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Debater Ideias: Saúde

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Há duas visões sobre o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em confronto nestas eleições. O PS defende o reforço do Serviço Nacional de Saúde enquanto o PSD defende o aumento progressivo do recurso aos privados, substituindo-se, em alguns casos, ao SNS.

Como se sabe, os privados apenas apostam nos serviços de saúde mais lucrativos. As doenças oncológicas, a saúde mental e os cuidados intensivos são áreas que os hospitais privados normalmente negligenciam devido aos enormes custos que acarretam. Como pensam os que defendem a privatização da saúde garantir o financiamento de tratamentos de excelência no sector público quando pretendem entregar parte dos serviços potencialmente mais lucrativos aos privados?

10 comentários:

  1. E como pensas tu resolver, no imediato, esse "cancro" que são as listas de espera sem o recurso aos privados?

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  2. Caros bloggers,

    Antes de mais, queria realçar que, na realidade, e conforme os programas dos dois partidos, vulgo PS e PSD, existem diferenças muito profundas em áreas chave de qualquer sociedade como sejam a saúde, a educação, o emprego e a segurança social. Para aqueles que dizem que não há diferenças estruturantes, esta é uma delas.
    Não é admissivel que qualquer Estado tente desresponsabilizar-se da gestão de áreas tão sensíveis como as referidas anteriormente. Relativamente à saúde em particular, a privatização de alguns sectores da saúde, bem explicitada no programa do PSD, apenas interessará a grandes grupos económicos promovendo a gestão da saúde pública como se as pessoas fossem meros números e como se de qualquer empresa se tratasse. Nós, portugueses, bem sabemos as práticas que são aplicadas em empresas privadas para reduzir custos e aumentar lucros. A criação de condições, nalguns casos muito onerosas e pouco favoráveis ao acesso de qualquer cidadão aos serviços de saúde retiraria esse direito a muitas pessoas que não têm capacidade financeira em Portugal. Vejamos a polémica que não está a dar nos Estados Unidos a reforma que Obama está a querer realizar no sistema de saúde americano, sistema esse que por estar sobretudo entregue a privados exclui cerca de 47 milhões de americanos de um sistema justo de saúde. Porque não evitarmos correr esse risco privilegiando e incrementando o papel do estado no sistema Nacional de Saúde? É isso que tem sido feito ao longo dos últimos anos pelo governo PS com a construção de novas estruturas de saúde reforçando o apoio local aos cidadãos. A este propósito não será demais relembrar e a titulo de exemplo que, António José Seguro, cabeça de lista em Braga pelo PS, já no comicio que fez em 2005, na mesma qualidade, tinha prometido à população local, em nome dos candidatos do seu partido no distrito, a edificação de um novo hospital central em Braga e, caros senhores, a obra está à vista. É indesmentível que o sector da saúde tem ainda problemas por resolver mas não será com privatizações que visam apenas o lucro à custa do acesso aos serviços de saúde a qualquer cidadão que o sistema melhorará como defende o PSD. Será sim com o empenho e o investimento público que o PS tem realizado que caminharemos para um sistema justo e inclusivo para toda a população independentemente da sua classe social.
    Melhores Cumprimentos
    Nuno Vieira Rodrigues

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  3. E os outros partidos não existem?
    Não defendem nada?

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  4. Em primeiro lugar, penso que seja questionável dividir os serviços de saúde em rentáveis e não rentáveis.
    Se tivermos o Estado (com os impostos) a financiar os não rentáveis e a dar a resposta… qual é o problema de deixar os rentáveis para empresas? Estes deixariam de ser prestados pelo Estado, pelo menos de um modo tão massivo, o que poderia significar uma redução de impostos.
    No final, os impostos seriam dedicados a serviços mínimos e aos serviços não rentáveis.

    Permitam que exponha uma pequena situação.
    O meu trabalho tem um salário associado. Deste salário, uma componente segue para impostos, para o Estado. O Estado vai gerir-me um serviço de saúde com esses impostos.
    Adicionalmente, a empresa fornece-me um seguro de saúde. De certo modo, estou a contratar (implicitamente) um serviço a uma entidade privada. Apesar de não ter qualquer opção, num cenário ideal eu poderia acordar com a minha empresa que me pagasse em dinheiro e não num seguro de saúde (não tenho, de facto, escolha).
    Tenho então dois prestadores de serviços, pagos com o meu trabalho: o público e o privado.
    Sucede que telefonei para o meu prestador público, para marcar uma consulta num serviço ‘rentável’ (uma consulta de especialidade). A resposta que tive foi: “prefere quarta ou quinta-feira?”. Estamos a falar na quarta ou quinta-feira seguintes ao telefonema.
    Se fosse pelo público…

    Daqui resulta a pergunta: tenho dois prestadores de serviços, qual deles me serve melhor?

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  5. Vimaranes,
    O Estado já resolve a lista de espera com recurso a privados. Mas isso é coisa bem distinta de privatizar partes do SNS.

    João Fernandes,
    Em primeiro, deixe-me dizer-lhe que desinvestindo no SNS nunca se conseguirá que ofereça um serviço tão célere como esse privado a que recorreu. Por outro lado, esse privado pode oferecer-lhe essa consulta de especialidade com celeridade mas não lhe oferece muitos serviços altamente especializados que só existem no SNS. E isso faz a diferença. O SNS tem que olhar a todos e resolver os problemas graves e menos graves de todos. É natural que não seja tão célere a resolver alguns problemas menos graves porque investe recursos na resolução eficaz dos problemas mais graves.

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  6. Mesmo o Governo Ps julgo fez recentes alterações no sentido de semi pvivatizar o Hospital de Braga.Estarei certo?Assim pergunto que vai ou está ali a mudar para além do próprio nome do Hospital? Quantosd mais Administradores estarão agora ali colocados? Custos? Benefícios? Os doentes terão aslgum benefício? e o pessoal ligado à saúde? Como será agora a nova gestão, que parece nâo resultou no Amadora Sintra! Vá lá pronunciem-se.Afinal o PS já privatiza mesmo que seja para colocar o resto dos amigos nos melhores taxos...antes que perca a liderança.

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  7. Já que estamos a falar no caso de Braga...O PS não é muito amigo das parcerias público-privadas; Porém, no caso de Braga não avançar com a parceria que o Estado tinha com o grupo Melo significaria atrasar o hospital muito tempo e penalizar os minhotos...
    Penso que é assim...
    Já agora, o que vai acontecer às instalações actuais do S. Marcos? Vai continuar a ser Hospital?

    Cmpts

    Ricardo

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  8. Do que ouvi de MFL, ela nunca falou em privatizar tudo de uma vez ou parcialmente nenhuma área, em particular a saúde... Esta é unicamente uma ideia que o PS está a tentar passar para assustar as pessoas, dizendo-lhes que vão ter que pagar pela saúde se votarem PSD(como se hoje em dia já não se pagasse...) Unicamente articular os serviços públicos com os privados, fazer no privado o que fica mais barato que no público, coisa que já se faz hoje e penso que bem.
    Sem estas parcerias o Hospital de Braga nem daqui a 50anos estaria feito!

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  9. Afinal alguém explica se a tal parceria beneficia os Doentes?.Teremos melhor saúde ou mais cara? Assim quantos Administradores serão agora? Que vencimentos recebem, donde vieram? Enfim parece a parceria será um terrível erro político, mas daí à verdade gostaria alguém dissesse algo!Já ouvi comentar tão mal as mudanças que tremo só de pensar ali cair um dia.Um Hospital não sendo um Hotel é um lugar onde os doentes devem estar em primeiro lugar, tendo boas equipas para os tratar e condições para tratar bem a saúde dos portugueses.Que raio de Economia haverá se em vez de cinco Administradores estiverem 25?Quem suporta os custos? Eles terão de cortar em muito do essencial, mesmo em recursos humanos, aqueles que efectivamente tratam os doentes,para mostrar economia.Não será assim?

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  10. Ninguém ousa esclarecer perguntas oportunas pela seriedade da questão! Interesses mais interesses e menos saúde.Sobretudo oportunismo político de meia dúzia de engravatados bem posicionados em lugares de decisões.O País paga para sustentar um sistema onde a palavra corrupção cada vez mais surje implicita ou camuflada, permitindo todo o tipo de falcatruas.Vejam só isto, um Hospital Público semi privatizado...

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