Cérebro de Aluguer
© olmo gonzález
O anúncio da disciplina de voto imposta aos deputados do Partido Socialista na votação dos projectos-lei sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo levanta algumas questões em termos de sustentabilidade do regime. Nem as críticas de Manuel Alegre e António José Seguro disfarçam a triste imagem que o PS está a dar ao país. Afinal, porque motivo elegemos e pagamos 230 deputados se grande parte deles prescinde do próprio cérebro para ser arregimentado por três ou quatro estrategas de ocasião?
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Eu sou plenamente contra a disciplina de voto, que só afasta os deputados eleitos dos seus directos eleitores e únicos responsáveis pela sua (re-)eleição.
ResponderEliminarE concordo contigo, no apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, como discordo plenamente dos argumentos de inconstitucionalidade, que decidem fazer uma interpretação da Constituição como se ainda estivéssemos em 1976 - que mais parecem preocupados em defender uma de casamento, do que a ideia de família, núcleo familiar e criação de condições para o desenvolvimento das crianças: essa sim, na minha opinião, deverá ser o que o Estado deve, activamente, proteger, quer a família seja constituída por pais casados, por tios, avós, primos, adoptantes, quer sejam homens ou mulheres; como na adopção por homossexuais, parece que têm as prioridades trocadas e embaciadas pelo homofobismo.
Mas, sinceramente, compreendo os motivos pelos quais o PS quer impor a disciplina. Uma maioria absoluta de pessoas votaram para eleger esta assembleia e este governo. Do programa que decidiram apoiar não constava este assunto e não creio que seja um assunto que deva ser conduzido com leviandade e ligeireza - apesar de concordar, igualmente, que, à partida não será algo que deva ir a referendo. Penso que haverá maior legitimidade para o fazer na próxima legislatura, até porque, do que me recordo, nestas causas "fracturantes", foram fiéis ao programa.
-E vão 2, a questão está bem colocada, para 3 ou 4 estrategas decidirem não precisamos de 230 deputados, resolvem-se as questões mais delicadas através de referendo. De contrário, precisamos com urgência de circulos eleitorais uninominais, e liberdade de voto, sendo os deputados responsabilizados pelo cumprimento das propostas que fizeram aos seus eleitores. Aos directórios partidários, que são um autentico cartel, tal não interesssa como é óbvio, o sistema actual permite controlar melhor o rebanho.
ResponderEliminarAfinal o JLS é ou não contra a disciplina de voto?
ResponderEliminarNo mesmo texto é contra e a favor.
Decida-se.
É óbvio que a disciplina de voto é necessária.
Os partidos sufragam um determinado projecto eleitoral e caso não houvesse disciplina cada um faria um que lhe apetecesse.
Seria uma assembleia de deputados do queijo limiano.
Terá percebido mal João.
ResponderEliminara) Sou contra a disciplina de voto, sempre, pois implica um afastamento das bases que elegem os deputados. Os deputados acabam por raramente representar quem os elege, limitando-se a fazer número.
b) Sou a favor, na questão colocada pela votação.
c) Compreendo a posição da direcção do PS, pelas razões que já escrevi em cima. Compreender a posição não implica uma contradicção... Ainda agora nos EUA foram os próprios republicanos a irem contra o Presidente. Apesar de lá não existir um conceito de partido minimamente idêntico ao nosso, vale o que vale e creio que se percebe onde quer chegar.
Só 2 "coisas": "Uma maioria absoluta de pessoas votaram para eleger esta assembleia e este governo". Não, o PM indica ao PR os futuros ministros e secretários de estado. A disciplina de voto nos partidos democráticos acontece na aprovação ou não do programa de governo( seu todo)e no orçamento e plano. Mais uma "coisita". Paulo Pedroso afirma que o casamento homossexual está consagrado nos princípios do PS em 2002.
ResponderEliminarCaro@ amig@s,
ResponderEliminarDia 10 de Outubro discute-se na Assembleia da República a legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Dia 10 de Outubro é dia de ir ao parlamento. É dia de encher as galerias para, no momento em que se confirme o chumbo dos projectos-lei do BE e dos Verdes, quem assiste se levante e se deixe ficar de costas voltadas para a assembleia que discrimina parte dos cidadãos que representa. Se não estamos na agenda política da maioria dos deputados, então eles não estão na nossa; se acham que não é oportuno fazer cumprir o imperativo constitucional da igualdade, então nós dizemos que não nos é oportuno reconhecê-los como nossos representantes. Em silêncio, sem cartazes e sem bandeiras, de costas voltadas e tão indiferentes a eles como eles a nós.
A sessão plenária que discutirá a legalização dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo inicia-se às 10 horas da manhã. Fica a proposta para quem estiver emLisboa e quiser segui-la. Se não for o teu caso, passa a palavra a quem seja.
Caro JLS, Paulo Pedroso?
ResponderEliminarPudera!