O governo de José Sócrátes, com a complacência da Presidência da República, está a incendiar a escola pública. A intranquilidade e a conflitualidade tomaram conta de um espaço que se deseja pacífico e promotor de responsabilidade e cidadania. Enquanto isso, os colégios privados continuam a cumprir com tranquilidade a sua missão, preparando os seus alunos para o futuro.
Por via das trapalhadas da actual Ministra da Educação, a escola pública continua, lamentavelmente, a transformar-se num perigoso instrumento de desigualdade e exclusão.
Os 100.000 professores que estiveram em Lisboa e todos os outros que, mesmo não indo, contestam a política educativa do Governo não podem estar enganados. E sem os docentes é completamente impossível salvar a escola pública.
Notas Avulsas:
1. Como pode manter-se em funções uma Ministra que não tem o respeito dos principais agentes do ensino em Portugal?
2. Como pode manter-se em funções um Secretário de Estado que considera um colega de Governo como o responsável pelas «piores resultados escolares da Europa»?
3. Como pode continuar a impedir-se a livre manifestação através de expedientes que lembram outros tempos?
Cartoon: «Polícias na Escola», de Pedro Vieira
A ler: Estar errado. // O Zénite e o Nadir // Holligans à Solta // Novas Vítimas do LSD // O fim da maioria absoluta // Ministros em Directo // A manifestação dos professores
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É impensável num regime democrático desvalorizar o que hoje se passou em Lisboa.
ResponderEliminarA Srª Ministra, hoje mesmo reconheceu que não sabe como conquistar a confiança dos professores. Muito simples, demita-se.
Se há concertação social na justiça, na saúde e em demais sectores da administração, porque é que não há concertação na Educação?
Muito simples: Autismo, arrogância e prepotência dos nossos governantes.
Srª Maria de Lurdes: Já que não é capaz, DEMITA-SE para que outros possam conquistar a confiança dos professores.
Qualificada? Numerosa. Mas qualificada não me parece, de tudo. Porquê? Porque está baseada numa montanha de equívocos.
ResponderEliminarNos comentários de um post meu, referiste que não acreditavas que 100000 professores estivessem equivocados. Eu reafirmo que acredito. E enumerei uma série de mitos que se geraram, com a respectiva fundamentação legal da sua plena falsidade - os professores não leram o decreto regulamentar, ou não o souberam ler, ou foi-lhes traduzido de forma manifestamente incorrecta, se essa "tradução" foi de boa ou má fé... apenas poderia especular. Tens aqui a resposta: http://ohnaoehagora.blogspot.com/2008/03/sobre-os-professores-desmistificao.html
Claro que entretanto geraram-se outras questões, que agora enumera: se uma ministra se pode manter em funções sem o respeito dos agentes do ensino, por exemplo. Mas, na linha do meu raciocínio, a relação está como está - e não está como estava à dois meses atrás, por culpa dos professores (ou dos sindicatos). Não querendo com isto retirar a culpa que o Ministério tem, pois parece-me que falhou, manifestamente, na gestão desta relação. Particularmente porque não soube informar, educar e esclarecer os agentes educativos de uma forma plena e atempada. Atempada, porque me parece que as «Perguntas frequentes sobre a avaliação de professores» disponibilizadas no site, esclarecem sobre praticamente tudo. Mas foi publicado dia 6 de Março e deveria ter sido publicado alguns dias após 10 de Janeiro, a data de publicação no DR do decreto regulamentar.
Se isto é uma falha - a gestão da relação - que justifique a demissão? Admito que talvez o justifique, dada a dimensão que tomou. Mas como disse, os professores não estão isentos de culpa - na minha tese do grandioso equívoco. Mas parece-me que a política em si - a *LEI* - não o justifica. De todo! É uma lei bastante razoável, ainda que seja provável que tenha falhas não perceptíveis imediatamente, como muitas outras leis o têm e o admitem, quando elas próprias prevêem prazos para revisões.
desigualdade é um professor ganhar 3000 euros /mes e o desgraçado ganhar 400 euros vão brincar com gente da vossa laia.
ResponderEliminaré necessário em portugal uma similar da ETA qual democracia só se for para os poderosos
Senhor professor quem não deve não teme no privado já se faz avaliações iguais a estas.....só os atrasados dos funcionários publicos é que estão sempre à espera da reforma...
A questão começa a ganhar contornos politicos, quando se contesta a Ministra em vez das reformas.Quanto à exclusão e porque não compadrio ele sempre existiu na sociedade Portuguesa.Alguém explica como é possível que muitos alunos ( familiares) de Professores, concluam o 12º Ano com 19 ou 20 valores e depois nos exames nacionais desçam para 12 ou 13?
ResponderEliminarMas...não serão também responsáveis pela situação vivida no ensino público os professores e os sindicatos que transformaram, ao longo do tempo, as escolas numa espécie de feudo? Haja reflexão.
ResponderEliminarOs Professores têm direito à indignação no momemto em que não sejam ouvidos os seus pedidos, porém não podem querer que tudo ocorra à sua maneira, são pagos para ensinar e devem obededer a quem lhes paga.Dialogar é preciso, mas existem regras para as duas partes.Pareceu fora do contexto o slogan Ministra para a Rua! Então o problema é da Ministra ou das reformas e formas do processo? Cuidado não sejam instrumentos dos partidos.Questionem, gritem contra o que está mal nas avaliações e avancem com soluções, antes das manisfestações bem organizadas, mas que ficam por aí.
ResponderEliminarA discussão fica mais rica quando um anónimo profere 4 comentários seguidos...
ResponderEliminar3000€??????
ResponderEliminarIsto só denota que algumas pessoas estão a postar de má fé! Um professor, no início da sua carreira, jovens que estão destacados e muitas vezes longe de casa, ganham cerca de 900€ e muitos euros limpos. A terem de pagar quartos alugados e transportes para virem a casa ao fim de semana... Para quem investiu tanto dinheiro e tempo nos estudos, diga-se que não é muito! O que se nota é que há muita inveja e maldade de pessoas que não sabem o que estão a dizer!
Em relação à manif de ontem, 100 000 profs!? Bolas, devem ser todos comunistas ou devem ser mesmo ignorantes.
Se um prof procedesse como esta ministra, dizendo que todos os seus alunos, embora lendo os seus apontamentos, estão mal informados então todos reprovariam. Dessa forma o prof teria também uma má avaliação!!!
Isto não vai acabar mas uma coisa garanto. Tudo faremos pelos miúdos porque eles não têm culpa dos erros que se estão a cometer.
Já agora, gostaria de saber se o Sr. Romano também acha que 100 mil profs andam mal informados!
Os professores não andam desinformados. Existe é uma campanha de desinformação orquestrada pela Ministra da Educação e apdrinhada pelo Primeiro Ministro e demais governantes, no sentido de angariarem apoios junto dos portugueses.
ResponderEliminarO Alberto João Jardim, elegeu como inimigo alvo os socialistas e o governo do rectângulo. Este governo elegeu os professores e demais funcionários públicos.
Parafraseando Fausto: E assim vai Portugal: uns vão bem e outros mal
Tenham calma.O tempo corre veloz e 2009 está próximo. Tudo muda fácilmente...mesmo as avaliações.Já nos anos 80 e 90 algumas Empresas públicas tiveram idênticos critérios de avaliação e os avaliados contestavam com sucesso.Os nomes podem ser outros mas os intervenientes e métodos mantêm-se.
ResponderEliminarOs professores se se aplicassem tanto em dar aulas de forma a cativar os alunos eram bem mais inteligentes.
ResponderEliminarO problema em portugal é que quando se mexe em algum sector mal habituado saem logo todos para a rua a protestar. E pior do que isso é que os governos acabam por ceder.
Espero bem que nesta matéria este governo não ceda.
As alterações propostas tem toda a razão de ser.