«Teve, também, de lidar com os médicos faltosos? Podemos falar de médicos, mas falemos de todos os profissionais. Neste hospital, temos dois grandes grupos: os profissionais da Função Pública e os que agora fazem contrato individual de trabalho. A taxa de absentismo na Função Pública, em termos brutos, é da ordem dos 14 a 16%. Nos contratos individuais de trabalho não ultrapassa um por cento. E é preciso que se desmistifique a ideia de que só acontece com os médicos.» [JN]
O administrador do Hospital de São João foi muito claro: falemos de todos os profissionais. Ainda assim, o Jornal de Notícias e a jornalista Carla Soares fizeram capa com a mensagem distorcida para denegrir toda uma classe. É disto que falamos quando falamos da guerra da comunicação social contra os médicos e, pior de tudo, do favor que os jornais estão a fazer ao governo de José Sócrates, criando a ideia de que vivemos num país de cigarras em que as únicas formigas são os socialistas que nos governam. É a táctica do todos contra todos num impressionante dividir para reinar.
Claro que é demagogia, mas os médicos durante largos não se vão ver livres do estigma de sempre, (os barões claro)de entrarem ao serviço e logo sairem para a privada ou trabalharem de manhã e desaparecerem de tarde, aguardando alguma chama telefónica para regressarem, numa rapidinha, ao Hospital...
ResponderEliminarMas um médico tem um ego muito grande e não se compadece com falas de respeito...
Sem dúvida um interessante tema.
ResponderEliminarO meu comentário apela a que: HAJA BOM SENSO.
Pedro, foi assim que começou a guerra com os professores. A avaliação é hoje só um modo de os professores exorcizarem todas as acusações injustas e humilhações de que foram alvo. E o ME sabe... Esta notícia faz-me lembrar um poema de Brecht - aquele do «teatro épico» que estudámos a propósito de "Felizmente Há Luar!, de Sttau Monteiro - que não tenho agora à mão, mas é sobejamente conhecido (pelo menos entre os professores). Espero que reajam mais rapidamente do que nós, mas com os OCS contra e o jogo sujo é muito difícil. Boa sorte!
ResponderEliminarmuito bem observado Pedro! por acaso li exactamente a mesma noticia e fiquei na altura revoltado com o titulo a letras bem gordas que vinha na capa do jornal. é triste quando o entrevistado diz uma coisa e a porcaria dos jornalistas que temos salienta uma parte e, pior ainda, MENTE sobre o assunto.
ResponderEliminarparabéns pela sempre atenta visao sobre as coisas que te rodeiam.
abraço
Roberto Couto
leitor regular da avenida
-Um alvo de cada vez, primeiro fala-se dos médicos, mais tarde quando se discutir a F.P. fala-se dos restantes. Mas é um drama comparar 14% de absentismo com 1%, neste país entre outras coisas também há direitos adquiridos em excesso.
ResponderEliminarserá que ninguém percebe que a responsabilidade primeira pelo mau funcionamento da Função Pública é de quem a governa? e que se os directores, chefes de divisão, presidentes de câmara, secretários de estado, ministros e afins fossem responsabilizados pelos maus resultados, estes já há muito que estariam em vias de extinção? e que, por todos os que trabalham mal, há uns tantos que trabalham muito e bem?
ResponderEliminaro senhor director desse hospital é que devia responder pelo absentismo das pessoas por quem é responsável e, ao invés de lamuriar-se demagogicamente, publicitar quais as medidas tomadas no combate ao absentismo.
Mai' nada. Parabéns pelo post!
ResponderEliminarAi primeiro responsabiliza-se o director e depois é que se cai sobre quem falta sistematicamente?
ResponderEliminarOk.
Agora percebo porque razão tenho de esperar tanto por uma consulta e porque razão o meu médico falta tantas vezes.
Obrigado a todos pelos comentários. Estou com dificuldades de acesso à internet e por isso não tenho podido responder.
ResponderEliminarCumprimentos,
PM