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Depois das matenidades, as urgências

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Correia de Campos volta a enfrentar uma enorme vaga de descontentamento, desta vez, pela reestruturação dos serviços de urgência. Mas o Ministro da Saúde não aprendeu nada com os erros do passado: voltou a anunciar encerramentos sem apresentar alternativas concretas.
Não há política um política de saúde em Portugal. Não há rumo. Não há liderança. As medidas surgem avulsas e desconexas, quando não contraditórias. O que as une é simplesmente a ânsia de economizar uns trocos no imediato.

À Segunda-Feira, Correia de Campos anuncia o aumento dos numerus clausus dos cursos de saúde (já sobredimensionados) para colmatar a falta de profissionais nas regiões do interior. À Terça, anuncia a contração na contratação de funcionários para os serviços de saúde e à Quarta prepara o encerramento de unidades e serviços no interior. Em que ficamos, senhor Ministro?

6 comentários:

  1. e no resto dos dias da semana fica a coçá-los...

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  2. se calhar agora o seu próximo passo será pedir aos portugueses que não adoeçam...

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  3. Se eu mandasse mandava-se o Ministro para África! Lá ele não tem serviços de saúde para fechar. Felizmente!

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  4. Não digo que as medidas sejam as melhores tal como não afirmo que o sistema actual seja o mais indicado. Que há necessidade de reformular o SNS todos concordamos; se está a ser bem feito, podemos discordar. Agora, também não me parece que alguém vá aceitar de ânimo leve a perda de um serviço como este, mesmo que ele actualmente não tenha utilidade alguma. O grande erro do ministro é não dialogar um pouco mais com as populações. Mas se me perguntarem sinceramente, não me parece que as populações queiram faze-lo. A saúde é um direito essencial, e é pela defesa desse direito que todos devemos lutar: mostrando propostas, alternativas e soluções. Não é com manifestações como as que assistimos, muitas vezes incompreensíveis no método mas aceitáveis no conteúdo, que se chega a algum sítio.
    Quanto ás vagas de medicina concordo plenamente. Não nos faltam médicos, estão é mal distribuídos, mas isso só acontece porque esta é ainda uma classe repleta de privilégios em muitos aspectos. Acredito que a classe médica vais chegar brevemente ao ponto de ruptura, tal como aconteceu com os professores há uns anos atrás.

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  5. Até que enfim! alguém que diz o mesmo que eu. Há pessoal a mais nos cursos de saúde.

    Já agoara, no que aos médicos diz respeito, porque não re-instituir o serviço à periferia e reformular o acesso à especialidade?

    Dotariamos o interior de médicos, "obrigando-os a ir para lá, ainda que temporariamente", e poderia ser criado um acesso muito mais justo que apenas "notas" para aceder à especialidade.

    No que ao ministro diz respeito, se apenas tivéssemos grandes cidades seria uma grande ajuda... puro centralismo! já que assim é porque não fazer descontos nos impostos daqueles que estão a ser excluidos?

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  6. Este ministro sinceramente devia ir às urgências e solicitar uma consulta psiquiatrica! :)
    As medidas correctas passariam por melhorar os serviços médicos e hospitalares e não encerrar serviços.

    No meu concelho, no hospital d St. Tirso já encerraram a maternidade e as urgências estão em vias de... Se nos dá uma coisinha má lá vamos nós ter de nos dirigir ao s. joao, a famalicao ou braga e ainda morremos pelo caminho.

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