O Professor Cândido Oliveira retoma a questão do abandono do Norte, enquanto todo, do mapa informativo do país. A questão ainda é mais séria e grave quando a própria RTP discrimina o terceiro maior distrito e a terceira maior cidade do país. E o exemplo das televisões privadas ainda é pior. Neste âmbito, tal como afirma o Professor de Direito, o Jornal de Notícias é, em termos de imprensa, o único órgão nacional que vai dando alguma atenção ao Norte e, em particular, ao Minho.
A nossa imprensa reflecte bem o país. Os principais jornais diários estão em Lisboa e no Porto. Por sua vez, os principais semanários estão todos em Lisboa. Esta imprensa retrata um país que é, no essencial, Lisboa e, depois, o Porto. O "resto" conta pouco.
O lugar que a Região Norte de Portugal tem na imprensa é bom exemplo disso. É verdade que jornais não faltam. Temos várias dezenas (poderíamos arriscar mais de um centena) de jornais semanais ou quinzenais, quase todos de âmbito municipal, alguns jornais diários de difusão limitada (Braga, por exemplo, tem dois jornais diários), um jornal diário de âmbito nacional e larga difusão (Público), com uma edição "Porto" e outra "Lisboa" (sem indicação de sede na ficha técnica) e um jornal diário também de grande expansão, o Jornal de Notícias (JN), com sede no Porto. A nossa região é, salvo Lisboa, a mais rica do país em notícias. E, no entanto, não há um único jornal que cubra os acontecimentos da região Norte entendida como um todo.
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mesmo o prórpio Porto já conta pouco!
ResponderEliminarindependencia mas é.
ResponderEliminaracabavam-se os problemas e seriamos muito mais ricos
e ja nao tinhamos de jogar com clubes mouros para a liga
era so clubes galaicos e nos a antiga capital da Galécia seriamos um clube ainda mais rico e poderoso
Que eu saiba, a terceira maior cidade (talvez Loures, talvez Amadora)não fica no terceiro maior distrito (talvez Braga).
ResponderEliminarAlter Ego:
ResponderEliminarPor em dúvida que Braga é a terceira cidade do país em relação a outras capitais de distrito ou outras cidades cuja a identidade cultural, a realidade histórica e a Idiossincrasia geográfica são relevantes ainda vá que não vá. não concordaria, mas mesmo assim gostaria da discussão.
Agora dizer que uma cidade satélite, onde as pessoas não se afirmam ser de lá, mas sim de Lisboa, (como grande parte das pessoas que falo que são de loures e da amadora, dizem sempre que são de Lisboa)é a terceira cidade do país;
Quando são cidades sem identidade própria, como loures e amadora, que não se conseguem distinguir da cidade de Lisboa, levando apenas a melhor no que ao custo de habitação diz respeito, sendo que as pessoas preferem morar nelas porque é mais barato que morar em lisboa, continuando na capital a levar o seu dia a dia, a terceira cidade do país;
Então permita-me que lhe diga que deve andar enganado porque a meu ver, a grandeza de uma cidade nao se mede somente pelo numero de área que ocupa, ou pelo numero de habitantes que tem, e desconheço qual a diferença entre a área e o numero de habitantes entre as cidades de Braga, Loures e Amadora, agora posso afirmar que Braga se distingue de todas as outras cidades do país e estar em Braga não é o mesmo que estar no Porto. Já as cidades de loures e da amadora não podem dizer o mesmo.
Caro Alter Ego,
ResponderEliminarBem sei que Loures e Amadora são cidades com mais gente que Braga. Mas é gente que lá vai dormir.
Excluindo as áreas metropolitanas, Braga é a terceira cidade do país. Tem dúvidas?
Em Portugal, é natural que a Amadora e Loures tenham mais tempo de antena que Braga.
ResponderEliminarO problema é que as razões pelas quais aparecem nos telejornais é que não são as melhores.
A imagem que a Amadora ou Loures têm em Portugal é de cidades sem qualidade de vida e com muita criminalidade.
Com esta comunicação social, caro Alter Ego, prefiro que Braga não apareça nas notícias!
Têm toda a razão, meus caros Pedros, Teles e Morgado.
ResponderEliminarDe facto, numa discussão do género a minha é maior do que as vossas, não tenho dúvidas de que Braga seja até a primeira. Em tudo. A seguir às que lhe estão à frente, claro. Não me parece que, lá por serem designadas de dormitórios, ou terem fama de perigosas (então, e Braga é o quê?) deixem de ser cidades e deixem de ser maiores. Portanto, mesmo que Braga se ponha em bicos de pés, falta-lhe "um bocadinho assim" para ser "a terceira maior cidade do país".
Porém, não deixem morrer o optimismo: à força de danoninhos, Braga ainda lá chega.
Notarei que me parece que a questão está mal colocada, desde início: a questão que se coloca não será de tamanho (em termos populacionais, Braga é, segundo o INE, a 5.ª cidade do país, a seguir a Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia e Amadora; em termos territoriais, fica bem abaixod essa posição), mas sim de relevância, essa sim passível de diferentes interpretações, mesmo aquelas que podem ser melhor iluminadas pela chama bairrista.
Uma coisa é dizer: "a minha é maior do que a tua". Na dúvida, mede-se e resolve-se a contenda, havendo-a. Outra, bem diferente, é dizer que "a minha é mais bela do que a tua". Aí não se admite discussão.
Ou seja: ou estou enganado ou aqui temos um bom exemplo de como um argumento infeliz disparatado dá cabo de um bom argumentário.a
Agora, deixando de lado o argumento lateral e indo ao cerne da questão, direi que há, de facto um sério problema de informação em Portugal. Que não tem só a ver com o Norte, mas com toda a “paisagem” (“Portugal é Lisboa, o resto é paisagem”). As regiões de fora de Lisboa (e, vá lá, conceda-se, do Porto), apenas podem aspirar a abrir o Telejornal se houver um ataque da lagarta dos pinheiros, se um puto for internado com meningite, se for raptada (?) a filha de uns ingleses, ou se houver uma tromba de água, uma inundação ou um incêndio dos grandes.
ResponderEliminarFoi com esperança que eu vi o jornal Público acabar com o suplemento local “Minho”, porque me irritava sair daqui e não ter notícias sobre a minha região, porque estas eram publicadas num caderno que só se vendia no Minho. Pensava eu que iríamos ter mais notícias sobre o que aqui se passa no corpo nacional daquele jornal. Enganei-me redondamente, confesso. O que passei a ver, foi que as notícias sobre o Minho passaram a disputar uma nesga de espaço no suplemento local Porto, que só tem distribuição no Norte.
Como é que isto se resolve? Não estou a ver bem. Os jornais ditos nacionais continuarão a ser, de facto, jornais locais de Lisboa e/ou do Porto. Se fosse possível fazer nascer projectos de informação, a partir daqui, mas com ambições nacionais, talvez o quadro pudesse vir a ser um pouco diferente.
Caro Alter Ego,
ResponderEliminarNo essencial estamos de acordo: excluindo as Áreas Metropolitanas, Braga é a maior cidade do país.
Em bom rigor é a quinta, mas em termos de centros urbanos é o terceiro maior do país.
pedro,
ResponderEliminaresqueci-me de dizer que utilizei este teu post no "A Culpa é do Médico".
quanto à discussão loures ou amadora, acho que não podem ser consideradas a 3ª maior cidade do país uma vez que na sua grande maioria são habitadas por estrangeiros (cabo verdianos, etc...).
Caríssimo Pedro Morgado,
ResponderEliminarEm bom rigor, o concelho de Braga tem, segundo o último censo (2001), o quinto maior centro urbano. Se falarmos de concelhos cuja sede seja um centro urbano, Braga fica um pouco mais abaixo, tanto em em população, como em território. Em bom rigor.
Ok alter ego. Deu para perceber a tua posição. Cumps.
ResponderEliminarCaro Alter Ego,
ResponderEliminarNo números estamos de acordo. Obviamente.
Cumprimentos.
Caro osso,
ResponderEliminarDesculpe que lhe diga mas esse seu argumento de "que na sua grande maioria são habitadas por estrangeiros" também se aplica a Braga, que é a cidade do Minho com mais brasileiros por m2.
Apesar dessa afirmação jocosa em relação aos estrangeiros, tenho que discordar quando à "aglutinação" de Braga pelo "brasil".
ResponderEliminarPor todo o país existem muitos brasileiros, mas tenho que confessar que em Braga nunca me deparei com nenhum, apesar de lá ir com relativa frequencia. Contudo nos arredores do Porto essa comunidade parece que nasce em cada canteiro.
Espero que não tenham considerado as minhas palavras (as primeiras principalmente) ofencivas. Não foram utilizadas com esse propósito.