Ao longo do dia de hoje, Braga e Guimarães foram palco da rodagem de parte significativa dos anúncios televisivos que servirão de divulgação do patrocínio da cerveja Sagres à Liga Portuguesa de Futebol. A concretização das ideias das agências de publicidade envolvidas exigia a colocação de adeptos do Vitória de Guimarães na emblemática Avenida Central de Braga e de adeptos do Sporting de Braga no mítico Largo da Oliveira.
Infelizmente, a intolerância não deu tréguas e a violência, perpetrada por adeptos estranhos às gravações, começou ainda antes dos confrontos desportivos: em Braga arremessaram duas chávenas contra adeptos do Vitória de Guimarães e, segundo relatos, também terá havido alguns problemas em Guimarães.
O perpetuar da violência associada ao fenómeno desportivo resulta da naturalidade com que vamos aceitado estes actos bárbaros e gratuitos. É urgente travar a espiral de intolerância e censurar as atitudes irresponsáveis, mesmo quando perpetradas pelos que pertencem a cada um dos nossos clubes - não há nenhuma, repito, nenhuma justificação para que a violência tome conta das rivalidades que se interpõem entre as nossas cidades.
Por muito que alguns queiram, o mundo desportivo minhoto não se divide em bracarenses e vimaranenses; divide-se, infelizmente, entre adeptos respeitadores e adeptos irresponsáveis.
Eu diria que ha os adeptos e os outros ...
ResponderEliminarThey are not football fans,they are fucking hooligans!!
;)
Eu diria antes que...
ResponderEliminar... por muito que se cheira, os clubes minhotos sempre se hão-de dividir entre os Espanhois e os Marroquinos.
Assino por baixo.
ResponderEliminar"Poderá ter havido violência em Guimarães..." Mas não houve. Durante os 10 minutos de filmagens a que assisti, não vi um único momento de violência. Bocas normais, mas quem passava percebeu bem do que se tratava. (Filmes publicitários rodados naquela praça são aliás um habitué).
ResponderEliminarCaro Samuel,
ResponderEliminarHouve. Para lá dos insultos, foram roubados cachecóis e cuspidelas. Não o escrevi no corpo do texto porque me foi contado por um dos figurantes e não presenciado por mim.
Abraço
Afinal em braga mandaram duas chávenas e em Guimarães não houve nada. Duas chávenas em Braga, é curioso porque conheço imensa gente que não gasta sequer o $ do café quanto mais da chávena. Não ter havido nada em Guimarães é normal. Nunca há nada nem com Braga nem com o Porto, Benfica, Leixões, Boavista, Académica etc, etc, etc.
ResponderEliminarÉ curioso que o futebol, suposta actividade desportiva, seja sempre patrocinado por bebidas alcoólicas; não começa aqui o problema?
Claro El Salvador!Se nao fosse o alcool, nao havia rivalidade! Na Segunda Liga o ano passado nao era nada disto com a Vitalis a patrocinar!!
ResponderEliminar"os clubes minhotos sempre se hão-de dividir entre os Espanhois e os Marroquinos."
... indeed, mas isso nao quer dizer que tenhamos que andar todos ao soco, ou quer?!
«nenhuma justificação para que a violência tome conta das rivalidades que se interpõem entre as nossas cidades.»
ResponderEliminarDeve haver algum equívoco... essa rivalidade é entre os clubes, não entre as cidades.
Se não é um equívoco, parece-me que, inconscientemente, colas os clubes às cidades... e isso é o maior erro que se pode fazer.
Caro JLS,
ResponderEliminarA rivalidade foi primeiramente entre cidades e só depois, consequentemente, entre clubes...
A meu ver a ideia publicitária é excelente, podendo vir a dar anúncios fantásticos. Tenho pena que a ignorância se tenha intrometido. Não vejo qual é o problema de ter adeptos do Vitória na Avenida Central a filmar um anúncio. Deveriam ser bem recebidos.
ResponderEliminarVê lá se escreves bem o nome dos naturais da minha segunda terra. É vimaranenses e não vimarenses.
ResponderEliminarQue haja sempre (só) rivalidade!
ResponderEliminarE já agora que o Braga fique mais vezes à frente...
Eu estive nas filmagens como figurante e pertenci à parte do Braga. De manhã, em Guimarães, a única coisa que presenciei (e não nego nada do que disseste sobre acontecimentos nefastos no largo da Oliveira) foi um discurso semi-insultuoso de meia dúzia de crianças. De resto, é também de acentuar que as filmagens em Guimarães se passaram de manhã apenas, o que anula, em parte, alguns momentos mais acesos de violência gratuita.
ResponderEliminarEm Braga, à noite, o mais chocante para mim aconteceu depois do arremesso das chávenas: quando me preparava para tomar o meu lugar numa das cadeiras, fui abordado por um casal perfeitamente banal, classe média e de aspecto pacífico e domingueiro. O homem vira-se e diz-me: "Os do vitória vieram para aqui? Não têm medo de levar na cara?" Eu lá lhe expliquei a situação, lamentando o incidente das ditas chávenas. A reacção que observei tanto no homem como na mulher foi a de um silêncio troçante, que, a meu ver, mostrou um certo agrado.
Não quero de todo dizer com isto que foi pior em Braga do que Guimarães, ou que uns são mais violentos do que outros. Só acho mal que quando se veja símbolos e cores em camisolas se associe parte para a estupidez.
Eu próprio fiz de figurante bracarense e nem moro aqui nem muito menos sou adepto da equipa.
E, caro mando, a empresa que filmou não tem culpa absolutamente nenhuma. Se temos de jogar pelas regras desses palhaços arruaceiros, ninguém sai à rua, era o que faltava. Gostava de passar por eles um dia vestido com a minha roupa habitual e, após umas horas, passar outra vez com uma camisola do Guimarães - será que uma simples peça de tecido muda uma pessoa? O modo como me parece que essa gente actua é animalesco: respondem às camisolas como um touro responde ao vermelho da capa do toureiro. Puro instinto vazio de qualquer elemento identificável como humano.
E a cerveja não tem nada a ver com o assunto, não me parece que os indivíduos estivessem bêbados e, além disso, eu quando fico bêbado não atiro chávenas a ninguém. Aliás, a cerveja à qual fizemos publicidade é sem álcool.
Enfim, por sorte ninguém se magoou. Mas que vergonha...
sou contra todo e qualquer tipo de violência mas defendo uma sã rivalidade entre os dois emblemas do Minho. a rivalidade quando bem sentida é positiva e gera uma sã concorrência, mas sinceramente não vejo qual o real objectivo do spot publicitário. se pusessem os adeptos a gritar cada uns pelos seus clubes e no final do jogo os mostrassem todos unidos a beber umas cervejas isso sim era promover o futebol e o fair-play, agora pôr adeptos de um dos clubes a clamar pelo seu nome no centro da cidade do clube rival soa-me mais a provocação do que a outra coisa qualquer...mas aguardo pelo spot...
ResponderEliminarInfelizmente há quem goste de distraír o povo com a bola...
ResponderEliminarO objectivo do spot é mesmo esse...de início há um "confronto" silencioso entre as duas frentes, mas no fim todos festejam ao mesmo tempo...
ResponderEliminarÉ ridículo continuarmos a pactuar com este tipo de atitudes daqueles que, de qualquer forma, tentam superiorizar a sua cor clubista. Penso que o arremesso de chávenas, roubos e cuspidelas não são, de facto, atitudes lisonjeadoras para ninguém. Reprovo portanto!
ResponderEliminarEm relação à campanha publicitária concordo plenamente com a ideia da agência. Vamos incentivar as publicidades irreverentes e inovadoras, mesmo que para isso, se exija um pouco mais... à segurança nas filmagens!
Plenamente de acordo com o comentário do Daniel.
ResponderEliminarInfelizmente só tive oportunidade de ler o texto hoje. Fico triste com este tipo de situações como é óbvio. A verdade é que em Guimarães não tive conhecimento de qualquer acto de violência. Mas incertezas à parte..
ResponderEliminarAcho que está na hora é de mudarmos de atitude. Quando vamos ao futebol. Quando visitámos a cidade vizinha. Quando pensámos o futuro: que se adivinha mais produtivo se estivermos unidos.
Mas também nas coisas mais simples: Quando escrevemos num blogue e quando passámos a vida a incentivar e a bater-nos por uma rivalidade que volta e meio repudiamos.
As atitudes lamentáveis, no que ao lado futebolístico da rivalidade dizem respeito, vão desde o insulto e da agressão, até as manifestações públicas organizadas de regozijo pelo insucesso alheio.
É verdade que temos que mudar de atitude. Mas isso parte de cada um...
Tens toda a razão, caro Paulo. É por esse motivo que neste blogue não há uma única mensagem de incentivo à rivalidade, mas muitas mensagens de apelo à união.
ResponderEliminarBoas. Este assunto toca-me particularmente: sou bracarense, casado com uma vimaranense (e também filho de uma), e, há cerca de 3 anos, vivo nos arredores de Guimarães. A maioria da minha família é de Guimarães. Infelizmente, mesmo dentro da minha família tenho exemplos de quem, conscientemente, não consegue disfarçar o incómodo que sente pelo facto de eu ser bracarense. Por outro lado, no meu grupo de amigos em Braga, sente-se exactamente o mesmo (felizmente só em alguns). Acho este tipo de rivalidade a coisa mais absurda, injustificável, retrograda, e que, no meu caso particular, tem influência directa na minha qualidade de vida. Pela minha parte, vou educar os meus filhos para que neles não se verifique este fenómeno, e esperar que mais pessoas o façam, mas, sinceramente, pelos exemplos que constantemente vejo, parece-me que será difícil...
ResponderEliminarP.S. - quanto ao caso particular do futebol, até me deprime pensar na pura estupidez que se apodera da mente de alguns dos adeptos destas duas equipas...
Eu participei no anúncio, e fiz de adepto do Braga, e posso afirmar que em Guimarães não se passou nada de anormal. Em Braga sim, dois indívíduos arrememssaram duas chávenas...e depois por favor nao venham dizer que os adeptos do V.Guimarães é que são maus. Adeptos incorrectos há em todo o lado.
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