Avenida Central

A Necrópole de Braga [2]

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capa diario do minho - 7 de Agosto de 2008

Com um comentário a este post do blogue Avenida Central, Francisco Sande Lemos, notável arqueólogo e professor jubilado da Universidade do Minho, deu novo fôlego à discussão sobre dois dos assuntos mais cruciais para o futuro estratégico da cidade de Braga - o prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade depois de conhecida a nova Necrópole de Braga e a recuperação do Teatro Romano da Cividade.

As pertinentes reservas que o reputado professor enunciou ao prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade e a sua «grande preocupação com a preservação de vários outros espaços arqueológicos da cidade, para lá da muito falada necrópole romana» fazem a manchete do Diário do Minho de hoje, numa mostra de que o jornal continua a fazer bom jornalismo a propósito deste tema.

A preservação do património arqueológico da cidade é de importância capital para que a cidade se possa afirmar no contexto peninsular e europeu. Mas, tal como sugere Sande Lemos, cabe aos verdadeiros cidadãos bracarenses manterem-se firmes na defesa do património e nos apoio às medidas tendentes à sua salvaguarda*. É a hora da massa crítica da cidade se mobilizar na defesa do futuro que o passado milenar da urbe ainda nos pode garantir.

*será interessante conhecer a resposta da maioria ao requerimento que a oposição lhe fez chegar.

12 comentários:

  1. Penso que é hora de exigirmos conhecer a grandeza da Braga escondida. Acho que há formas de conciliar o passado com o presente, tal como se pode ver por essa Europa fora.Assim os responsáveis saibam fazê-lo

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  2. Pedro,
    O Requerimento deve entrar amanhã na Câmara, enriquecido com algumas das questões suscitadas pela intervenção do Professor Sande Lemos.
    Ricardo Rio

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  3. Lanço daqui um apelo a todos os bracarenses: organizemos uma pltaforma de defesa do património desta cidade com o objectivo da fazer um lobby junto das autridades nacionais e internacionais.
    Basta de manter a cidade no anonimato!
    Em defesa de um património milenar.

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  4. Em defesa do património - JORNAL DE NOTÍCIAS



    Barbearia à espera de salvação

    O relógio não pára para a Barbearia Matos, a casa histórica da Rua do Souto. Setembro poderá ser decisivo para o encerramento do espaço nos moldes actuais, caso a Câmara não declare, finalmente, o interesse municipal.

    O subarrendatário, Manuel Matos, que seguiu o negócio do pai há várias décadas, teme que a Barbearia Matos possa ser integrada, de forma incaracterística, no futuro projecto comercial para o edifício, perdendo, assim, aquilo que a torna única. Apesar do Instituto de Gestãodo Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) ter dado um parecer positivo à declaração de interesse municipal, transferindo o processo para as mãos da autarquia, nada mudou até à data.

    Depois de o Tribunal ter decretado o despejo e o encerramento da barbearia, devido à fragilidade do contrato de arrendamento inicial, só esta figura de protecção a poderá preservar no seu contexto natural, como património da cidade reconhecido por todos os bracarenses. Recentemente, um defensor do espaço, situado na Casa Teodósio de Almeida, Miguel Coelho, cumprindo aquilo que considera ser uma "obrigação cívica", interpelou ambas as entidades no sentido de apurar o ponto da situação As respostas não podiam ser mais surpreendentes.

    Em documentação a que o JN teve acesso, a Câmara informa ter o processo em aberto, não só da barbearia mas também do salão egípcio, mas dependente de um parecer do IGESPAR que "até à presente data não se pronunciou". Aquele organismo declara, por seu turno, que não voltará a pronunciar-se sobre a situação já o tendo feito, quando, em 2006, propôs o interesse municipal.

    Numa atitude que o presidente da Associação para a Protecção e Defesa do Património Natural e Construído da Cidade de Braga (ASPA), Armando Malheiro, chama de "cinismo politiqueiro", mantém-se a indefinição quanto ao futuro de ambos os espaços. No caso da barbearia, Manuel Matos tem feito de tudo para adiar a saída, negociando datas com o proprietário. O mês que vem poderá ser determinante.

    "Há a possibilidade de se transferir a barbearia para o interior do espaço comercial, mas, desta forma, muito se perderá, desde o mobiliário até aos azulejos", revela o barbeiro. O ideal era manter tudo como o original, com o barbeiro em actividade, consideram os defensores do local.

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  5. Meus caros:

    Acho que já existe uma plataforma de defesa do patrimínio em Braga, como provas dadas há mais de 30 anos: basta inscreverem-se na ASPA... e fazerem trabalho público, em vez de se ficaram por "orgasmos" mais ou menos solitários nos blogues...

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  6. Aproveitando o facto de o Prof.Sande Lemos ter deixado algumas palavras neste blogue, como simples cidadão bracarense, gostaria de lhe colocar (a ele ou a quem souber responder) algumas questões:

    - Qual a efectiva importância dos recentes achados do ponto de vista arqueológico?

    - A descoberta do Teatro Romano foi difundida como um acontecimento notável na nossa imprensa. O seu estado de conservação é de molde a possibilitar a sua recuperação em condições de uma possível utilização pública futura? A sua recuperação pode assumir uma importância para a cidade que permita a difusão/consolidação da sua imagem como a herdeira por excelência da presença romana no noroeste peninsular?

    Esta última questão será talvez a mais importante porque, independentemente do valor que quisermos atribuir à dimensão cultural da descoberta, a hipótese de ter evidentes repercussões na economia da cidade pode contribuir decisivamente para que um projecto de recuperação seja acarinhado - e permitir que as intervenções no ordenamento do território necessariamente daí decorrentes sejam encaradas de uma forma mais aberta. Evidentemente, é necessário perceber também que interesses privados seriam afectados (espaço habitacional e outros) com a recuperação destes achados e qual a ordem de grandeza dos investimentos que seriam necessários...

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  7. Eu sinceramente não entendo todo este alarido. Parece que descobrimos agora a pólvora. Ligam-se coisas que não tem ligação. Para quem observar estas discussões, parece que o Presidente da Câmara, qual Almansor, agora também é o culpado da destruição da Bracara Augusta. Daquilo que me tem sido dado verificar sempre que alguem, nomeadamente a Unidade Arquelógica da UM, tem descoberto algo arqueológico de interesse, tem havido o cuidado de estudar os achados e os desenvolver. Lembro que desde há mais de dois mil anos que gerações após gerações destruíram a monumentalidade de Braga Sobretudo porque braga foi sempre um local importante e apetecido, onde viveu sempre gente e onde houve sempre uma dinâmica de desenvolvimento. Braga nunca se tornou erma como aconteceu a muitas terras da nossa zona, depois das invasões arabes. O desenvolvimento tem como penalidades a destruição do anterior. Novas gerações, novos conceitos, novas ideias e ideais. Agora tenho de fazer a justiça de que apesar do betão que hoje graça na cidade, sinal dos tempos, foi nos últimos 20 anos que se começou a descobrir e a perservar o passado longínquo. Várias entidades se empenharam nisso, a Universidade, a ASPA, a Câmara etc. Assim apareceu o campo arqueológico da Colina de Maximinos que para além daquilo que tem trazido à luz do dia trouxe um moderno espaço à cidade, num sitio que há 20 anos era uma lixeira. A Fonte do Ídolo finalmente tem a dignidade que há muito merecia. A Câmara criou um gabinete de Arqueologia que está atenta não só à cidade, mas ao que se vai descobrindo no concelho. Estou a lembrar-me da Mamoa de Lamas.
    Por isso acho que temos de ser sérios e como cidadãos procurarmos nós proprios primeiro conhecer o que existe para defendermos o nosso património. Ninguem defende o que não conhece.

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  8. "Acho que já existe uma plataforma de defesa do patrimínio em Braga, como provas dadas há mais de 30 anos: basta inscreverem-se na ASPA... e fazerem trabalho público, em vez de se ficaram por "orgasmos" mais ou menos solitários nos blogues..."

    Não lhes retiro o mérito mas o apagamento desta instituição é tão atroz que se perguntarem aos bracarenses o que é a ASPA a maioria responderá que é um sinal que se usa quando fazemos uma citação...

    Chegou a hora de saírem dos ciculos pseudo intelectuais e darem a conhecer à plebe a importância destes achados.

    O seu comentário apenas demosntra arrogância.

    Quanto ao comentário do JMTINOCO diria que nem o próprio Mesquita faria melhor propaganda mas uma coisa é certa: mais de 30 anos de poder corrupto em conluio com os empreiteiros não serão apagados jamais...e 2009 será a prova disso.

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  9. Caro Manuel:

    O meu comentário não demonstra arrogância, mas apenas o reconhecimento de simples cidadão pelas lutas da ASPA...

    Por isso é que é preciso que se deixe de acusar os outros de se fecharem em círculos peseudo-intelectuais e passar a colaborar com os que têm trabalhado pela defesa do património de todos.

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  10. Afinal, os bárbaros ainda existem...
    Esta mentalidade de que esse povo destruiu tudo aquando da sua passagem por Braga, continua a ter os mesmos seguidores de há 30 anos atrás...
    Não vale a pena perder tempo com palavras provenientes de pessoas tão incultas e mal intencionadas como os nossos governantes municipais.
    É tempo de passar à acção. Exigir, exigir....

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  11. O problema do património milenar ou centenário da cidade e da região tem uma solução fácil: enterra-se.

    Desaparecem assim as esperanças e as preocupações.
    Depois levanta-se uma cidade nova ladeada por aproximadamente 30 shopings e 40 centros comerciais sem descurar duas dezenas de grandes superfícies aliadas a 150 restaurantes fastfood (nem que para isso tenham que ser construídos em terrenos férteis).

    Amen.

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  12. Em defesa da grandiosa história de Bracara Augusta e seu património, os terroristas vão intervir. Fiquem atentos.

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