Numa era em que o keinesianismo se tornou a solução e o problema de tudo, em que não há mercado livre que aguente a tentação do alheio, lá se expôs em conferência o bureau do Governo em pose de última ceia, tal qual apostolado de salvador-tecnológico ao meio entre marias madalenas e judas. A apresentação de medidas soube a mais do mesmo, investimento em mais elefantes brancos, depois dos elefantes-bancos.
Banhado em sorrisos, amores de dinheiro fresco, não tardou o sector da Construção Civil, que muito emprega e se governa, motor e betoneira da economia portuguesa - valha-nos eles e até quando o pesado fardo? -, pedir que se lancem as pedras e as empreitadas, sem se estancar, porventura, o défice às derrapagens. No requerimento, exceptuando os remendos a escolas e hospitais, de raíz mal feitos por muitos dos empreiteiros do sector: mais auto-estradas e barragens até que não sobre aldeia com a sua portagem, a sua CRIL e a sua CREL, e bacia hidrográfica que não seja bacia literalmente.
Ora, dado este New Deal a pedido, em advento de país ligado à Europa por TGV e com contas a saldar com Quioto, proponho como investimento público, que talvez agradasse a esta minha geração que pagará as fraldas que se mudaram à Banca, a substituição das automotoras por comboios a sério, nas linhas férreas que definham e nas que acabaram por fechar. Em bitola europeia ou carril magnético, reabra-se - entre outras e por exemplo - a Linha do Tâmega e inclua-se toda a sua extensão nos urbanos do Porto. As gentes do all interior agradecem, preferem carruagens a barcos de recreio.
Portugal carece de um sistema integrado de transportes. Concordo, o interior tem que se aproximar do litoral. Apostemos num sistema de transporte público de qualidade.
ResponderEliminarTGV não faz sentido, Alcochete com moderação.