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Um artigo de revisão elaborado por David Berner e Eric Hall e publicado na conceituada revista médica “The New England Journal of Medicine” em Novembro passado alertava precisamente para os perigos da exposição repetida às radiações nos Estados Unidos da América. Os autores concluíram que, apesar da Tomografia Computorizada estar associada a uma relação risco/benefício claramente favorável, são várias as situações em que ainda se realiza desnecessariamente. Isto sucede, não só devido a controvérsias na definição do método de diagnóstico mais apropriado para certas doenças, mas sobretudo no contexto da prática de uma medicina defensiva resultante das enormes pressões sociais, mediáticas e judiciais que impendem sobre os médicos e também como consequência das deficiências de comunicação que persistem nos Sistemas de Saúde e que levam à duplicação de vários exames sempre que os doentes mudam de médico. [...]
Excerto de um artigo da minha autoria publicado hoje no Diário do Minho. O título está escrito em linguagem coloquial. A leitura do texto integral esclarece que o correcto é falar-se em "a TAC" e não em "o TAC".
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Trabalhei nas urgências na área de radiologia e muitos exames são pedidos de forma desnecessária, inclusivé chegava ao ponto de há segunda-feira várias reformadas irem ao serviço de urgência e me dizerem "Vim às urgências porque me deu uma dor no joelho enquanto estava sentada a ver televisão e o médico mandou-me fazer uma radiografia", radiação emitida de forma puramente desnecessária, na minha opinião. Por outro lado sei que as pessoas só se sentem felizes e bem diagnosticadas quando possuem uma imagem e no caso de não a terem dizem "ai era mau médico nem me mandou fazer um rx pa ver cm isto está..."
ResponderEliminarUma medida que devia ser implementada em Portugal, já aplicada em vários países, surge no âmbito da quantificação das doses administradas aos pacientes, avaliando assim a quantidade de radiação que cada paciente recebe de forma coerente.
Desta forma, penso que deviam instruir os médicos e futuros licenciados contra os malefícios da radiação excessiva de forma que os pacientes não sofram as consequências uma vez que a radiação não doi.
Com os melhores cumprimentos