Pedro, não sei onde leste (na notícia que linkas) que a mensagem do Sócrates era só para os portugueses católicos.
A não ser que, por ser dia de Natal, os não católicos não vejam televisão nem ouçam rádio, não percebo qual é o problema.
Como sabes, o Presidente da República dirige a sua mensagem na véspera de ano novo, por isso parece-me natural que o Primeiro Ministro escolha o dia da segunda festa mais festejada (perdoa-me a redundância) em Portugal.
A não ser que os não católicos de Portugal não festejem o Natal, o que me pareceria bastante estranho, tal o corridinho dos últimos dias.
Pedro, o Natal não é - e não me lembro do tempo em que era - uma festa apenas religiosa. É uma festa.
E não só é uma festa, como é a segunda festa mais importante do nosso calendário. E digo importante pensando no número de pessoas que a celebram, segundo a tradição cristã ou não.
Sim. Tanto quanto sei, a 25Dez, antes de haver Natal já era festejado o solstício de inverno (festividades pagãs). A igreja cristã (Julio I) escolheu este dia para celebrar o nascimento de cristo com a finalidade de as absorver e converter. Ou seja, os festejos, a bebida, a distribuição de presentes, o acender das fogueiras, o convivio e as reuniões já existiam.. Por isso, não acho que se possa considerar estes festejos apenas uma "festa religiosa". :)
que ridiculo, sinceramente ja e mania da perseguicao.
e que, ja agora, nao sao so os catolicos que festejam o natal; ouvi dizer que os protestantes tambem.
ja começa a raiar a paranoia esta perseguicao a tudo o que seja sinal de religiosidade. faz-me lembrar a 1ª republica que, pela sua fragilidade em compreender que nao e expurgando a religiao das pessoas que se cria um estado laico, tao facilmente caiu.
tenho imensos amigos ateus, e todos eles festejam o natal. ate eles (como os meus pais) festejam neste dia a familia.
ou vai-me dizer que o sr. pedro tambem nao festeja o natal? nem compra uma prendinha? nem se senta a mesa com toda a gente a comer e a beber? hum... muita moral na teoria...e como as missas das bencaos das pastas, nao e?
O Estado devia abster-se de qualquer manifestação de intenções religiosa. O Natal é objectivamente uma festa religiosa e, como tal, o Estado devia estar à sua margem, as câmaras não deviam investir em ornamentos religiosos e as juntas de freguesia deviam evitar gastar o meu dinheiro em postais de natal e anúncios em jornais.
Do mesmo modo, o primeiro ministro devia evitar fazer "mensagens de natal" ao país. Seria mais abrangente se falasse noutra época e, já agora, se não nos fizesse a todos estúpidos com essa treta de que baixou a taxa de juros....
Abominação das abominações! Vejam que até no Natal esse indivíduo que é da religião socialista vem à televisão arengar as suas ladainhas! O Natal é só para os Cristãos; não devia ser para aproveitamentos de quem é da religião socialista!
visão redutora a sua. Posso indicar-lhe um conjunto de livros e autores que lhe podem explicar porquê que o Natal não se reduz à religião nem ao cristianismo.
Não percebi essa da "abragencia". Vê-se menos televisão e leem-se menos jornais pelo Natal?
é com pena quando vejo que este blog não passa, por vezes, de mais um pequeno motor de raiva dirigido aos católicos.
Se por cá passo para ler algumas coisas interessanets - admito-o sem qualquer problema - também não deixo de ficar triste e desiludido contigo.
Esta tua caça às bruxas sem método e rigor é das coisas que mais me vai enervando pela blogoesfera. A forma ridícula com que tratas certos assuntos relativos a esta religião - ESTA, sim, porque relativamente às outras, e bem, aínda vais tendo algum respeito - é de um ressentimento qualquer que se encontra dentro de ti e, portanto, inexplicável. Absurdo. Espalhafatoso e, novamente, absurdo.
O que te dói assim tanto?
Antes de tudo, tens de saber separar duas coisas: a Igreja como estrutura organizada, com todas as suas virtudes e defeitos - pondo eu as minhas belas e bem necessárias mãozinhas no fogo como as primeiras superam em muito larga escala os segundos; (e) a Igreja como Comunidade de pessoas, livres de consciência, que a vão vivendo de forma mais ou menos forte.
Se quanto à primeira te é admissível criticá-la (se bem que não percebo o porquê - pelos vistos dela não precisas), já quanto à segunda, como é o caso deste post, também não te vou dizer que o não é: simplesmente, o respeito e a Razão são coisas que te exijo. A ti e a qualquer outro.
E olha que não tens aqui nenhum acólito. Tens apenas mais uma pessoa que a cabecinha usa e que, acima de tudo, respeita a diferença.
Por último, uma nota mais pessoal: é com muita pena que vejo que cada vez mais os blogs se tornam num meio de "trica". É que, atrás de um belo de um PC, é fácil atirar bojardos ao ar.
Já no mundo físico - no Real, não tenhamos medo de o dizer - é pena que a crítica e, acima de tudo, a ACÇÃO não vá correspondendo.
O Natal é, provavelmente, o feriado e data mais festejado pelos portugueses. Não sou católica e a mim não me diz nada, mas parece-me perfeitamente normal que um primeiro ministro se dirija aos seus eleitores num dia que para a maioria deles é importantíssimo. A mensagem não é aos católicos, é a todos, num dia que é importante para a maioria. Neste caso, também acho que é um bocado mania da perseguição... Quanto À benção das pastas, ou das fitas ou lá do que é, que eu saiba não é preciso estar presente para saber o que é! Eu também não fui, porque sou ateia, mas sei o que é! Não exageremos! Não sejamos parvos e, principalmente, não façamos de conta que as celebrações religiosas não são importantes. Não interessa se participamos ou acreditamos, interessa que a maioria das pessoas acredita e acha importante. Que eu saiba, independentemente do Estado ser ou não laico, todos os cidadãos portugueses têm o direito de pertencer à confissão religiosa que quiserem, ou não pertencer a nenhuma. Seria condenável sim, se no seu discurso se dirigi-se aos católicos ou falasse da componente religiosa do Natal, no sentido em que, sendo o nosso estado laico, não cabe a um politico fazer a apologia da religião, mas não foi isso que ele fez.
É interessante que estas duas linhas motivem tantos comentários. Há uma diferença entre o que eu escrevi e o que tu e outros que aqui comentário interpretaram.
Eu sou um defensor da liberdade religiosa. Entendo é que o Estado deve ser neutro nestas matérias e deixa-las para a consciência de cada cidadão. Sei que a defesa da laicidade do Estado incomoda muita gente, mas quanto a isso não posso fazer nada...
Pedro, não sei onde leste (na notícia que linkas) que a mensagem do Sócrates era só para os portugueses católicos.
ResponderEliminarA não ser que, por ser dia de Natal, os não católicos não vejam televisão nem ouçam rádio, não percebo qual é o problema.
Como sabes, o Presidente da República dirige a sua mensagem na véspera de ano novo, por isso parece-me natural que o Primeiro Ministro escolha o dia da segunda festa mais festejada (perdoa-me a redundância) em Portugal.
A não ser que os não católicos de Portugal não festejem o Natal, o que me pareceria bastante estranho, tal o corridinho dos últimos dias.
Boas festas, Pedro!
João, não me parece normal que o Primeiro Ministro se dirija aos portugueses por ocasião de uma festa religiosa.
ResponderEliminarPedro, o Natal não é - e não me lembro do tempo em que era - uma festa apenas religiosa. É uma festa.
ResponderEliminarE não só é uma festa, como é a segunda festa mais importante do nosso calendário. E digo importante pensando no número de pessoas que a celebram, segundo a tradição cristã ou não.
Sim. Tanto quanto sei, a 25Dez, antes de haver Natal já era festejado o solstício de inverno (festividades pagãs). A igreja cristã (Julio I) escolheu este dia para celebrar o nascimento de cristo com a finalidade de as absorver e converter. Ou seja, os festejos, a bebida, a distribuição de presentes, o acender das fogueiras, o convivio e as reuniões já existiam..
ResponderEliminarPor isso, não acho que se possa considerar estes festejos apenas uma "festa religiosa". :)
que ridiculo, sinceramente ja e mania da perseguicao.
ResponderEliminare que, ja agora, nao sao so os catolicos que festejam o natal; ouvi dizer que os protestantes tambem.
ja começa a raiar a paranoia esta perseguicao a tudo o que seja sinal de religiosidade. faz-me lembrar a 1ª republica que, pela sua fragilidade em compreender que nao e expurgando a religiao das pessoas que se cria um estado laico, tao facilmente caiu.
tenho imensos amigos ateus, e todos eles festejam o natal. ate eles (como os meus pais) festejam neste dia a familia.
ou vai-me dizer que o sr. pedro tambem nao festeja o natal? nem compra uma prendinha? nem se senta a mesa com toda a gente a comer e a beber? hum... muita moral na teoria...e como as missas das bencaos das pastas, nao e?
Devia ser antes: Mensagem de Solstício, seguida da interpretação de Simone de Oliveira do tema "Sol de Inverno".
ResponderEliminarMariana,
ResponderEliminarNão sei o que a missa da benção das pastas porque nunca estive em nenhuma... Devia ter estado?
Marta e Mariana,
ResponderEliminarO Estado devia abster-se de qualquer manifestação de intenções religiosa. O Natal é objectivamente uma festa religiosa e, como tal, o Estado devia estar à sua margem, as câmaras não deviam investir em ornamentos religiosos e as juntas de freguesia deviam evitar gastar o meu dinheiro em postais de natal e anúncios em jornais.
Do mesmo modo, o primeiro ministro devia evitar fazer "mensagens de natal" ao país. Seria mais abrangente se falasse noutra época e, já agora, se não nos fizesse a todos estúpidos com essa treta de que baixou a taxa de juros....
Abominação das abominações! Vejam que até no Natal esse indivíduo que é da religião socialista vem à televisão arengar as suas ladainhas! O Natal é só para os Cristãos; não devia ser para aproveitamentos de quem é da religião socialista!
ResponderEliminarLuisa Gomes,
ResponderEliminarvisão redutora a sua. Posso indicar-lhe um conjunto de livros e autores que lhe podem explicar porquê que o Natal não se reduz à religião nem ao cristianismo.
Não percebi essa da "abragencia". Vê-se menos televisão e leem-se menos jornais pelo Natal?
Caro Pedro,
ResponderEliminaré com pena quando vejo que este blog não passa, por vezes, de mais um pequeno motor de raiva dirigido aos católicos.
Se por cá passo para ler algumas coisas interessanets - admito-o sem qualquer problema - também não deixo de ficar triste e desiludido contigo.
Esta tua caça às bruxas sem método e rigor é das coisas que mais me vai enervando pela blogoesfera. A forma ridícula com que tratas certos assuntos relativos a esta religião - ESTA, sim, porque relativamente às outras, e bem, aínda vais tendo algum respeito - é de um ressentimento qualquer que se encontra dentro de ti e, portanto, inexplicável. Absurdo. Espalhafatoso e, novamente, absurdo.
O que te dói assim tanto?
Antes de tudo, tens de saber separar duas coisas: a Igreja como estrutura organizada, com todas as suas virtudes e defeitos - pondo eu as minhas belas e bem necessárias mãozinhas no fogo como as primeiras superam em muito larga escala os segundos; (e) a Igreja como Comunidade de pessoas, livres de consciência, que a vão vivendo de forma mais ou menos forte.
Se quanto à primeira te é admissível criticá-la (se bem que não percebo o porquê - pelos vistos dela não precisas), já quanto à segunda, como é o caso deste post, também não te vou dizer que o não é: simplesmente, o respeito e a Razão são coisas que te exijo. A ti e a qualquer outro.
E olha que não tens aqui nenhum acólito. Tens apenas mais uma pessoa que a cabecinha usa e que, acima de tudo, respeita a diferença.
Por último, uma nota mais pessoal: é com muita pena que vejo que cada vez mais os blogs se tornam num meio de "trica". É que, atrás de um belo de um PC, é fácil atirar bojardos ao ar.
Já no mundo físico - no Real, não tenhamos medo de o dizer - é pena que a crítica e, acima de tudo, a ACÇÃO não vá correspondendo.
Com o maior respeito por alguém que bem escreve,
O Natal é, provavelmente, o feriado e data mais festejado pelos portugueses. Não sou católica e a mim não me diz nada, mas parece-me perfeitamente normal que um primeiro ministro se dirija aos seus eleitores num dia que para a maioria deles é importantíssimo. A mensagem não é aos católicos, é a todos, num dia que é importante para a maioria.
ResponderEliminarNeste caso, também acho que é um bocado mania da perseguição...
Quanto À benção das pastas, ou das fitas ou lá do que é, que eu saiba não é preciso estar presente para saber o que é! Eu também não fui, porque sou ateia, mas sei o que é!
Não exageremos! Não sejamos parvos e, principalmente, não façamos de conta que as celebrações religiosas não são importantes. Não interessa se participamos ou acreditamos, interessa que a maioria das pessoas acredita e acha importante. Que eu saiba, independentemente do Estado ser ou não laico, todos os cidadãos portugueses têm o direito de pertencer à confissão religiosa que quiserem, ou não pertencer a nenhuma.
Seria condenável sim, se no seu discurso se dirigi-se aos católicos ou falasse da componente religiosa do Natal, no sentido em que, sendo o nosso estado laico, não cabe a um politico fazer a apologia da religião, mas não foi isso que ele fez.
Caro João Barros Rodrigues,
ResponderEliminarÉ interessante que estas duas linhas motivem tantos comentários. Há uma diferença entre o que eu escrevi e o que tu e outros que aqui comentário interpretaram.
Eu sou um defensor da liberdade religiosa. Entendo é que o Estado deve ser neutro nestas matérias e deixa-las para a consciência de cada cidadão. Sei que a defesa da laicidade do Estado incomoda muita gente, mas quanto a isso não posso fazer nada...
Cumprimentos,
PM
Como o Natal é a festa em que se celebra o consumismo por acaso pareceu-me muito relevante que surgisse o PM para falar de economia e desemprego.
ResponderEliminarFeliz Natal- TMN dixit.
Não falo destas duas linhas - e tu percebeste-o bem.
ResponderEliminarFalo de 20 a 30% do conteúdo (dito útil, com opiniões tuas) do teu blog.
Basta saber ler.
E quanto à laicidade do Estado: camarada, somos dois.