«A homofobia pode resultar evolutivamente do maior sucesso reprodutivo exibido pelos homens bissexuais: as suas vantagens reprodutivas são encaradas como uma ameaça pelos homens heterossexuais que os rodeiam. Embora possam ter o mesmo número de filhos que os homens heterossexuais, os homens bissexuais têm esses filhos em idade menos avançada. O facto de serem infiéis constitui outra vantagem exibida pelos bissexuais em relação aos heterossexuais exclusivos. A hostilidade antigay pode ter sido desencadeada evolutivamente pelo facto do homófobo heterossexual invejar o sucesso reprodutivo e a eficácia sócio-sexual dos homens bissexuais. Os homens heterossexuais com fracos recursos espermáticos perseguem e hostilizam a família dos homens homossexuais exclusivos, porque os seus membros masculinos são dotados de recursos espermáticos competitivos, e os membros femininos, de elevada beleza e fertilidade.» [J Francisco Saraiva de Sousa]
Por muito gratuitas que pareçam as conclusões de J Francisco Saraiva de Sousa, estas ganham um suporte interessante na revisão (1,2 e 3), que faz no seu blog, de vários artigos científicos que tentam explicar a origem da homossexualidade e como os padrões deste comportamento conferem vantagens evolutivas. Isto apesar de, aparentemente, ser paradoxal para a perpetuação da espécie humana. Convém ler antes de qualquer comentário embocar numa bica aberta de senso comum.
Lá está, basta nossa obsessiva categorização das coisas como em espectros de luz descontínua, prateleiras sem plasticidade, para ruirmos em abalos dogmáticos. Todos os nossos conceitos e convicções devem fazer-se com folga como as pontes. Nem preto, nem branco. O segredo está no cinzento.
Apartir do momento em que existe inúmeras espécies animais em que a ocorrência da prática de actos homossexuais é bastante mais elevada do que na espécie humana - havendo mesmo casos de espécies em que essa ocorrência é proporcionalmente superior à ocorência de actos heterossexuais - e que isso não põe sequer em causa a dinâmica funcional e evolutiva da espécie, quaisquer argumentos homofóbicos com base na procriação e da continuidade da espécie humana perdem qualquer validade.
ResponderEliminarBem... isto está mesmo virado ao avesso... «Antes» o ser humano era considerado superior a todas as espécies, agora procura-se no ceio das outras espécies comportamentos que possam justificar atitudes comportamentais do ser humano. Isto é demais!!!
ResponderEliminarJá agora, podemos também justificar um «fratricídio»: em inúmeras espécies encontramos «irmãos» e matar «irmãos»; já agora podemos justificar que os pais matem os filhos, acontece em inúmeras espécies or progenitores «seleccionarem» as crias.
E o que tem tudo de bom nestas situações? A espécie continua a subsistir!
Procurem argumentos em qualquer lado, mas por favor, não no meio da bicharada!!! É descer de nível!!!
Certamente que existirão, até porque amor é um sentimento humano.
Caro Miguel,
ResponderEliminarMas que visão mais antropocêntrica do mundo!
Amigo Pedro Morgado!
ResponderEliminarNão me diga que agora é crime ter uma visão antropocentrica!?
Mas, seja como for, é uma visão. Pior do que isto será não ter «visão» nenhuma...
Mas já agora deixe que diga, uma visão que possa ter o Homem como centro, não significa por si mesmo desrespeito por todas as outras espécies, nem deixa de ter em vista uma harmonia global.
Mas já agora, agradecia que me apresentasse uma «visão» diferente, para eu poder considerar.
Fonix!
ResponderEliminarTenho dois filhos e estou muito preocupado com o eventual maior poder espermático dos bissexuais...
Se eles têm um milhão a mais ou a menos...
As minhas relações sexuais não visam a procriação pelo que me estou marimbando se tenho mais ou menos um milhão de espermatozoides, desde que seja saudável, claro.
Há.Já agora, não invejo os bissexuais pelo facto de poderem ter mais capacidade espermática, se é assim que se diz, e por conseguinte terem uma maior capacidade para reproduzir... Posso é invejar aquele engatão que me tira o mercado de miudas, sem que eu perceba porquê..., sendo eu o "maior"...