Este caso está a permitir ver mais do que imaginámos:1. O Governo e a Federação Portuguesa de Futebol têm um peso para as agressões praticadas por jogadores e uma medida para os comportamentos idênticos prepetrados por Scolari;
2. Os apoios que Scolari tem recebido vão para além da normal solidariedade. Gratidão por escolhas contestadas e desportivamente injustificadas?
3. Scolari não tem que ser convertido numa espécie de bode expiatório para as nossas frustrações desportivas recentes mas não pode deixar de assumir as responsabilidades e consequências dos seus actos. A demissão é a única saída.
4. O apoio dos jogadores à inaceitável agressão (ou tentativa, não importa!) a um COLEGA DE PROFISSÃO demonstra um servilismo que enoja. Estarão mais interessados em garantir um lugar na selecção do que em defender a ética e o fair play desportivos?
5. Se se confirmar a manutenção de Scolari no cargo, somos compelidos a concluir que os apelos da Federação, da Liga e do Governo ao Fair Play, em campanhas com altos custos financeiros, não passam de fantasia e hipocrisia.
Acho tudo isto um exagero!
ResponderEliminarO homem não é santo nenhum (longe disso), mas também não é tão demónio como o querem pintar.
Até a FIFA aceita que as situações podem descambar, quando elegeu Zidane o melhor do mundial depois de ter dado uma cabeçada (e que cabeçada!!!) num "colega de profissão". No final até o italiano agredido lhe pediu desculpa!?:\
É claro que eu preferia o Mourinho ou o Queirós para a selecção, mas sendo isso para já impossível, vamos mandar o scolari embora e calha-nos o quê na rifa???
"O apoio dos jogadores à inaceitável agressão (ou tentativa, não importa!) a um COLEGA DE PROFISSÃO demonstra um servilismo que enoja."
ResponderEliminarPerto de mim gostar de polémicas, mas, ainda assim, hoje não é isso que aqui me traz. Relembro só o apoio que o autor deste blogue deu à iniciativa perpetrada - um jantar convívio, se não estou em erro - pela Associação Comercial do Minho e pela A. Industrial do Minho - entre outros digníssimos aglomerados de brilhantes cidadãos bracarenses - com o intuito de apoiar o Sr. Névoa, esse impoluto homem de negócios... Ora, servilismo por servilismo, ou nojo por nojo, venha o diabo e escolha, não é?
também não concordo com a demissão do scolari. por esta altura temos que deixar que ele seja castigado pelo que fez (e não o que pintam que ele fez - o exemplo zidane é perfeito). e estarmos principalmente ao lado da selecção a bem da paz necessária ao apuramento.
ResponderEliminarCaro anónimo,
ResponderEliminar1. O caso Zidane é um mau exemplo e eu tive oportunidade de o escrever na altura.
2. O facto de eventualmente não termos um substituto à altura não pode servir para branquear o acto de Scolari.
Caro Dr. Etcétera,
1. Considerar "naturalíssima" um "demonstração de amizade a um homem que tem sido acusado publicamente sem que nada tenha sido ainda provado" é bom diferente de apoiar uma iniciativa.
2. No caso que refere, não há uma relação de poder directa entre o homenageado e os que se solidarizam.
3. No caso Bragaparques, não há uma agressão a um colega de equipa.
Caro "Fernando Pessoa",
ResponderEliminarCeder aos princípios é bem mais grave que ficar de fora do Europeu.
Este post fez-me soltar uma enorme gargalhada!!!
ResponderEliminarNo euro 2004 o homem foi endeusado, assim como no mundial 2006... Agora comete 1 erro e não tem direito ao apoio de uma nação que ajudou a promover como ninguém...
Caro Pedro Morgado, os portugueses têem memória curta e apesar de não gostar do Scolari e de muitas das suas opções, eu vibrei no euro 2004 graças a ele, eu vibrei no mundial 2006 graças a ele...
Ele juntou os portugueses em volta da selecção como ninguém, e mais do que ninguém precisa do nosso apoio, como o teu melhor amigo precisa de ti quando faz merda... Mas acho que a tua opinião é TIPICA de português...
Eu acho que o Principio da gratidão está bem acima do da demissão.......
ResponderEliminarPedro, enfim, não concordo. Parece-me que a "naturalidade" do acto dos jogadores é tão ou mais justificada do que o apoio de alguns sectores bracarenses ao Sr. Névoa.
ResponderEliminar"não há uma relação de poder directa entre o homenageado e os que se solidarizam."
Não entendo o que isto significa.
Por fim, Abílio, a tua opinião é que é típica dos portugueses: confundir as questões e falar muito alto sempre que não percebem o que lhes dizem.
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ResponderEliminarGostaria aqui de dizer q Scolari, a quem não endeusei nunca pois acho que logo desde o início do EURO2004 se fartou de fazer os seus disparates tácticos e manter a sua postura arrongante e omnisciente e o resto a seus pés.
ResponderEliminarSinceramente, tenho que admitir que não vejo com bons olhos a sua saída da Selecção neste momento de dificuldades. No entanto, consigo ver alternativas boas e dispostas a isso se se concretizasse o pegar o leme e guiar a nau a bom porto: Carlos Queiroz
Acho que a situação se resolveria com naturalidade se Scolari baixasse a crista e se demitisse. De seguida viria Madaíl, que tem estado no silêncio para ver de que lado é que está a melhor onda como sempre fez, e não aceitaria a sua demissão. E estava o assunto arrumado.
A solução passa por Scolari porque: Como Scolari ainda tem o apoio popular seria melhor que ter outro seleccionador, que nem que fosse o Mourinho, iria sempre ver o seu trabalho prejudicado pois como já se viu, Scolari lançou as suas metástases e, infelizmente, essas mesas metástases, contaminariam sempre o trabalho de quem o sucedesse nesta fase.
«Até a FIFA aceita que as situações podem descambar, quando elegeu Zidane o melhor do mundial depois de ter dado uma cabeçada (e que cabeçada!!!)»
ResponderEliminarO Zidane não foi eleito pela FIFA propriamente dita... e foi eleito no intervalo do jogo. Não existe comparação possível.
Caro Dr. Etcétera,
ResponderEliminarO que eu quis dizer é quem se solidarizou com o dono da BragaParques foram os seus amigos e não pessoas sobre as quais ele tinha uma relação de poder directa. O seleccionador tem o poder de escolher, tendo as suas decisões nesta matéria impacto na vida e na carreira deles.
Caro amigo Abílio,
Não nego ser português. No entanto, nesta matéria, até me parece que estou em minoria e que os portugueses até toleram a violência. Agora vires-me dizer que se fosse um árbitro era diferente é que eu não consigo perceber.
Caro anónimo dias,
Por considerar que o seu comentário é ofensivo para terceiros com insinuações que ainda estão em análise na Justiça terei que apagar o comentário. Espero que compreenda.
Caro Dr. Etcétera e amigo Pedro Morgado;
ResponderEliminarTudo o que quero dizer com aquelas palavras é que acho que a gratidão está acima de tudo, pelo menos para mim. Acho que, tendo em conta tudo aquilo que o Sr. Scolari fez pelo futebol português (2º Lugar no Euro2004 e 4º no Mundial2006, união nacional, bandeirinha na janela e afins), ele merece uma segunda oportunidade. Apesar de não gostar dele, penso que aquilo foi APENAS uma noite menos boa.
Ele fez por merecer isso de nós portugueses.
Quanto à agressão a um árbitro, sendo ele a entidade de rege pelas leis do futebol (durante 90 minutos), está acima de qualquer jogador ou treinador, e como tal devem ser protegidos de forma especial.
Tenha vergonha do que fez Scolari!
ResponderEliminarCaro Abílio,
ResponderEliminarè minha opinião que deveremos sentir tanto respeito pelo que fez Scolari pela selecção como o que fez João Pinto por esta (e este teve muitos mais anos de dedicação). Ou mais uma vez acha que Scolari merece mais respeito porque teve melhores resultados ou porque teve um cargo de mais AUTORIDADE?.
Tanto um como outro podem de facto ser defendidos que o fizeram de forma emotiva e por sentirem a equipa e a bandeira.
Não se pode é defender que Scolari corresse João Pinto da selecção como "persona non grata" e agora que é ele a passar para o outro lado da barricada peça desculpas, a UEFA espeta-lhe meia dúzia de meses de suspensão ainda a tempo do EURO e está o assunto arrumado. Eu até entenderia isso se Scolari não estivesse a ter dois pesos e duas medidas.
Cá em minha casa, entre quem entre, qualquer que seja o seu cargo ou a sua autoridade são todos iguais. Para Scolari pelos vistos, uns são filhos da mãe, outros são filhos da .....(esqueci-me do resto)
caro beg,
ResponderEliminarentendo perfeitamente o teu ponto de vista e concordo que em parte tens razão e que o tratamento deveria ser igual para todos. Se calhar, se Scolari fosse português, este já estaria na rua... Mas continuo a defender que o homem merece uma segunda oportunidade...
oxala sejamos eliminados.
ResponderEliminarJa nao posso com esta merda de selecção e com este orgulho bacoco criado pelo futebol.
Podemos passar fome, o governo roubar dinheiro ao norte, os nossos familiares serem obrigados a emigrar, enfim foderem completamente o norte, que vem o futebol e faz com que se esqueça tudo e passemos a amar este ridiculo país do norte ao Al-Gharb.
Esta nao é nem nunca foi a minha selecção. A minha selecção é uma selecção do Norte, so com jogadores do Norte, que seria chamada de Calécia ou PortuCALE (ja que os mouros usam o nosso nome).
Escrito por mim no Aromas de Portugal, mal acabou o jogo.
ResponderEliminarTodos cometemos erros, mas o selecionador dos sub 21 foi embora por menos...
QUE PÉSSIMO EXEMPLO
Tinha dito que perdêssemos ou ganhássemos, não diria mais que: -viva Portugal, mas não o posso fazer.
Tenho que gritar muito alto que, quem ganha milhões de Euros por ano, à custa de Portugal e dos portugueses, não pode cometer actos menos sérios.
Portugal empatou. Não mereceu mais. O árbitro talvez não tenha sido muito feliz nalguns lances, mas é apenas isso, um empate em desporto, mesmo não sendo o resultado que nos interessava, é apenas um empate.
Os jogadores nada fizeram para merecerem a vitória.
Bolas, um treinador estrangeiro descontrolado, que aufere um ordenado que insulta todos os portugueses, cobardemente soqueia um jogador adversário e foge para trás dos elementos da sua equipa técnica. Brassard teve que agarrar o jogador adversário.
A arrogância de Scolari merece um ponto final, mesmo que consiga o apuramento...
Tantos jovens a ver o jogo. Que aprenderam?
Tal como comentei em sociologavense.blogspot.com:
ResponderEliminarSe não andasse muito cépicta em relação às questões divinas diria "Deus sabe o quanto sempre desconfiei de Scolari"! Não gosto dele. Nunca gostei. Acho que nunca foi um treinador extraordinário e sempre se exagerou os seus méritos desportivos. A imagem que se criou à volta dele não passa de uma promoção de Marketing prepertada pelos "Danieis Oliveira" deste país e alimentada pela incompetência de presidentes (leia-se Madaíl) que nunca tiveram inteligência e capacidade suficiente para fazer boas escolhas e, por isso, quiseram tapar olhos e vangoliar-se com escolhas "razoáveis"! Se Scolari fosse um excelente treinador não teria hesitado 1 minuto, antes do Euro 2004, em conceber um sistema de jogo cujo meio campo (para não dizer toda a defesa)fosse constituído pelos jogadores do FCP campeão europeu, que para além da qualidade futebolística apresentava uma rotina de jogo que só podia trazer vantagens. E isto é só um exemplo. Scolari cimentou a sua alegada liderança prejudicando pessoas que não pediram para serem usadas.
Mas, apesar de tudo, acho este caso da agressão um bocado exagerado. Admito que (embora muitas vezes não o pareça) Scolari é humano e também tem o direito de agir a quente. Acontece a todos, não sejamos cínicos. Teve foi o azar de o ter feito em público.
Já agora, abílio, é muito nobre da tua parte referires a palavra gratidão quando falas de Scolari. Ele que parece esquecer-se constantemente que essa palavra existe...
Eu tal como os jogadores apoio o Scolari. Não esqueço o que ele já fez pelo futebol Luso, nomeadamente pela nossa Selecção.
ResponderEliminarObviamente que aquele acto é de todo reprovável, mas daí à demissão NÃO.
Este era apenas um argumento para aqueles que não gostam do Sargentão aparecerem de novo com o peito.
Aquando dos nossos êxitos hipocritamente dão os parabéns a Portugal.
Pedro nao sei se sabes mas o norte é Galaico, não é luso.
ResponderEliminar"Já agora, abílio, é muito nobre da tua parte referires a palavra gratidão quando falas de Scolari. Ele que parece esquecer-se constantemente que essa palavra existe..."
ResponderEliminarConcordo plenamente que essa palavra não deve constar no dicionário do Sr. Scolari... Ele sabe que merecia ter sido despedido mas, pode ser que ele aprenda qualquer coisinha com isto... 1 pedido de desculpas ao Baía por nunca ter explicado porque o riscou da selecção. Ao João Pinto, por não ter dado uma palavra e o ter riscado também. Ao Costinha, pelas mesmas razões do Baía...Enfim...Quimeras...lol