego fazem aumentar o desemprego.

Até que um dia, quando já nada de mau fôr noticiado, seremos um país completamente enganado mas verdadeiramente feliz.

Os Fariseus Regionalistas

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Alberto João Jardim avançou com a hipótese de criar um partido de doutrina cristã «que resulta de uma grande junção de todos aqueles que têm ideias regionalistas em todo o pais e estão fartos do jacobinismo».

É caso para perguntar: onde andava Alberto João Jardim quando os madeirenses rejeitaram a regionalização em referendo?

Este País é uma Anedota

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Sócrates pretende pagar multa que ninguém quer cobrar. O Nós Por Cá, da SIC, costuma resolver com alguma celeridade os problemas que alguns cidadãos vão tendo com os serviços públicos. Será que o Primeiro Ministro já tentou esta via?

Exames? Examinhos, vá lá...

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Estudantes consideram exame de Matemática "demasiado fácil"
Exame de Matemática A mais fácil que no ano passado
Exame de Matemática B também considerado demasiado fácil
Professores cépticos com resultados das provas
Alunos e Professores consideram prova de matemática pouco exigente
Matemática: facilitismo é «desincentivo»
Sociedade Portuguesa de Matemática contra facilitismo
Ministra recusa acusações de "facilitismo" nos exames

Quando leio estas notícias, interrogo-me genuinamente: mas estarão todos errados e só a Ministra da Educação certa? As conclusões são óbvias e nem precisávamos de denunciar a existência perguntas no exame do 6º ano semelhantes às que haviam saído no 4º ano em 2007 para perceber o tamanho do engodo...

Infelizmente, trabalhar para as estatísticas é altamente proveitoso em termos políticos: a mediania do país, reflexo da mediania da escola das passagens políticas e administrativas, não lhe permite perceber o tamanho da ficção dos resultados apresentados.

Os Media e os Políticos

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«Sempre achei que um primeiro-ministro que faz questão de fazer 'jogging' em viagens oficiais para os jornalistas divulgarem a imagem de um desportista na política - coisa que vende muito bem entre os eleitores - só podia, de facto, fumar às escondidas, para não estragar essa imagem.» [Miguel Sousa Tavares, Expresso, 17/05/2008]

Nunca escondi a indignação sempre que a vida privada de um político é devassada. Entendo que o facto de uma pessoa ter exposição pública não implica que a sua vida privada e os seus familiares tenham que ser sujeitos ao escrutínio global, tantas vezes abusivo e indesejável. No entanto, há políticos que, por força da contabilidade eleitoral, acabam por trazer aspectos da sua vida privada para a cena pública.

Não sendo propriamente adepto da política espectáculo, sempre me causou estranheza a insistência de José Sócrates em trazer para o conhecimento público uma série de aspectos que deviam estar remetidos à sua esfera privada. Desde logo, as cenas de jogging claramente injectadas nas visitas oficiais com o objectivo de elevar os níveis de popularidade do Primeiro Ministro. Depois, o anúncio do abandono tabágico feito em pose de Estado como remédio para o desrespeito de uma Lei que havia sido aprovada pela maioria que o próprio lidera. Finalmente, as notícias da febre que muito recentemente lhe assolou as entranhas.

Se é um facto que alguns jornalistas abusam, a verdade é que há políticos que não se cansam de se pôr a jeito.
"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

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