Gualtar. Encravada entre o reaccionarismo clerical e o devaneio popularucho das viagens à Malafaia, esta é a crónica de uma terra que tem sido completamente abandonada pelo poder autárquico. As dores do crescimento são mais que muitas e nem o campo de futebol (muito futebol se joga em Braga!!!) que por aqui estão a construir apaga os evidentes sinais do abandono.
Faz em Janeiro 7 anos que, como cidadão cumpridor, me dirigi à Junta de Freguesia para me recensear. Cidadão interventivo, alertei os autarcas locais para a inexistência de árvores no espaço urbano em que resido. Foi-me garantido que, nessa mesma primavera, as árvores seriam plantadas... Passaram 7 anos, repito, 7 anos. Árvores nem vê-las.
Algum tempo depois, selváticas máquinas avançaram apocaliticamente pela freguesia, devastando todo o arboredo que ainda restava. Desapareceram as Quintas da Vergadela e do Pomar e, no seu lugar, nasceram ruas de casas a haver. Estradas de planeamento duvidoso com cruzamentos de 5 saídas (!) em pleno Século XXI. Asfalto despido de tudo menos do material que resta das punções endovenosas que por ali se fazem.
Se em algumas zonas as ruas são redundantes e desnecessárias, porque desertas de casas, noutras escasseiam. A prometida rotunda (consta da propaganda eleitoral que a maioria socialista deixou na minha caixa do correio!) que seria implantada na ligação da Variante do Fojo à zona Este de Gualtar ainda continua por fazer. E, segundo consta, assim continuará...
Mas o pior de tudo é a criminalidade. Os assaltos sucedem-se com um cadência assustadora, instalando o medo na comunidade. Pressente-se um clima de impunidade. Aos repetidos assaltos, nunca as autoridades deram resposta. Nunca se soube nada dos culpados. Nunca se encontraram os bens furtados.
A situação de abandono tem atingido proporções tamanhas que pode ler-se no Diário do Minho de ontem que os moradores admitirem «a possibilidade de ser contratado um guarda nocturno, uma vez que «a GNR apenas toma conta da ocorrência». Não pode ser. Gualtar não pode continuar marginalizada.
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Tu falas de Gualtar porque és de lá. A falta de planeamento e acompanhamento dos problemas a nível das freguesias da cidade é uma verdade.
ResponderEliminarObviamente. Sinto estes problemas todos os dias. Os assaltos repetem-se e nunca acontece nada!
ResponderEliminarSe quiseres partilhar os problemas da tua freguesia, envia texto que terei todo o gosto em publicar.
"Felizmente" que há algo em Braga que parece comum à grande maioria das freguesias. Também na Sé os assaltos sucedem-se, por vezes a horas surpreendentes. A impunidade é a principal causa deste surto, a pobreza deve ser a faúlha dos modos cleptomaníacos por ora instalados.
ResponderEliminarBoa tarde,
ResponderEliminarUm pouco relacionado com a criminalidade e delinquência da sociedade em Braga e no país. vê se achas interessante para pôres no teu blog.
http://nunoconde8.wordpress.com/2007/11/25/as-burlascuidado-com-elas/
Cumprimentos,
Nuno Conde
Gualtar! Moro cá e se formos a ver, é uma freguesia bastante completa! Uma esquadra é que era bem vinda! Para que a polícia não apareça só à noite por causa de confusão, ou de dia para rebocar...
ResponderEliminarIsso e limparem o lixo amontoado todos os santos domingos, na imundice que são as paragens ao lado do MacDonald´s....Enfim.....
Gualtar está parada pelo menos á cerca de vinte anos. Saudades do 1º Presidente da Junta, , Sr. João Oliveira, no tempo em que o troley ainda ia a Gualtar.Fazia do seu carro a sede da Junta. Na mala, papel selado, selo branco, carimbos e demais panafrenália para cumprir o seu dever.
ResponderEliminarAgora Gualtar, apesar das múltiplas habitações que se foram construindo é uma péssima freguesia para se viver. Veja-se o exemplo da Encosta do Sol: prédios de apartamentos construídos à frente de casas unifamiliares, bombas de gasolina quase coladas a prédios de habitação, ruas com carros a mais sem espaços para estacionar já que os estudantes ocupam tudo. Falta a Gualtar ciclovias na variante do Fojo, e na nacional de Braga a Chaves, um parque arborizado, uma piscina coberta que sirva a Eb2e3 durante o dia e os Gualtarenses fora do horário escolar ( a eb2e3 tem espaço para poder ser contruída), um centro de estudos tipo Universidade Sénior para os idosos, que se acabem as idas à Quinta da Malafaia como bem referiu e os curssos de concertina e se proporcione antes um centro de aprendizagem e música clássica pra os jovens.
A variante do Fojo está mal concebida, tem demasiadas rotundas, mal implantadas e com demasiados ramais.
ResponderEliminarExecutar mais uma, é em minha opinião, agravar a situação.
Deveria ser estudada a possibilidade de construção de passagens desniveladas.
Também eu sou um gualtarense, há quase 25 anos. Pelo menos na minha zona não tenho conhecimento desses problemas de insegurança, mas acredito piamente que os haja.
ResponderEliminarSe calhar, como alguém aqui já disse, a freguesia merecia já ter uma esquadra da PSP.
Nela está instalada uma das maiores universidades do país que com ela trouxe um acréscimo populacional e um desenvolvimento urbano desmesurado que, como quase sempre em Braga, foi desregrado e sem qualquer planeamento.
Em suma, falta em Gualtar o que falta em outras freguesias que cresceram exponencialmente nos últimos 20 anos: planeamento. Agora só haverá lugar a remendos.
Outra nota:
Causa-me asco e lembra-me que ainda somos muitas vezes, demasiadas, um povo terceiro-mundista: as filas aos domingos para o McDonald's e - mais do que isso - a autêntica lixeira que aqueles animais provocam! É uma vergonha! Claro, as autoridades só actuarão depois de muito alertadas. Só que o problema aqui é de educação (de falta dela), de higiene, de brio pelo espaço público, enfim, de respeito pelos outros. Terceiro Mundo.
As pessoas vão ali buscar comida, não se importam de esperar largos minutos para comerem aquela porcaria, comem no carro e depois, não satisfeitos, deixam as embalagens no chão porque os caixotes deo lixo existentes (1? 2?) já estão cheios! Não terão elas caixote do lixo em casa?
GS
Depois a actuação das forças de segurança perante os três jovens que tocaram os sinos da igreja da Senhora-a-Branca, fica demonstrado que afinal é fácil conseguir policiamento para as nossas zonas de residência.
ResponderEliminarEm vez de contratarem guardas-nocturnos, as populações que se sentirem inseguras têm é de se munir de um sino, que deverá ser accionado cada vez que houver movimentos suspeitos ou há muito não se avistar um agente da autoridade.
Recomenda-se desde já a sua aquisição na Serafim da Silva Jerónimo & Filhos, Lda (http://www.jeronimobraga.com.pt/), uma empresa bracarense que está a comemorar 75 anos.
A empresa garante no seu site que “os sinos podem ser tocados manualmente ou por intermédio de sofisticados sistemas computorizados”, pelo que caberá a cada zona decidir o método mais eficaz de accionar o sistema de alerta. Com o tempo, as autoridades habituar-se-ão a distinguir os diferentes toques...
Quanto à parte das árvores, o segredo está claramente na mobilização da população sénior. Há que convencer os idosos a dizerem aos autarcas locais que só vão à Malafaia, ao Santoinho, a Fátima ou a alguma sede do PS em noite eleitoral se forem plantadas árvores. Como nenhum presidente de Junta quer passar pela humilhação de não ter conseguido juntar idosos suficientes para encher o autocarro cedido pela Câmara, é certo e seguro que o número de árvores aumentará rapidamente...
Em relação às promessas eleitorais por cumprir, a solução também é simples: deixar de ler a propaganda eleitoral. Em alturas de campanha eleitoral, nada como colar o autocolante “publicidade não, obrigada” lado a lado com o aviso “cuidado com o cão”, onde constará a fotografia do cão mais feroz que se arranjar na Internet. Assim não há o perigo de, num momento de fraqueza, espreitarmos as promessas eleitorais e ficarmos com expectativas! Convém não facilitar ou ainda acabamos a exigir aos políticos que façam efectivamente alguma coisa!!!
Parece que não sabem, mas eu digo-vos:
ResponderEliminarA criminalidade é geral em Braga. Muito superior ao que pensarão...
Os números apresentados, a criminalidade participada é uma insignificância com aquilo que se passa. Hoje os cidadãos, na sua maioria, só se queixa criminalmente, se a participação policial for obrigatória para a cobertura pelo seguro.
Mas sobre Gualtar, a JUNTA de Freguesia também já foi assaltada... sabiam? compraram um alarme... podem vê-lo lá!
Cumprimentos
Tomei conhecimento do que diz no seu blog.
ResponderEliminarescuso-me a fazer comentário. Como sou mais homem de acção do que de palavras, convido o autor do blog Sr. Pedro Morgado e todos os que nele comentam a conhecer a freguesia e as competencias de uma Junta de Freguesia. Assim parece-me bem encomtrarmo-nos, todos no dia 1 de dezembro às 9.00 para conversarmos e visitarmos a freguesia. gualtar e os Gualtarenses não podem ser alvo de critica sem se defenderem.
Quem não aparecer e poder comigo esclarecer o que foi dito independentemente da sua postura política oi cívica, não tem o direito o direito intelectual de dizer o que diz.
se não for possivel o dia e à hora marcada, podem encontrar-se comigo encontrar-se de segunda a sexta-feira, já que a Junta abre de segunda a sexta das 9:00h às 20:30h, ou marcando o n.º 936625530
João Nogueira
Se calhar o senhor não fala do mesmo Gualtar que eu, ou então escreveu o seu post de óculos "partidários" que afectam um pouco a forma de ver o mundo que o rodeia. Caro Pedro Morgado, era bom que ao fazer estes comentários "baratos" fosse mais objectivo e concreto introduzindo neles notas de boa solução para os problemas. Isso sim é ser crítico construtivo e cidadão participativo. Existem assaltos sim senhor mas quer o quê? que os políticos (que não são polícias) vão atrás dos ladrões? quer que se faça uma campanha para a aquisição de "dobermans"?. Assaltos hoje existem em todo lado, e por sorte cá só acontecem cá 1 vez por mês! (este é o mumdo real em que se vive numa grande cidade).
ResponderEliminarPreocupa-me ainda a intervenção sobre as árvores. Objectos que, não podendo ser plantados em cima dos telhados, desaparecem naturalmente com a construção dos novos loteamentos, das escolas EB1 e EB23, das Universidades, dos centros de saúde, das instalações desportivas (e são 4 por cá), dos Jardins de infância e até dos novos hospital central (onde sonha poder um dia vir a trabalhar).
Uma questão directa: se tiver as árvores à porta de casa é capaz de as regar e limpar as suas folhas no outono? ou por contrário é mais um dos que, depois de ter as tais árvores, vai queixar-se para que sejam reguadas, para que sejam podadas e para que lhe limpem as folhas do "seu" passeio?
Para resumir, o que disse atrás, voçê fala muito de nada, porque não lhe falta nada. Tem tudo o que muitos gostariam de ter nos próximos 20 anos. Sobre isso nada diz. Q
ualquer Gualtarense, de à 20 anos, só pode rir-se do título do seu Post "Freguesia abandonada".
Meu caro, apesar de tudo, crescer tem custos e temos de viver com eles.
Acho que para existe uma solução interessante si (se me permitir o conselho). Se comprar uma casa em " Freixo de Espada à Cinta" (terra que bem conheço) poderá usufruir de tudo que deseja: árvores, sossego, animais selvagens, espaços verdes (muitos hectares), posto da GNR a 15 metros de casa, sede do poder político a 25 metros de casa, jardim a 2 metros de casa, piscina a 5 Km metros de casa, famácia a 12 km de casa, hospital a 120 km de casa, cinema a 250 km de casa...e marginais bem longe porque não querem lá viver. Será esse lugar que pretende? se a resposta é sim, então boa viagem :)
Fui convidado a ler o post.
ResponderEliminarComo membro da Junta de Freguesia tenho que dizer uma coisa ao Pedro Morgado, que aliás conheço pessoalmente, e a quem reconheço alguns créditos:
- nunca o vi(desde à 12 anos) numa Assembleia de Freguesia nem tenho nenhum registo escrito seu nos nossos serviços, das queixas que aqui relatou. Por isso, não reconheço de modo nenhum o seu titulo de cidadão participativo.
Tal qual lhe foi dito pelo Sr. Presidente, no dia 1 também estarei lá para o cumprimentar, para lhe mostrar que está muito enganado no que diz e sobretudo para lhe fazer ver que Gualtar é bem maior e mais interessante do que o que pensa.
É preciso é precorrer o seu espaço e estar bem informado.
Um abraço
João Vieira
Eu fiu convidado a ver este blog, e não posso deixar de ficar no minimo indignado com aquilo que acabo de ler. Como Gualtarense sinto-me inclusivamente ofendido com tamanha estupidez.
ResponderEliminarIsto é de meninos mimados que nada têm para fazer, e mais, não querem, porque se quizesse poderia sempre sair de casa percorrendo as ruas de Gualtar e reparar na diferença grotesca entre, aquilo que escreve e aquilo que é a realidade da freguesia. Já agora posso também aconselhá-lo no percurso; Então vejamos, se sair da rua Julia Maria Queirós e for em direcção à Universidade do Minho, mas passar junto às futuras instalações do Hospital Ciencias da Saúde, e, estou certo que no futuro seria um percurso que lhe interessaria fazer, poderia ver as arvores que propala, em vez de se esconder cobardemente atrás de um blog.
Para terminar, um cidadão participativo é um cidadão que intervem propondo e para isso existe um espaço próprio que é a assambleia de freguesia.
Quando não se pode atacar a mensagem, ataca-se o mensageiro...
ResponderEliminarAs questões abordadas são factuais: as árvores não existem, os cruzamentos de cinco saídas estão à vista de todos, a rotunda foi prometida e está por fazer, o crescimento tem sido desorganizado e o clima de insegurança e impunidade é geral. Aliás, não se percebe a surpresa e indignação do senhor Presidente da Junta quando o próprio, segundo o DN, «pediu à GNR que reforce a vigilância ».
Mesmo dispensando uma visita a uma Freguesia que me é sobejamente conhecida, terei todo o gosto em debater os problemas da Freguesia com o Senhor Presidente da Junta, quando a agenda mo permitir.
Por outro lado, lamento que o senhor José Vieira não se recorde das questões que lhe coloquei oralmente. Ou as queixas, para serem registadas, têm de ser apresentadas por escrito? Ou podem ser orais, desde que colocadas na Assembleia de Freguesia ou no horário de atendimento da Junta de Freguesia?