Avenida Central

Por Debaixo da Toga

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Ainda não fiz questão de passar o visto na tal festa à herança romana de Braga da qual, sendo honesto, pouco resta que meia dúzia de pedras espalhadas entre Cividade e as Frigideiras do Cantinho, e alguns vícios. Da revista à imprensa local, salta aos olhos os calores de Rui Madeira, que não se coibiu em mostrar a pintelheira corporal debaixo da toga que, de adorno da elite patrícia sobre a indumenta, mais se assemelhava a toalha em redor do corpo, fosse o homem estar recém-chegado de um banho nas termas ou de uma orgia organizada pelo Roxo. De temer pela saúde visual das criancinhas que lhe repetiram o "Avé, Mesquitus Machadus!" ao Governador local - bem mais católico nas vestes, como mandaria a mais recente cúria romana - ainda que no que à destruição do património da cidade diz respeito, lhe assentasse melhor o papel de Átila ou de Aníbal.

Braga: A Capital Romana

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Roman legion, Jerash
© Frank Janssens

«Há quinze séculos, os suevos expulsaram os romanos de Bracara Augusta, mas durante este fim-de-semana eles estão de volta. Braga volta a ser capital da província da Galécia e está engalanada para receber a visita do Imperador de Roma.

O calor que se faz sentir por estes dias convida a usar a roupa da época, deixando o sol tocar o corpo que as túnicas não tapam. Há centenas de pessoas assim vestidas nas ruas da cidade: legionários, mercadores e muitas crianças. Da Avenida Central ao Rossio da Sé estendem-se as várias tendas do mercado romano, que recupera produtos da época, mas também vende bugigangas modernas.» [Público]

A Necrópole de Braga [2]

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capa diario do minho - 7 de Agosto de 2008

Com um comentário a este post do blogue Avenida Central, Francisco Sande Lemos, notável arqueólogo e professor jubilado da Universidade do Minho, deu novo fôlego à discussão sobre dois dos assuntos mais cruciais para o futuro estratégico da cidade de Braga - o prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade depois de conhecida a nova Necrópole de Braga e a recuperação do Teatro Romano da Cividade.

As pertinentes reservas que o reputado professor enunciou ao prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade e a sua «grande preocupação com a preservação de vários outros espaços arqueológicos da cidade, para lá da muito falada necrópole romana» fazem a manchete do Diário do Minho de hoje, numa mostra de que o jornal continua a fazer bom jornalismo a propósito deste tema.

A preservação do património arqueológico da cidade é de importância capital para que a cidade se possa afirmar no contexto peninsular e europeu. Mas, tal como sugere Sande Lemos, cabe aos verdadeiros cidadãos bracarenses manterem-se firmes na defesa do património e nos apoio às medidas tendentes à sua salvaguarda*. É a hora da massa crítica da cidade se mobilizar na defesa do futuro que o passado milenar da urbe ainda nos pode garantir.

*será interessante conhecer a resposta da maioria ao requerimento que a oposição lhe fez chegar.

Visões sobre Braga (I)

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Bracara Augusta
©

«Braga, situada no Norte da Península, foi uma das últimas cidades a ser acometida pelos seus invasores. E, graças à civilização grega, não lhes foi permitido entrar aqui sem grandes dificuldades, tanto mais que encontraram pela frente não só os homens como as mulheres brácaras, cuja heroicidade ficará gravada em letras de oiro na nossa história. Daqui o facto de Octávio César conceder a Braga o honroso título de Augusta, como que a querer testemunha a admiração que lhe havia causado um povo, cuja civilização não estava muito longe da sua, pelo amor arreigado ao seu torrão natal, à sua liberdade e às riquezas que a Natureza prodigamente lhe proporcionava.» [A. Ménici Malheiro, em Braga Contemporânea]

Fotogaleria JN

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Uma caminhada pela Braga arqueológica...

Braga Romana

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Roma Victor!
© virgi lex zuo

Ainda que os epítetos de «Cidade dos Arcebispos», «Capital do Comércio» e «Capital do Barroco» não sejam para desbaratar, a verdade é que a «Braga Romana», ou Bracara Augusta, marcas tão inexploradas na promoção da cidade, podem converter-se numa inesgotável fonte de história, mística e potencial económico.

Os últimos tempos têm demonstrado que a cidade parece ter finalmente acordado para a importância do marketing, estando contudo muito longe da «forte imagem de marca» a que Sande Lemos aludiu na segunda Conversa Improvável.

A publicidade da Associação Comercial, a campanha do Sporting de Braga e a aposta da Câmara Municipal na reedição da Braga Romana têm sido fortes argumentos para que os bracarenses se reconciliem com um passado tantas vezes mal tratado. Tão importante como estas iniciativas emblemáticas seria o avançar definitivo para a recuperação do Teatro Romano recentemente apresentado, a adopção de medidas concretas de protecção da herança monumental romana no centro histórico e a promoção do roteiro da Bracara Augusta.

Os resultados positivos da aposta parecem indicar o caminho e justificar maior investimento e mais imaginação na sedimentação da marca «Bracara Augusta» por forma a não desperdiçar o potencial e o imaginário associados à época romana. Leia-se o entusiasmo.
"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

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