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Prós & Contras: A Saúde em Debate

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Confesso que não pude assistir a todo o debate, mas do que vi ressaltam alguns aspectos que considero essenciais:

1. O Secretário de Estado, Manuel Pizarro, estava melhor preparado que todos os outros intervenientes; Foi muito claro na justificação do avanço da integração do Hospital Pediátrico D. Estefânia no Hospital de Todos-os-Santos, do adiamento da introdução da prescrição unidose, na recusa do discurso irrealista das farmácias quanto aos medicamentos genéricos e na defesa das Unidades de Saúde Familiar.

2. A Deputada do CDS-PP Teresa Caeiro esteve mais preocupada em discutir política de café do que em preparar os dossiers. Falou da diferença de preços entre o medicamento "Sinvastatina" genérico e de marca quando tinham acabado de lhe explicar que 95% do mercado desse princípio activo corresponde precisamente a medicamentos genéricos; criticou o PS por não implementar uma medida que o Governo PSD/PP tinha retirado da legislação (precrição unidose); estava verdadeiramente empenhada em pôr os portugueses a pagar pelos impostos os hospitais privados.

3. O Deputado do PCP Bernardino Soares esteve melhor preparado que a deputada de direita mas não se percebeu qual é a estratégia do PCP para minimizar as onerações pagas directamente pelos portugueses em matéria de saúde e, simultaneamente, diminuir os custos da saúde para os contribuintes.

4. O Bastonário da Ordem dos Médicos foi claro e incisivo nas críticas aos partidos políticos, mas também na denúncia da cartelização do sector das farmácias.

5. Apesar das vendas de genéricos terem aumentado de 10 milhões de unidades em 2004 para 35 milhões de unidades em 2008, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) continua a afirmar, de forma autista, que o mercado está estagnado. Além disso, a ANF preferiu passar ao lado do tema da liberalização das farmácias, das margens de 40% de lucros e também do facto de deter interesses meramente económicos na indústria de genéricos.

Uma nota final para o argumento usado por uns e outros para justificar algumas medidas com um «acontece em países mais evoluídos...» A verdade é que esta afirmação não pode ser tida como argumento válido já que, como bem se percebe, há imensas práticas erradas em todos os países. Ou será que quando citou o exemplo do Canadá, a deputada Teresa Caeiro também se estava a referir à evolução das leis canadianas em termos de respeito pela família e pelo casamento civil?

2 comentários:

  1. Pedro, não é perseguição, pá, acredita! Mas "melhor" é comparativo de "bom". O comparativo de "bem" é "mais bem". Sempre que o advérbio "bem" antecede o particípio passado de um verbo, o termo a utilizar é "mais bem". Logo Teresa e Bernardino podiam estar "mais bem preparados".

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