Não tem sido regra neste blogue, mas penso que o momento justifica a resposta, em tom de post, a um comentário deixado aqui. A propósito da discussão que vimos empreendendo sobre as questões da mobilidade, diz um anónimo que «parece que o exercício da cidadania se reduz aos transportes, e tudo resto que tem a ver com a vida real das pessoas, desde logo a sua sobrevivência, são assuntos de menor importância.»
Na verdade, os dias de hoje têm tornado cada vez mais indissociáveis as questões da mobilidade e da sobrevivência. Tal como temos vindo a reclamar, a inexistência de sistemas coerentes, ecológicos e integradores de mobilidade constitui-se como um importante entrave ao desenvolvimento económico e, em particular, à redução das assimetrias sociais. Esta tendência agrava-se à medida que os preços dos combustíveis aumentam, atingindo de forma mais gravosa as classes economica e socialmente mais vulneráveis. Como tal, a existência de redes de transportes colectivos mais eficientes e competitivos poderia constituir-se como uma importante via para uma maior «democratização da mobilidade competitiva».
Não vou alongar-me.Transportes para quem? De que falamos? Públicos, privados, Mercadorias...provávelmente de todos.Soluções? Devia o Governo tê-las? Enfim não vou por aí, mas sempre digo, pobre do País que demorou a entender havia necessidade de alternativas a nível de combustíveis, de reflectir a tempo e em tempo útil, sobre o que os "sinais" DA ÚLTIMA DÉCADA prometiam.Pouco ou nada se fez, porque quem muito tem, não necessita de se preocupar com essas coisas.Quem sofre é sempre o povo, os que apenas votam para eleger alguém que promete e depois esquece.SEjamos realistas, acabaram os idealistas na Política e aos poucos morrem os Humanistas, ficam os economicistas e temos muitos.Olhem o actual Parlamento e reflictam, sobre aspectos sociais...vejam as Leis do Trabalho, da Justiça, da Saúde...vejam os impostos e parem serenamente para pçensar, como vivem mais de DOIS milhões de Portugueses, com pensões de miséria ou sem salário.Pensem nessa classe média, onde cabem outros 3 ou 4 milhõs, e se debate com enormes problemas, porque os impostos e o consumo para levar uma vida digna, com um minimo de qualidade, porque com 800 ou mil Euros mensais, já não conseguem viver com um minimo de qualidade de vida.Curioso porque, dez Anos atrás, até viviam BEM.Pois é, mas os Governos esqueceram também a classe mádia a partir do momento em que eles próprios, politicos, se aumentaram e passaram a ter ordenados justos, merecidos, compatíveis e aproximados, aos da verdadeiera EUROPA...
ResponderEliminarA questão dos Transportes e Mobilidade é tão importante quanto o número de vezes que o preço dos combustíveis abre os noticiários televisivos.
ResponderEliminarPortanto, muito importante.
É também tão importante quanto o gasto dos mesmos transportes-mobilidade feito pelas famílias-indivíduos.
Desde a compra do carro, passando pela manutenção e abastecimento do mesmo, até aos impostos directos e indirectos sobre o transporte (individual), já alguém fez bem as contas?
Gastaremos mais na educação dos nossos filhos?
Gastaremos mais em alimentação?
Talvez só gastemos mais com a habitação.
Dario Silva.
Pois, embora esteja a opinar em casa alheia, constato que este blog quase se confinou à questão dos transportes, havendo algum receio em abordar outros assuntos que também têm a ver com a vida das pessoas. Compreendo que são temas mais fracturantes que causam algum embaraço e põem em causa os objectivos reais deste blog.
ResponderEliminar(Caramba, o Ricardo Rio anda desaparecido!)
É sempre bom ver que a oposição a este blogue está viva.
ResponderEliminar"objectivos reais" - LOL
OK, não apenas transportes.Já repararam não temos agricultura,estamos envelhecidos e temos milhares de cidadãos no desemprego, ganhando subsidios, sem nada fazer? SEria difícil, digo eu que nada sei, criar emprego na agricultura, nas autarquias, nas Empresas Públicas, nos serviços públicos, tendo por ReFERêNCIA, que os dinheiros pagos na segurança social e Fundo de desmprego seriam APENAS transferidos, com ligeiras alterações, para pagamentos a esses trabalhadores ocupados em tarefas e serviços, agrícolas, sociais, comunitários, enfim ocupações úteis à comunidade.Importante um plano entre MInistérios, importante a coordenação entre órgãos do poder nacional e autárquico, mas sobretudo uma grande vontade e dinâmica de mudanças.Este faz que anda mas não anda, não serve ejá cansou os Portugueses.É apenas uma opinião que óbviamente vale o que vale...
ResponderEliminarCaríssimo Pedro, sou o anónimo que o antecedeu.
ResponderEliminarEquivocou-se se pensa que, supostamente, sou um opositor deste blog, bem pelo contrário; Felicito-o por manter este espaço de liberdade e de debate, contudo, como parece ser regra nesta terra, existe um certo pudor em assumir posições políticas, que são mais do que legítimas, pois claro!
Só o critiquei, se tal me é permitido, por se abster de abordar temas fracturantes.
Cumprimentos
Média Europeia, sugiro tb média dos salários dos Senhores Deputados, dos Politicos, dos altos quadros da AP, dos quadros Superiores das forças Armadas, dos Reformados na politica nos últimos 30Anos, divulguem quem tem hoje pensões acima dos 4000E.Não é raiva, mas os Portugueses precisam saber como se divide a riqueza em Portugal e quem aumentou quem.È tempo de mostrar quem vive bem e porquê, num país onde há FOME.
ResponderEliminarsobre este tema só tenho a dizer que estamos a colher o que foi semeado há muito, caros leitores só para terem uma ideia existe tecnologia suficiente para substituir em 40% a maquinaria dependente do petróleo há varias décadas atrás, obviamente que essa tecnologia não só não interessa ás petrolíferas e associados como á governação mundial, pensem que em cada litro que metemos no automóvel no nosso país, cerca de 60% do custo vai para os cofres do estado , o automóvel eléctrico interessa ao monopólio mundial? com zero emissões de CO2 para a atmosfera, 100km com 1 simples euro? é óbvio que não!!!!assim como a electricidade existem outras alternativas super interessantes....está na hora da bomba relógio rebentar...já se esperava...dependência de petróleo não é solução!!
ResponderEliminarEconomia só andando a pé.Sinceramente acho óptimo andar a pé ou de bicicleta.Venham já as ecopistas e vamos parar os carros.É tempo de economizar.Ponham todos os terrenos a produzir batatas., milho, feijão, de tudo um pouco, vamos combater com as armas que temos na mão.Em pouco tempo com o sacrificio de todos vencemos estes novos desafios.Vamos diminuir as importações e criar emprego, em vez de subsidios sem trabalho, teremos subsidios e prémios para os desempregados ocupados na Agricultura e artes necessárias à comunidade.Acreditem não é disparate...É preciso agir para evitar uma crise terrível, onde podem faltar alimentos.Só agora alguns politicos chegaram a esta conclusão simples...Há FOME em Portugal!
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