Princípio do Utilizador-Pagador
© norteamos
Eles usam e nós pagamos poderia ser a legenda desta curiosa imagem. Aqui se esquematiza aquilo de que já demos nota aqui, aqui, aqui e aqui. Perante a passividade dos políticos do Minho e do resto de Portugal para além de Lisboa e do Porto, os governos vão perpetuando uma situação de gritante injustiça social regional em que todo o país paga os transportes das duas maiores cidades do país.
Por outro lado, a iconografia padece de um erro muito grave. Ao contrário do que a imagem sugere, é preciso deixar bem claro que o Norte não recebe indemnizações compensatórias. Quem recebe é apenas a área metropolitana do Porto. Espero que o erro tenha sido inocente, mas temo bem que não.
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Não me parece, tendo em conta o discurso do autor nos diversos comentários, um erro inocente.
ResponderEliminarNão surpreende. Muitos portuenses mais bairristas têm muita dificuldade em perceber que o Porto não é sinónimo de Norte.
ResponderEliminarDe qualquer forma e como mencionaste, para "nós", estes dados já não são propriamente novidade.
O erro foi inocente, e decorre do mapa utilizado. Se não fosse inocente os 28 milhões de indemnizações teriam sido divididos pelos 3,5M habitantes do Norte.
ResponderEliminarCaro Pedro,
ResponderEliminarEu temi que não fosse inocente por ser um erro tão grosseiro...
Aliás, tendo em conta que o objectivo do gráfico é precisamente alertar que o país fora de Lisboa e Porto nada recebe, essa parece-me uma acusação contraditória.
ResponderEliminarSe houvesse má fé, não faria mais sentido nem falar na situação? Ou só comparar Lisboa e Porto, "esquecendo" o resto do país.
"Eu temi que não fosse inocente por ser um erro tão grosseiro..."
ResponderEliminarÉ verdade, e foi logo apontado pela audiência quando foi originalmente apresentado. Segundo creio, o erro foi usar um mapa com as NUTS II. O problema é que não existem mapas por concelhos disponíveis, ou só com as áreas metropolitanas (falo por experiência própria, embora eu já tenha os mapas), e o autor deve ter "facilitado", uma vez que "era" uma apresentação originalmente para uma audiência restrita. Como enviou a apresentação logo a seguir, esqueceu-se de corrigir.
Falando de outros temas: vamos começar a mobilizar a sociedade civil pela autonomia do Aeroporto Sá Carneiro. Era importante mostrar que esta é uma questão de todo o Norte (tal como já a Aiminho, AEP e AIDA fizeram). O Blogminho / membros estão disponíveis para ajudar?
Caro Pedro,
ResponderEliminarAinda hoje falei disso na gravação do Trio de Bloggers que vai para o ar na próxima Quarta-Feira no Rádio Clube Portugês/Rádio Clube do Minho.
O problema é que os "custos de periferia" só existem no Grande Porto e principalmente na Grande Lisboa em consequência, principalmente, da existência do Rio Tejo e seu impacto, que faz com que a Margem Sul desafogue os dormitórios da Linha de Sintra e de Odivelas/Loures.Agora também com o comboio da Ponte, da Fertagus, que já percorri com preocupações turisticas a partir de Almada...
ResponderEliminarEm rigor, para a maioria das pessoas, se o custo dos transportes não fosse subsidiado, o salário não chegaria para os transportes...E mesmo assim ainda perdem, em média, 1 a 2 horas para cada lado nas deslocações...
Essas pessoa têm que ser subsidiadas...
Luxo tenho eu, que moro em S. Vicente e trabalho na Cividade...
O Porto é cada vez mais para o Norte uma espécie de "Nova Lisboa".
ResponderEliminarÉ fantástico como as pessoas dão mais importância ao acessório que ao essencial. Na imagem está bem escrito, em maiúsculas, Resto do País: ZERO.
ResponderEliminarMas enfim, como muitas vezes já o disso. O nosso maior mal ainda é o nosso paroquialismo, que nos é ainda mais prejudicinal que o centralismo.
É fantástico como as pessoas dão mais importância ao acessório que ao essencial. Na imagem está bem escrito, em maiúsculas, Resto do País: ZERO. Mas também é verdade que este problema,o dos transportes públicos de massas, com algumas excepções, não se coloca no resto do país.
ResponderEliminarMas enfim, como muitas vezes já o disso. O nosso maior mal ainda é o nosso paroquialismo, que nos é ainda mais prejudicinal que o centralismo. E sempre que se aborba este assunto logo uns pavlovianos cãezinhos se põem aos pinotes.
Nem por ter legendas!!!
ResponderEliminarCara sguna,
ResponderEliminarA imagem transmite uma imagem errada. Se a legenda fosse suficiente, evitavam-se as imagens.
É como na Universidade do Minho.
ResponderEliminarPelos vistos todos pagam as mesmas propinas mas há um curso que tem regalias que outros nem sonham.
Imaginem qual é.
Caro anónimo "João",
ResponderEliminarSe não conhece as contas da Universidade do Minho e os financiamentos que cada curso recebe do Ministério e da Reitoria deveria abster-se desse tipo de insinuações.
Como autor da imagem em questão gostaria de esclarecer algumas questões levantadas.
ResponderEliminarAntes de mais, assumo como erro não intencionado a caracterização da AMP ocupando todo o Norte do país.
A imagem em questão tinha como intuito demonstrar o desfasamento de valores entre a AMP e a AML, mas sobretudo o esquecimento a que está votado o resto do país, como a iconografia utilizada pretende demonstrar.
Quanto muito poderei ser acusado de ter retirado impacto à minha mensagem de fundo, pois uma mancha cinzenta maior ilustra como maior impacto o desiquilíbrio inexplicável desta situação .
No entanto tenho de dizer que fiquei surpreendido ao ler certas reacções que denotam uma dose de ressentimento e suspeição totalmente injustificadas e que fazem pensar se porventura os piores inimigos não estarão dentro da nossa própria "casa", instigando a divisão entre pares e a desviar as discussões dos assuntos fundamentais.
O meu optimismo contraria esta visão e augura que a justificação seja nada mais que um mal-entendido acalorado de pessoas que partilham objectivos comuns.
Espero que tenha clarificado qualquer dúvida pendente.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Ferreira
Quando eu for grande, quero ser "lisboeta", vou ser transportado a expensas dos provincianos.... como eu!
ResponderEliminarBem... assim a expressão «o porto é uma nação!» já faz mais sentido... Seria bem maior que o condado portucalense!
ResponderEliminarO mais engraçado, e recuando no tempo, lembro de um debate na assembleia da republica onde o nosso primeiro anunciou uma série de medidas, entre as quais, o financiamente dos passes sociais... e o dito sr. falou dessa medida como se de ambito nacional se tratasse! Mas pronto... é normal e natural que para quem está em S. Bento apenas veja Lisboa e Porto.
Também convenhamos, quando a maioria dos senhores eleitos pelos diversos distritos nada fazem para proteger aqueles que os elegeram... não se pode esperar muito mais. Mas é a politica que temos... chegam a s. bento e o unico pais que conseguem ver...é o partido que representam.
Não é por nada, mas sempre me fez confusao ver uma bancada com tantos elementos e todos eles concordarem com as mesmas ideias.
Enfim... depois queixem-se que a abstenção é o maior partido politico portugues!
sugiro aos 'bracarenses' que usam os comboios da CP Porto que deixem de os utilizar para desse modo não usufruirem das indemnizações compensatórias que "apenas" a AMP recebe. Se a estupidez pagasse imposto o estado português era riquíssimo!
ResponderEliminaró antónio: e os de bragança e mirandela e vila real também segundo o teu mapa marabilha!
ResponderEliminarJá podemos chamar a esta crise: a crise do mapa vermelho e amarelo.
ResponderEliminarNa verdade, só um cego é que não vê que o mapa está mal feito e deturpa a realidade. Se houve má fé? Não posso afirmá-lo, mas que o mapa é enganador, isso é.
Se o engano é inocente? Não sei. Mas que há quem tenha a mania só por ser do Porto isso há.
Façam lá as pazes e voltem a por este blog ao serviço do Norte que o serviço do Porto e de Braga em separado é bem mais ineficaz.
É isso, morte ao Porto! Viva Braga!!!
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