Os tesourinhos deprimentes proferidos em nome da Santa Madre Igreja multiplicam-se com uma cadência absolutamente extraordinária. Depois da excelsa dissertação do Reitor do Santuário de Fátima sobre violência doméstica, podemos deliciar-nos com o desfile da ignorância travestida de moral.
«Muito ligada à homossexualidade está a problemática da SIDA e custa um pouco a aceitar que aqueles que aplicam ao tabaco a frase “a natureza sempre passa factura se se vai contra ela”, excluam a homossexualidade e as suas consequências dramáticas para terem para com eles e elas uma só atitude – compreensão (hipócrita, digo eu). Não precisam os homossexuais de compaixão, muito menos de discriminação, mas sim de serem tratados como doentes a quem é preciso aplicar a terapia adequada.»
Textos desta índole, para além de difundirem ideias manifestamente contraditadas pela evidência e consenso científicos, instilam a discriminação de todos os doentes com SIDA, colocando-lhes sobre as costas a cruz de uma pretensa fatura pelos seus comportamentos desviantes. Mas há muito quem goste de gente estigmatizada porque assim já têm a quem estender a mão direita sem que a esquerda saiba. Tristes.
Bolas, Pedro, que bestialidade.
ResponderEliminarbestialidade. Ora nem mais!
ResponderEliminarÓ Pedro,
ResponderEliminarEstás convidado a dar um salto à Sala de Imprensa do GACSUM (junto à reprografia do CP1 da UM) para dar uma vista de olhos a outras pérolas desta cronista. Sim, temos várias edições do Diário do Minho.
Abraço
Ainda me hei-de encher de rugas à conta das caras de parva que faço a ler certas coisas.
ResponderEliminarEu já disse em comentário referente às palmadas que certos sectores da Eclésia ainda vivem (na)a idade das trevas, porque de trevas se trata comentários como este.
ResponderEliminar-Eu já li alguns artigos desta senhora e nunca lhe reconheci grande capacidade de escrita mas, quem coordena o Diário que lhe dá voz, lá sabe o que faz, e a que tipo de leitores se dirige...
ka vergonha! esta gaja é que está doente. e muito!
ResponderEliminar"doentes a quem é preciso aplicar a terapia adequada"
ResponderEliminare ora não ficou dito como devia explicitamente, mas aquele termo "adequada" diz bem da urgencia de futuro de tais casos se tome a única medida cerce e sem dor comprovada de se cortar a cabeça ao doente ainda antes que ele proteste ou se diga inocente, porque mentiria, declarando-se réu no mesmo acto...
sta clarisse
Só admira quem nunca leu as opiniões dessa senhora. Já agora, será que ela sentiu um orgulhozinho quando viu aqueles jovens a serem enforcados por terem tido práticas homossexuais no Irão?
ResponderEliminarNão há palavras para descrever as bestialidades que por aí andam
ResponderEliminarbem, só agora é que me apercebi que essa senhora... e tenho muita vergonha de o dizer... foi minha professora de matemática no Porto!!! :S
ResponderEliminarPara quem não conhece o Tiago, apesar desse grave trauma de infância, é uma pessoa absolutamente normal!! Mas não lhe podemos é invejar a sorte!
ResponderEliminarEssa senhora escreve sempre barbaridades. Não há nenhuma instituição à qual se possa apresentar queixa dela? Será que há reclamações dos artigos que ela escreve ou continuamos alegremente a deixar as coisas correr?
É que muitas vezes andamos muito enttetidos com muitas coisas... mas sem importância!
Lembram-se das palavras de Brecht na boca de um sacerdote?
“Primeiro,
eles vieram buscar os comunistas.
Não falei nada, pois não era comunista;
Depois,
vieram buscar os judeus.
Nada falei, pois não era judeu;
Em seguida,
foi a vez dos operários, membros dos sindicatos.
Continuei em silêncio, pois não era sindicalizado;
Mais tarde,
levaram os católicos,
nem uma palavra pronunciei, pois sou protestante.
Agora,
eles vieram-me buscar, e
quando isso aconteceu, não havia ninguém mais para falar.”
Saibamos ser cidadãos de pleno direito!
Força, Pedro!
Esta é uma questão que dá pano para mangas.
ResponderEliminarQuanto aos impropérios da colunista já estamos conversados. Nem vale a pena comentar...
O assunto é, no entanto, muito oportuno. É impressão minha ou ainda há temas sobre os quais é difícil falar sem ser grosseiro, sem recorrer à piada fácil e sem accionar toda uma série de preconceitos?
Como nota prévia, devo dizer que não sou de Braga, não cresci aqui e nem sequer gosto de aqui estar. Cheguei com a ideia feita da cidade dos três “pés”. Depressa me apercebi que a prostituição é uma actividade em grande. Quanto ao padres, como se vai podendo comprovar pelos relatos na comunicação social, são cada vez mais detentores de pecados públicos e eventuais virtudes privadas. Falta o terceiro “pê”.
Para quem conhece apenas a superfície da cidade, em Braga não há homossexuais. Para mim, isso é um motivo de espanto. Estamos naquela que reclama ser a terceira cidade do país e confesso que nunca vi nenhuma manifestação pública de homossexualidade (tirando algumas raparigas de mão dada, que são olhadas com complacência). Isto intriga-me.
Será que não me estou a aperceber da dinâmica da cidade? Será que temos uma cidade de homossexuais discretos por opção? Ou temos um armário gigante do qual ainda é demasiado penoso sair? Como é ser homossexual em Braga?
Enfim.. Já nada me admira...
ResponderEliminarParabéns pelo post.
abraço
Em Braga há homossexuais, obviamente. Porque não haveria de existir?
ResponderEliminarNo entanto, em Braga é natural que exista um armário enorme. Diz-se que Braga é a 3ª cidade do país mas em termos de mentalidade é uma aldeia grande. É uma cidade pouco aberta ao exterior e muito provinciana. Mesmo os mais novos ainda têm uma mentalidade bastante retrógrada se comparamos com os jovens da mesma idade de Lisboa, por exemplo. Em Braga todos sabem a vida de todos, imagino que caso existissse um bar assumidamente gay poucos o iriam frequentar com medo das represálias na vida profissional e social. Braga está décadas atrasa nestas questões. Ma so mundo não para, Braga é que fica cada vez mais para trás.
Esta é uma daquelas coisas que me deixa naquele impasse de não saber se hei de rir se hei de chorar...
ResponderEliminarlol
Em Braga há homossexuais. Também não estejam à espera de uma Gayparade. Aqui os homossexuais não demonstram sinais exteriores, mas até há um bar de gays, o Bar Code, na Rua do Anjo. Eu já lá estive e sou hetero e não me senti nunca "incomodado".
ResponderEliminarA senhora que escreveu o artigo, escreve porque o director do jornal permite. É triste esta cidade ser tão provinciana, racista e fechada sobre sí própria. E ainda falam dos gays e dos africanos. Enfim, fazem-se "Theatros", abrem-se novos centros comerciais e as mentalidades não mudam.
Bar Code? A sério?! É tudo mesmo muito discreto então porque já lá estive mais do que uma vez, inclusivamente em grupo, e aparentemente ninguém sabia dessa ligação. Vou fazer o teste com as mesmas pessoas para ver se, sabendo, lá vão com a mesma naturalidade. Espero honestamente que essas pessoas, que em teoria se dizem "liberais", não me decepcionem. Caso contrário, a cidade não tem mesmo réstea de esperança! Vou mantendo-vos a par da minha "experiencia"...
ResponderEliminarDesculpem.. mas esta senhora é uma besta e precisa que lhe apliquem uma terapia adequada!!!! E como corremos o risco de a doença de que a senhora sofre, coitada, ser contagiosa, o melhor seria pô-la de quarentena!
ResponderEliminarInfelizmente não é a unica com estas ideias absurdas... e o mais grave é que esta "teoria sobre a homossexualidade" é "ensinada" por alguns professores, mais devotos, da Universidade Católica... Uma vergonha!
O Bar Code não é um bar gay apesar de ser frequentado por gays. Pode-se dizer que é o chamado gay friendly mas não é um bar gay.
ResponderEliminarBar gay não existe em Braga pois a cidade (que é mais aldeia) não está preparada para isso...
Uma das pessoas que me é mais querida neste meu mundo de afectos é homossexual.
ResponderEliminarFoi verbalmente violentado desde sempre. Nunca reagiu, eu revoltava-me por ele. Lembro-me de todas as vezes que o defendi e que, em vão, tentava fazer ver às pessoas que ser homossexual não era motivo de chacota e de humilhação. Isto aconteceu desde o 1º ano do ciclo e teve continuidade até ao 12º ano. Não foi em Braga, foi em Guimarães. Mas também não há diferença. Penso que as mentalidades nunca vão mudar porque, acima de tudo, o ser humano tem dificuldade em aceitar a diferença.
O meu melhor amigo é homessexual. É inteligente, era, aliás, um dos melhores alunos da turma, com um sentido de humor apurado, sensível, educado, culto, honesto, humilde, AMIGO, só que é homossexual. Para algumas pessoas as qualidades que uns têm caem por terra quando se descobre que as orientações sexuais fogem "à regra".
Eu tenho orgulho de ter um amigo como este. O resto é conversa
Isso é tudo conversa de gente pouco vivida. Conheço gays, conheço heteros. Conheço gente boa que é gay como conheço gente gay que não interessa para nada. Conheço heteros gente boa como conheço heteros que não interessam para nada.
ResponderEliminarTenho amigos gays como tenho amigos heteros. A opção sexual não define a inteligência, educação, sensibilidade ou honestidade de uma pessoa.
Por isso não tenho necessidade de defender os gays. Estar a argumentar junto de gente preconceituosa, é pura perda de tempo pois eles não vão mudar com a minha conversa. O segredo é tentarmos estar rodeados das pessoas que gostamos e com quem nos identificamos. Os ignorantes que vivam as vidinhas deles...e de preferência longe.
Há um bar gay em Braga. O BEBEDERU'S BAR junto do Bragaparque. Sou brasileiro e trabalho no shoping e encontrei ali um grupo de friends maravilhoso. Também há lá uma comunidade gay de leste e de Braga. Barzinho calmo que funciona pela noite dentro até de manha. People jovem.
ResponderEliminarApareçam.
Eder