Avenida Central

O Norte Sem Norte | 3

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«O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, denunciou que o Estado está a negociar a realização da Red Bull Air Race em Lisboa, "roubando" o evento a Porto e Gaia.» [JN]

Lisboa, Lisboa e Lisboa. O país resume-se a Lisboa. Das pequenas às grandes coisas, Lisboa açambarca o dinheiro e a inteligência do país, concentrando tudo com uma tirania verdadeiramente emetizante.

Para além destas matérias com grande impacto no desenvolvimento económico da Região Norte, também seria útil que se questionassem o Governo e os deputados sobre a disparidade entre o número de serviços de urgência de Urologia (para só citar um exemplo) a funcionar durante a noite na Região Norte e na (extinta) Região de Lisboa e Vale do Tejo. É que, tendo o Norte mais área e população, não se compreende a disparidade.

George da Silva

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No esforço mediatista de apelar ao bom senso dos profissionais de saúde que desdenham a vacina de noé, Francisco George tomou a sua dose em directo com braço, agulha e tudo. Não sendo a mesma coisa, ainda lembrou aquele Ministro que comeu a mioleira de vaca.

Projectos 23 | Novo Hospital de Braga

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Hospital de Braga
© Escala Braga

O novo Hospital de Braga está a crescer junto à Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. Será inaugurado no primeiro semestre de 2011.

Dia Europeu da Depressão

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No vídeo desta semana, o blogue Avenda Central associa-se ao Dia Europeu da Depressão (17 de Outubro) e divulga o trabalho conjunto de Mariza e Boss AC para o Movimento UPA 2008.

Cega Para Salvar as Filhas

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No auge da discussão sobre os projectos de Obama para reformar o sistema de saúde norte americano emerge a história de Monique Zimmerman-Stein, a mulher que que ficou cega para salvar as suas filhas.

Levanta-te Contra a Discriminação

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1. Assinala-se hoje o Dia Mundial da Saúde Mental e, trabalhando nesta área, não posso deixar de partilhar alguns pontos de reflexão. Antes de mais, cumpre informar que, se outros motivos não encontrar para ler este artigo, deve saber que um em cada quatro portugueses sofrerá, em dado momento da sua vida, de uma doença mental.

2. Há precisamente um ano, a Federação Mundial para a Saúde Mental divulgou uma série de artigos de reflexão sobre o estado das políticas de promoção da saúde mental em todo o mundo. Num desses artigos, destacavam-se alguns dados verdadeiramente preocupantes: dos cento e noventa e dois membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) que foram analisados, apenas dois terços dos países apresentam políticas públicas de saúde mental e, mesmo nesses, 60% das leis em vigor são anteriores a 1960; em 30% dos países não existe qualquer orçamento específico para a saúde mental; e em 25% daqueles em que existe orçamento, a verba destinada à saúde mental é menos de 1% do total despendido em saúde. Em síntese, a desproporção entre as necessidades e a oferta de acompanhamento, diagnóstico e tratamento psiquiátrico é verdadeiramente preocupante em termos globais.

3. Em Portugal, o investimento no tratamento das doenças mentais deve ser realçado: a) os hospitais têm reforçado a sua capacidade de intervenção em saúde mental, através da oferta de serviços médicos, mas também de Psicologia Clínica e Assistência Social; b) os serviços comunitários têm sido, embora muito lentamente, reforçados com meios humanos e materiais; c) os tratamentos mais inovadores têm sido disponibilizados aos doentes portugueses praticamente ao mesmo tempo do que sucede no resto da Europa e EUA; d) a nossa investigação em neurociências tem sido reconhecida internacionalmente, ombreando com os trabalhos produzidos em alguns dos centros mais avançados do mundo.

Debater Ideias: Saúde

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Há duas visões sobre o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em confronto nestas eleições. O PS defende o reforço do Serviço Nacional de Saúde enquanto o PSD defende o aumento progressivo do recurso aos privados, substituindo-se, em alguns casos, ao SNS.

Como se sabe, os privados apenas apostam nos serviços de saúde mais lucrativos. As doenças oncológicas, a saúde mental e os cuidados intensivos são áreas que os hospitais privados normalmente negligenciam devido aos enormes custos que acarretam. Como pensam os que defendem a privatização da saúde garantir o financiamento de tratamentos de excelência no sector público quando pretendem entregar parte dos serviços potencialmente mais lucrativos aos privados?

Privatizar a Saúde?

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St. Mary's Hospital - Waiting in the corridor
© MonkeyGirl22

Os neoliberais gostam muito de dizer que o Serviço Nacional de Saúde não pode ser eficiente sem concorrência. Contudo, nunca vi os neoliberais dizerem que a BRISA ou a AENOR não são eficientes, apesar de, como se sabe, não haver concorrência para as suas auto-estradas.

Os neoliberais gostam muito de dizer que os funcionários públicos ganham muito e trabalham pouco. Se a Saúde for entregue às seguradoras, os funcionários ganharão menos e trabalharão mais. Contudo, os utentes pagarão o mesmo [ou ainda mais], alimentando mais um intermediário.

Os neoliberais gostam muito de dizer que uns contribuintes não têm nada que pagar a saúde dos outros. Contudo, numa sociedade que respeita os direitos humanos, a saúde não é um luxo, mas um direito inalienável de qualquer cidadão.

Os neoliberais defendem que os utentes devem pagar os serviços de saúde em função dos rendimentos declarados. Contudo, esse modelo é duplamente penalizador daqueles que declaram rendimentos - ser-lhes-ão imputados os seus gastos em taxas e os dos outros em impostos.

A propósito da saúde como bem de consumo num Estado completamente mercantilizado, recomendo o filme
Dancer in the Dark. Um bom ponto de partida para a discussão sobre os problemas reais das pessoas de carne e osso que não se leêm nos números.

Brincar com a Saúde

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«Os técnicos de ambulância de emergência apresentarão em Setembro um pré-aviso de greve e poderão deixar de transportar os doentes com gripe A, se o Governo não avançar com a carreira de técnico de emergência pré-hospitalar[DN]

Para além da manifesta falta de ética e do inaceitável oportunismo, este pré-anúncio de greve expõe com clareza alguns dos perigos de criar uma carreira de técnicos de emergência pré-hospitalar para enquadrar pessoas sem a desejável formação académica. O governo não pode vergar-se perante o sindicalismo mais egoísta e ignóbil. Além do mais, num país claramente excedentário de enfermeiros, não há qualquer sentido em criar a dita carreira.

Das Doações de Sangue

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A questão central em matéria de doação de sangue é a segurança dos receptores. É preciso deixar bem claro que o actual algoritmo exclui pessoas com risco muito baixo e inclui dadores com risco muito elevado. João Miranda diz que se tratam de excepçõezinhas, mas, pensando em abstracto, isso é absolutamente irrelevante. O que é verdadeiramente relevante é saber se o número daqueles que têm muito baixo risco e são excluídos é superior ao número dos que têm risco elevado e são considerados dadores. Se for, então o sistema é ineficaz.

Desde há vários anos, os estudos epidemiológicos sobre VIH demonstram que a avaliação do risco em função de grupos de pessoas que partilham uma característica, seja a cor de pele, a profissão ou a orientação sexual, é sempre menos eficaz do que a avaliação baseada nos comportamentos de risco.

Acrescente-se que João Miranda não demonstra que aquilo a que chama excepçõezinhas são verdadeiras excepções e, mais grave, cita como excepção um exemplo verdadeiramente infeliz: «Se um homossexual fizer sexo protegido é muito mais seguro do que um heterossexual que faz sexo desprotegido».

Na prática, estamos todos de acordo que dar sangue não é um direito de nenhum cidadão e que o objectivo da acção do Instituto Português do Sangue deve ser garantir sangue em quantidade e com qualidade a quem dele necessitar. O que está por demonstrar é que o actual sistema de triagem é o mais eficaz para garantir esse propósito. É que, se levarmos a sério as declarações do senhor Presidente do Instituto Português de Sangue a propósito daqueles que foram violados, torna-se mais claro do que nunca que o actual sistema está assente em princípios absolutamente rejeitáveis, porque baseados em suposições, crenças e preconceitos sem qualquer base científica.

Quanto ao resto, penso que todos concordamos que o Ensino Superior pode acrescentar muita coisa, mas dificilmente elimina preconceitos enraizados como crenças verdadeiramente impermeáveis à crítica e à razão.

Silly Season Daily Dose | 2

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Já que um leitor sugere, eu explico os adjectivos do meu post anterior, embora ache que a entrevista do senhor Olim fala por si:

Primeiro porque é ingénuo ao ponto de pensar que o sexo oral e anal é coisa apenas de homossexuais - e insiste nisso. Além ~de que chega a clamar pela perseguição legal de quem não quer expor a sua intimidade. Já agora, como é que ia saber de outra forma? Por análise serológica ou por tortura?

Depois minimiza o uso do preservativo, que obviamente não é totalmente eficaz. Isso é do senso comum. Mas, o senhor Olim devia saber que o risco de transmissão numa relação sexual também não é de 100%. Aliás, muito longe disso - e depende muito se é oral, vaginal ou anal, e de quem penetra ou é penetrado. Por exemplo: o risco de transmissão está estimado em 50 para cada 10.000 exposições, no caso de sexo anal receptivo. Os dados são de artigos do British Journal of Medicine.

Quem souber de Probabilidades, terá de multiplicar de ineficácia do preservativo (aproximadamente 0,1 <=> 10%) pelo risco de infecção numa relação sexual sem preservativo (no caso acima, 0,005 <=>0,5%), Isto é: p= 0,0005, ou seja 0,05%. O uso do preservativo diminui 10 vezes o risco. O senhor Olim é um enviesador nato.

O acto de dar sangue, como qualquer outro acto semelhante, tem de ser meramente regulado por triagem técnica laboratorial e não ir à intimidade das pessoas. A atitude só por si, afasta-as do contributo.

Em vez de catalogar os indivíduos pela orientação sexual, devia esforçar-se em sensibilizar a sociedade para a responsabilidade e o altruísmo da dádiva e minimizar os riscos tecnicamente, porque não é do direito do Estado, muito menos do sr. Olim, saber com quem me deito. Isto é uma questão de liberdade também.

De resto, há todo um conjunto de doenças que se prendem com comportamentos de risco e que podem ser transmitidas pelo sangue. E numa deriva silly, se me permitem, já agora: e as doenças priónicas como a de Creutzfeldt Jacob (variante humana da BSE)? Será de excluir gente que come mioleira de vaca?

Silly Season Daily Dose

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Pode perguntar-se por que é que um homem com declarados tiques discriminatórios e fascizóides, e com uma óbvia ingenuidade moral e científica está ainda a fazer à frente do Instituto Nacional do Sangue. Deve ser pelo sentido de humor, certamente. A entrevista do senhor Olim tem momentos monty python...

Das Doações de Sangue

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Há três princípios que me parecem essenciais quando se debate a questão dos critérios de admissibilidade de cidadãos para a doação de sangue para transfusão. Em primeiro, os critérios de selecção de dadores devem privilegiar, antes de tudo, a segurança dos receptores de transfusões sanguíneas. Em segundo, os critérios devem basear-se exclusivamente em dados epidemiológicos. E, por último, os critérios de exclusão devem assentar, preferencialmente, em comportamentos individuais (i.e. "ter relações sexuais com mais do que um parceiro sexual", "praticar o coito anal" ou "injectar-se com recurso a seringas") e não nos grupos em que cada um se integra (i.e. ser heterossexual, ser homossexual, ser negro, ser católico ou ser chinês).

Adenda: É muito grave que o Presidente do Instituto Português de Sangue (IPS) afirme que «ser homossexual é um comportamento de risco». Esta afirmação, além de cientificamente incorrecta e epidemiologicamente improvada, é altamente preconceituosa e discriminatória. A orientação sexual não é um comportamento mas uma característica dos indivíduos. Aguarda-se que o Presidente do IPS se retrate publicamente.

Bastonário da Ordem dos Médicos: «Não faz sentido. É uma atitude discriminatória impedir os homossexuais da dádiva de sangue», na TSF.

A ler: Should men who have ever had sex with men be allowed to give blood? Yes, no BMJ. Coordenador para Infecção VIH/sida lembra que já não há grupos de risco, no Público; ILGA Portugal defende que exclusão de homossexuais "perpetua estigma", no Público; JS indignada com declarações do presidente do IPS, no Público; Exclusão de homossexuais abre guerra entre organismos, na RTP; Comissão Europeia diz que nada impede homossexuais de darem sangue, na RTP; Especialista em doenças infecciosas não compreende exclusão de dadores homossexuais masculinos, na RTP; Não há orientação comunitária para excluir homossexuais, no i; Directiva da UE que exclui homossexuais “é um mito”, no DN; Não há qualquer orientação comunitária que exclua os homossexuais de darem sangue, no Público.

Restrições na Residência de Azurém

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Residência Universitária de Azurem - Guimarães
© SASUM
A residência universitária de Azurém, em Guimarães, onde vive o estudante que viu ser-lhe confirmado esta tarde a infecção com H1N1 não está de quarentena. A garantia é dada pelos Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (UM), que gerem aquele espaço. No entanto, o quarto do estudante está encerrado e toda a ala tem acesso restringido. [Público]

Depois de uma tarde de muita informação e contra-informação, confirma-se que a Residência Universitária de Azurém, em Guimarães, se encontra apenas com algumas restrições, mas não em quarentena. As medidas enquadram-se no programa de contingência da gripe A, não havendo qualquer motivo para alarme. Importa esclarecer que as notícias sobre problemas numa residência de Braga já foram desmentidas pela Universidade do Minho.

Do Centralismo de Lisboa

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As televisões perdem toda a credibilidade quando se entregam ao jornalismo dos cidadãos das causas individuais de cada cidadão sem qualquer sentido crítico perante o que é difundido. Na edição de hoje do programa Nós Por Cá, surge a reportagem de um cidadão indignado por ter que ir a Peniche para ser operado a uma hérnia inguinal. Isto sucede, porque os Hospitais de Lisboa não têm, de momento, capacidade para garantir aquela cirurgia ao doente. A situação não é diferente de milhares de outras situações de doentes que têm que se deslocar para receber tratamentos médicos e cirúrgicos no âmbito Serviço Nacional de Saúde (SNS) e é a única opção razoável para manter o SNS sustentável para o erário público.

Como bem se percebe, o SNS não tem capacidade para garantir certos tratamentos em todo o país e, a muito custo, os doentes têm que se deslocar, às vezes diariamente, entre Miranda do Douro e o Porto ou entre Moimenta da Beira e Viseu. É a realidade dura do país real. Do mesmo modo e imagino que com bastante frequência, haverá cirurgias que, não estando disponíveis no Hospital de Peniche, obrigam a deslocações dos doentes deste concelho aos Hospitais de Leiria, Coimbra ou Lisboa.

Não percebo o espanto deste cidadão de Lisboa e muito menos a pertinência da reportagem quando se sabe que há milhares de doentes que fazem o percurso inverso rumo aos hospitais de Lisboa. Será que isto só é notícia porque desta vez é um cidadão a ter que se deslocar para fora de Lisboa?

Uma Pílula Para a Longevidade?

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jesus idosa terceira idade velhos capa
© Gute Garbelloto

Por cada cinquenta anos de vida, receba mais sete de bónus! A ideia parece retirada de um filme de ficção científica, mas as conclusões de um estudo sobre os efeitos da Rapamicina, um medicamento utilizado para prevenir a rejeição de transplantes de órgãos, demonstrou que os ratos que receberam esse fármaco a partir da idade adulta vivem mais 14% do que os animais controlo não sujeitos a qualquer tratamento.

A descoberta é destacada na edição online da prestigiada revista científica Nature. Os autores do estudo destacam tratar-se de uma descoberta fortuita já que não pretendiam estudar este tipo de efeitos da droga. Contudo, na ciência, tal como na vida, a sorte protege os audazes.

Jornais de Referência?

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«Uma pessoa triste ou deprimida nunca pode resolver o problema com uma droga, porque não são doenças físicas» [Elisabete Dâmaso, DN]

Tristeza e depressão são realidades bem distintas e, tanto quanto se sabe, a depressão cursa com alterações físicas mensuráveis em termos de funcionamento neurobiológico do cérebro, alterações que são geralmente revertidas por fármacos anti-depressivos. A depressão é uma doença psiquiátrica cuja prevalência ao longo da vida é de cerca de 12% e cujas consequências podem ser muito graves se não for devidamente tratada.

Um jornal sério não devia permitir-se difundir afirmações manifestamente desmentidas por toda a evidência médica e científica sem o necessário contraditório. Assim sucede nas notícias sobre curas milagrosas católicas e também nas profecias de algumas religiões e seitas emergentes. A credibilidade (ou a falta dela) das fontes da informação que é difundida nos jornais que se assumem como referência não é suficiente para minimizar que os efeitos da sua divulgação. Ainda mais, quando se passam ideias que estão erradamente sedimentadas no pensamento de uma parte significativa da população.

Pandemia de Gripe Suína

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A Organização Mundial de Saúde elevou o grau de alerta para o nível seis, assumindo pela primeira vez que estamos perante uma pandemia de gripe, a primeira do século XXI. Em Portugal, tal como em França, a situação está longe de configurar uma pandemia, mas na vizinha Espanha foram já confirmados 488 casos de gripe suína.

A ler: Quais os sintomas? Como actuar, no JN; OMS confirma 28.774 casos - 144 mortes - 74 paises atingidos, no i; La OMS declara la pandemia por la nueva gripe A, La Vanguardia; La UE estudia las posibilidades de que la gripe A infecte al ganado porcino, La Vanguardia; OMS declara pandemia, pede vacina, mas não restrições a viagens, no i.

Bons Ventos na Medicina Portuguesa | 2

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«Os médicos e os enfermeiros são tidos pelos utentes como a parte melhor dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Do outro lado da tabela aparece o tratamento das reclamações, mas, ainda assim, é considerado satisfatório.» [JN, Público]

A Professora de Espinho

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Escola de Artes Visuais
© Halley Pacheco

Ainda antes de concluído o inquérito à professora de Espinho, os juízos multiplicam-se e os pedidos de demissão ou castigo avolumam-se sem qualquer proporcionalidade, ao mesmo tempo que um conjunto de artistas tenta associar o episódio às políticas educativas do Governo, à proposta de introdução da Educação Sexual nos currículos e também à imperiosidade da avaliação dos professores (1, 2, 3 e centenas de comentários espalhados pela internet e fóruns de opinião).

Tudo isto demonstra exemplarmente a mediania do debate político nacional e a falta de honestidade intelectual com que alguns participam na vida pública. Sendo certo que o teor da conversa é impróprio para uma sala de aulas, as reais circunstâncias em que sucede e o estado de saúde dos seus intervenientes ainda estão por apurar e, como tal, a posição do Ministério da Educação tem sido irrepreensível. É que, o caso da professora de Espinho é verdadeiramente excepcional e não vem demonstrar nada para além do que já sabíamos. Haja decência.
"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

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