A Febre do Shopping
A vaga de novos centros comerciais não é, infelizmente, um exclusivo de Braga. Guimarães também vai ter dois enormes centros comerciais. O Espaço Guimarães, projectado para Silvares, e o Guimarães Plaza (na imagem), a nascer junto ao Campus de Azurém, vão trazer dois novos hipermercados e mais de 100.000 metros quadrados de área bruta.
Apesar dos centros comerciais de grande dimensão estarem em regressão um pouco por toda a Europa, o Minho continua a apostar na clautrofobia do betão, cimentando catedrais do consumo que depressa se convertem em deprimentes antros de enlatados humanos.
Com a proliferação dos enormes shoppings periféricos, os centros da cidades tornam-se desertos e abandonados. As lojas-âncora que por aí restarem acabam por ceder à tentação do shopping e os consumidores, por muito que desejem evitar o ar saturado do centro comercial, acabam condenados a frequentá-los.
Na verdade, o comércio tradicional pouco tem feito para inverter a tendência. Alargar os horários de funcionamento, facilitar a abertura das lojas-âncora nos centros da cidade e apoiar projectos como o que se perspectiva para o antigo edifício dos correios, em Braga, pode ser a saída para a crise que se adensa.
Pode ser que, no entretanto, a febre do shopping se dissipe... sem grandes convulsões.
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E não é só Guimarães e Braga, pelo que sei Famalicão também terá dois novos shoppings. Para não falar de alguns retail park, espalhados um pouco por toda a região.
ResponderEliminarEsse problema não é exclusivo do Minho, li há uns tempos atrás que estavam projectados 80 novos shoppings em todo o país.
ResponderEliminarDesde sempre o atraso em relação ao resto da Europa é grande. A todos os níveis. E poucos são capazes de ver isto. É intrínseco ao Tuga. Transversal a todas a classes e políticas.
ResponderEliminarA verdade é que só conseguimos pensar no "aqui e agora". Nunca no amanhã.
A zona envolvente ao polo de azurem carece de facto de um empurrão deste género, porque em termos de áreas comerciais naquela zona, há muito poucas. E além disso o Guimarãeshopping também já responde mal á procura, é muito pequeno..
ResponderEliminarPrecisamos é de locais para gastar o dinheirinho e pastar a pasmaceira.
ResponderEliminarDe empresas e fábricas que criem riqueza e façam desenvolver o país é que não se ouve falar.
Investir em empreendimentos tem custos elevados, daí ser complicado neste País alguém investir, cabendo ao Estado planear,organizar e motivar para que tal suceda.Também as grandes superficies representam interesses a ter em conta, competindo ao comércio local defenir as suas regras tendo em conta alguma seus interesses e captação de clientes.Pergunto e a Autarquia como deverá dar vida à cidade? Poderá este poder contribuir para a mudança? Como? A cidade fica adormecida à mercê de vandalos a partir das 21 horas e as autoridades andam certamente de carro à procura de multas, estas situações ajudam ao afastamento dos cidadãos do centro da cidade.
ResponderEliminarEste país não tem solução! Definitivamente! iremso viver sempre atrasados e a seguir os erros dos outros.
ResponderEliminarVisitem as grandes cidades e vejam o resultados dos grandes shoppings por lá: está tudo ao abandono e voltaram-se os investimentos para o comércio de rua ou para pequenas galerias.
Daqui a uns 15 anos vai estar Portugal a pensar nisso...mas para já que se façam shoppings para fazermos também as mesmas asneiras que alguns lá fora fizeram há 15 anos atrás....
Somos atrasados e assim iremos continuar...
Afinal, parece que o betão não é um exclusivo de Braga.
ResponderEliminarA envolvente ao Pólo de Azurém é já um lindo exemplo...
Braga depois das 21h é um deserto...chega a ser assustador passar na cidade, policiamento quase nulo, compreende-se ou passam multas ou passeiam de carro, vandalos que surgem a destruir caixotes do lixo e um deserto de pessoas na que pretende ser terceira cidade do País.Sem comércio local e poucos eventos que podemos esperar da cidade?
ResponderEliminareu sugeria um estudo acerca da relação entre a criação de mais centros comerciais em Portugal e o aumento (ou não) da compra de bilhetes de avião para digamos um safari no Quénia...
ResponderEliminarO Guimaraes Plaza, anda ou nâo ???
ResponderEliminarO que falta ?