Esta semana, veio de Espanha um vento de medo, numa advertência de que por cá se chocavam ovos num ninho terrorista, radicalismo islâmico, em pleno país que não faz mal a uma mosca. De repente, o véu histérico do terror alastrou-se para cá da Raia, e não tendo bombistas madeirenses de fonte segura – que eles gostam mais de largar polémicas, em insultos à República - não houve mochila e saco do Cavalinho que fosse imune a suspeita de engenho armadilhado à Segurança Nacional e ao nosso relaxado pacote turístico. Nem por alturas de PREC, quando o catolicismo reaccionário roçou a jihad. Na paranóia generalizada, as condutas de gás também não deram sossego. Era um país de Fim-de-Mundo por aí abaixo, Gomorra a cheirar a enxofre, um Portugal Ground-Zero, Faixa de Gaza. Alvo do radicalismo islâmico, pelos vistos, talvez com cacilheiros e catamarãs a arrebentar contra as sapatas da 25 de Abril ou o Padrão dos Descobrimentos. Medonho.
Não sou teólogo nem pensador de religiões. Tenho a formação do contacto, da leitura ocasional e interessada, da cultura que me foi metida dentro depois de lavada a cabeça de água benta na moleirinha. Desde miúdo me interessa o diverso, o que não há por perto, o estranho, o colorido. Parece absurdo mas cheguei a querer uma mesquita, uma sinagoga e um templo budista que fosse, na vila onde me vinha criando. Um pouco de cosmopolitismo, uma Córdoba entre Minho e Trás-os-Montes, onde o Chamamento do Imã às 6 da manhã me ia aborrecer tanto quanto folclore nos altifalantes na capelinha no ermo, no outro lado do rio. Onde o Hannukah se misturasse com o Natal. Enfim, utopias…
Apesar disso, e finado o salazarismo em nomenclatura, temos um país compulsivamente modernizado, a bem e a mal, a torto e a direito, e secular a toda a força - como deve ser, pois então!- mesmo que às vezes, e na mente de alguns, absurdamente obcecado com isso. Para lá dos terços pendurados nos Hospitais Públicos, um Estado não deve ter fé, que não nos Homens, mas não pode cair no erro do fundamentalismo laico e fazer por negar aos seus cidadãos o direito a Deus, nas suas variadas maneiras. Sem financiar Madrassas nem Catequese, deve incluir nos conteúdos do seu Sistema Educativo, desde cedo, o estudo das religiões e a promoção da diversidade, pelo que de positivo traz, até para a economia do País, mais criativa e de horizontes alargados.
É que, neste mundo de intolerantes, a ignorância é o combustível do medo. E melhor profilaxia ao ambiente de terror é a livre troca de ideias e de conhecimento, que mais que fomentar a tolerância torna-a parte da fisiologia, não se eriçando os pêlos perante um turbante ou uma mitra. Os melhores vigias de um país são os seus cidadãos e sobretudo, quando conhecedores e esclarecidos, embebidos de um espírito aberto, acolhedor, dialogante e solidário, conseguem melhores resultados em Segurança que um quinhão de polícias, soldados e câmaras de filmar juntos. E muito mais barato.
Coisa a ter em conta, desde já, por partidos políticos de índole socializante e secular que, muito se gabando de serem motores de transformação da sociedade, não se deviam limitar a patrocinar viagens de militantes idosos a Fátima e ao Mosteiro da Batalha. Porque não incluir no itinerário a Mesquita de Lisboa, a Sinagoga do Porto, Templos Budistas e o Cinema Império?
É que tal como uma espécie, no contexto darwinista, entendo que uma sociedade deve fazer por ser o mais diversa possível face às adversidades e aos obstáculos de futuro. Portanto, não acredito que sociedades monocórdicas possam ser progressistas e tão pouco se podem impor na História. Portugal não o conseguiu quando deixou de ter judeus e muçulmanos integrados, nas suas virtudes e defeitos. E nestes tempos, o medo não pode ser desculpa. Muito menos na renitência em abrir as ruas e fronteiras a gente de mil formas e formações, com boa-vontade e a querer uma melhor vida por cá. Integrados, até fazem melhor que o SIS. É que o terrorismo tem muitas facetas e motivos no ciclo vicioso, entre eles o ocidental cinismo de pontapear imigrantes de volta para o Magrebe.
Vitor,
ResponderEliminarBom texto, este. Um dos lados da questão, mas isso não invalida nada, bom texto na mesma.
cumprimentos
Estes efeminados brincam com a ameaça terrorista.
ResponderEliminar“Desde miúdo me interessa o diverso, o que não há por perto, o estranho, o colorido.”
O melhor que tens a fazer é meteres-te a milhas daqui, mas como Braga já parece uma cidade africana até já nem deves precisar.
Tu querias ser africano, era o teu sonho.
“mas cheguei a querer uma mesquita, uma sinagoga e um templo budista”
Se levasses as do Porto para aí fazias uma boa acção.
“o estudo das religiões e a promoção da diversidade, pelo que de positivo traz, até para a economia do País, mais criativa e de horizontes alargados.”
Ena, eles agora até já querem ensinar as criancinhas de pequeninas a terem nojo na sua cultura e tradições, vamos dize-lo sem medo, querem que elas tenham nojo da sua raça, querem incentiva-las ainda mais à mistura, como se a MTV e o hip-hop não chegassem.
“E melhor profilaxia ao ambiente de terror é a livre troca de ideias e de conhecimento”
Por você ter tendências efeminadas isso não significa que as tais outras etnias que admira manifestem as mesma tendências, e a sua troca de ideias perante terroristas resulta na sua humilhação e até quem sabe eliminação, mas você ate devia de gostar de ser eliminado, desde que fosse por elementos coloridos. Deve ser um fetiche seu.
“um espírito aberto, acolhedor, dialogante e solidário”
Esta do espírito acolhedor é a cereja em cima do bolo, acolha terroristas aí em Braga, pode ser que estourem com a Sé de Braga cheia de brancos, quem sabe. Depois substituías esses brancos por uns coloridos muçulmanos e ficarias ainda mais feliz.
“É que o terrorismo tem muitas facetas e motivos no ciclo vicioso”
Se eles meterem uma bomba em Braga ficas contente, dizes que meteram a bomba porque se sentem descriminados.
Os brancos, principalmente os malditos racistas é que têm a culpa de tudo, os coloridos são vitimas, e mesmo que coloquem bombas têm razões para isso porque os brancos os pontapeiam para o Magreb.
Hahahahah
Os Bragacentristas estão cada vez mais engraçados.
Muito triste este comentário suevo.
ResponderEliminarOstentas o nome de um povo germano.
Deves te identificar com algum alemão (melhor austríaco) em particular.
Para ti Portugal deveria ser "monocolor" sem diversidade alguma.
Branco, branco.
Coitado.
Com este tipo de ideal e de insulto fácil só reconheço um efiminado aqui, és tu.
Só tem medo do diferente quem tem complexos de inferioridade, caso do Suevo. O fascismo espreita ao virar da esquina.
ResponderEliminarIdentifico-me mais com esse austriaco do que com o lobby gay que se apressou a comentar. O lobby gay chegou às terras de Basto.
ResponderEliminarClaro que para mim a Calécia deve ser branca, sem a menor margem de duvida.
Quanto ao faria dos desnorteados, eu não tenho medo nenhum dos diferentes,tu é que tens complexos de inferioridade, de culpa, etc e por isso é que te queres tanto misturar, consideras-te inferior (tu lá saberas as razoes) e deve ser por isso que voces gostam tanto de diferentes, chegando ao ponto de culpar os brancos se os coloridos colocarem bombas. Andas a ter consultas no mesmo psicologo do José Silva?
Para o Marco do insulto facil.
ResponderEliminarEste blogue, mais concretamente o autor deste texto pode ser classificado de duas maneiras, ou é efeminado ou é gay. E não estou a insultar ninguem, porque na vossa ideologia progressista isto não é nenhum insulto.
E voces são racistas... contra os brancos.
Dispensam-se comentários e cometadores racistas e xenobos.
ResponderEliminarFazes bem, é tipico trazerem esses temas à baila, mas depois só estão dispostos a aceitar uma opinião sobre esses temas. É a ditadura do politicamente correcto.
ResponderEliminarAté se pode branquear os terroristas, desde que sejam coloridos é claro.
Parabens pela promoção e
desresponsabilização do terrorismo desde que seja colorido e multicultural.
Pode ser que um dia desses tenham uma prenda islamica aí em Braga, quem sabe...
Bem pelo contrário, caro Suevo.
ResponderEliminarCensura seria eliminá-los. Eu penso que o racismo (e todas as outras fobias) devem ser expostos para que as pessoas possam rejeitá-lo de uma forma consciente e racional.
Já viste, meu caro Suevo, como vives aprisionado no medo de tanta coisa?
ResponderEliminarNão admira que te escondas por detrás de um heterónimo. Talvez tenhas alguma razão e eu me devesse enfemenizar um pouco mais, na definição medricas do termo - para lá das lantejoulas - e começasse a assinar os artigos sob a capa de Vivi Labardajeuse...
Caro suevo.
ResponderEliminarNão existe nenhum lobby.
A liberdade da opinião permite que se comente sem qualquer tipo de afinidade ou interesse.
Simplesmente o teu comentário foi despropositado e insultuoso.
Se queres uma Calécia branca, terra de grande tradições à qual pertenço e respeito-a muito, digo-te que só nos teus recônditos sonhos.
Nesta terra sempre habitou a "diversidade" e o multi-culturalismo. Não será este tipo de ideal que acabará com este legado.
Este tipo de ideal, que aparentas possuir e defender, é do mais retrógrado e contra-natura na nossa espécie. Defendes princípios oportunistas e animalescos.
Devemos defender a pluralidade de opinião até com aqueles que a restringem.
Desde que Ataulfo os derrotou, os Suevos nunca mais foram os mesmos, tentam agora paulatinamente ressurgir apontando baterias a todos os diferentes.
ResponderEliminarToninho Regadas
Eu não acusei o Pedro Morgado de censurar, até porque aí dou-lhe razão, de facto se quisesse poderia facilmente apagar comentários, algo que não fez.
ResponderEliminarEu, só para vos contrariar, não sou racista. Mas aquilo que vocês chamam de racismo não é fobia nenhuma.
Eu posso considerar que vocês por defenderem uma Braga afro-cigana-asiatica têm fobia daquilo que é calaico e até porque não dize-lo, vocês têm uma fobia da vossa popria raça.
Eu não tenho qualquer fobia nem medo. Vou até mais longe, nem tenho nada de pessoal contra vocês, simplesmente discordo da vossa visão da sociedade e daquilo que pretendem para este território e para o seu povo.
Vocês defendem que os gays devem adoptar crianças, vocês defendem que devemos ser colonizados por africanos e asiáticos, eu defendo o contrário, defendo que devemos lutar contra essa colonização.
Vocês têm fobia da diferença ideológica.
Depois o meu comentário não foi insultuoso.
De facto o teu texto é efeminado, é a minha opinião sobre o mesmo.
Diz o Marco
“Nesta terra sempre habitou a "diversidade" e o multi-culturalismo.”
Nesta terra nunca habitou, ou se preferires, até há bem pouco tempo nunca habitou o multirracialismo nem o multi-culturalismo muito menos no sentido que pretendes dar ao termo.
A sociedade calaica era uma sociedade guerreira, de resistência ao invasor, com características tribais.
Aquilo que vocês defendem é que é contra-natura, é um autentico genocídio étnico e cultural.
O Suevo é tribal, defende a sua família quer um território puro. tem medo da diferença do outro do cosmopilitismo. Quer uma raça pura.
ResponderEliminarDeve ser militante do PS.
Suevo, os seus comentários sao esmagadores.Parabéns e um abraço.
ResponderEliminarAO Suevo e aos outros como ele digo: FASCISMO E NAZISMO NUNCA MAIS!
ResponderEliminarA terra é de todos! Não quero de saber de religiões nem de cores de pele, de proveniencias nem de preferencias. A terra é de todos!