A política nacional anda pelas ruas da amargura. O último debate na Assembleia da República foi uma mostra da falta de educação que, de forma galopante, se apossou do diálogo político em Portugal. O que parece é que as palavras deixaram de ser medidas e comedidas, passando-se à violência verbal com uma voracidade verdadeiramente disparatada.
Ainda hoje, a propósito da intenção de pedir uma comissão de inquérito ao projecto Magalhães, o Partido Socialista classificou a intenção do PSD de «radical e extremista». Se as coisas ainda não mudaram, estou em crer que ao Governo compete governar e ao Parlamento legislar e fiscalizar a actividade do Governo pelo que, hão-de convir mesmo os socialistas mais convictos que pedir uma comissão de inquérito parlamentar a um processo que levanta dúvidas faz parte do jogo democrático mais regular e banal.
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A coisa chama-se "Fundação para as Comunicações Móveis".
ResponderEliminarParece que inventaram um qualquer esquema de transparência duvidosa para contornar a lei - porque era urgente distribuir os famigerados computadores "Magalhães".
Mas, como sempre, parece que não nos faltam especialistas em leis intencionalmente mal feitas e peritos em contornar a lei - inclusive aqueles que deviam dar o exemplo.
Coisa de pasmar.
O saudoso "Jornal de Sexta" apresentado pela Manuela Moura Guedes chegou a denunciar e a esboçar uma reportagem sobre o funcionamento da tal fundação.