Concordo inteiramente com o post directamente anterior, do João Marques. Existe um cinzentismo. Existe uma falta de pluralidade. Verdadeira pluralidade. Desde Abril que o Centrão tudo e todos agrega. A garantia de poder, ainda que alternado, é relativamente pacífica, para e entre eles.
Bem vistos, o PS/PSD congregam, de facto, posições políticas (ou facções) bastante díspares umas das outras. Aquilo que noutro país, noutro Estado Democrático, seriam pelo menos quatro ou cinco partidos, cá são apenas dois. A consequência, que fica evidente, por exemplo, com o dueto Ferreira Leite, Paulo Rangel e a incapacidade de fazer sequer emergir (nem que seja faseadamente) uma outra voz para a política interna, é a de que todos os outros putativos partidos dentro destes dois, ou se calam, à espera da alternância de poder dentro do próprio partido (que tantas vezes passa pelo "enterro", passivamente ou activamente provocado), ou são calados.
Talvez seja, em parte, uma consequência da fobia da direita, que força até o PP a ter, ultimamente, algumas posições mais centristas. Mas creio que faz falta uma maior pluralidade, uma fragmentação de partidos, de visões, de vozes activas e que se façam ouvir. Não é por acaso que os "movimentos de cidadãos" são, geralmente, uma lufada de ar fresco. Pode haver coligações, pode haver Unidade, pode até haver um Centrão assim. Pode, pois seria um Centrão bastante mais controlado, bastante mais plural.
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