Confrontando a realidade portuguesa com as tendências europeias «de fortalecimento das cidades médias como pólos aglutinadores de população», Tiago Barbosa Ribeiro demonstra a inevitabilidade da regionalização para o desenvolvimento integrado do território nacional. Por toda a Europa, a existência de sistemas políticos regionalizados permitiu a especialização das cidades médias «em alguns domínios produtivos e tecnológicos» que as tornaram mais atractivas e competitivas.
No entanto, «o contexto português foi precisamente inverso e após o 25 de Abril continuou a assumir-se uma tendência de progressiva fragilização e de desinvestimento nas cidades médias, situação só contrariada muito pontualmente por autarquias como Vila Real, o que impediu um modelo de sustentabilidade e desenvolvimento endógeno.»
A moratória de nojo pelo resultado do último referendo ultrapassou os limites do razoável. É tempo de se avançar sem delongas para uma Regionalização a sério. Só assim se poderão encarregar as comunidades regionais das principais decisões sobre o seu desenvolvimento estratégico.
0 Comentários
Enviar um comentário
Antes de comentar leia sobre a nossa Política de Comentários.