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Se substituírem a palavra "homossexual" por "preto", "chinês" ou "judeu" em muitos dos textos que escrevem por aí depressa compreendem o que é a homofobia. Não é por ser socialmente mais aceite que a homofobia é moralmente menos repugnante do que o racismo, a xenofobia ou o ódio inter-religioso.

4 comentários:

  1. O pior é que um xenófobo raramente reconhece que o é, pior ainda quando se trata de homofobia. Não reconhecem sequer que a xenofobia se manifesta e dá-se a conhecer das mais variadas formas, perfeitamente perceptíveis nas palavras dos textos que escrevem ou dos comentários que exibem, por exemplo, na televisão.

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  2. Excelente comentário. Eu fiquei muito triste com as coisas que ouvi na televisão no Pros & Contras. A imbecilidade não tem fim?

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  3. "Não é por ser socialmente mais aceite que a homofobia é moralmente menos repugnante do que o racismo, a xenofobia ou o ódio inter-religioso."

    Concordo com o argumento.

    Se substituírem gays por irmãos perceberiam a impossibilidade técnica de alguns argumentos. Não é por ser socialmente mais aceite que a oposição ao incesto é moralmente menos repugnante do que o racismo, a xenofobia ou o ódio inter-religioso.

    Não é por a homofobia ser socialmente mais aceite que a xenofobia que é moralmente menos repugnante. É por a homofobia ter as mesmas ou piores consequências:
    Aliena o indivíduo da sociedade não permitindo que ele viva a sua liberdade pois recusa-lhe a integração.
    Passo a explicar, a homofobia é péssima e é insultuosa a discriminação com base em opções sexuais. (ponto)
    É portanto de excluir qualquer validade a um texto que tenha por base este axioma.

    Ao afirmar a exclusão da homofobia, afirmo, não a homosexualidade, mas a igualdade.
    Caindo no pano oposto, ou seja, denegrindo a igualdade e a possibilidade de integração na sociedade, estou a afirmar gritantemente a homosexualidade.
    Não me parece também correcto à primeira vista este argumento, que não procede pois continua a descriminar e tornar evidente algo que devia ser igual. Podemos contudo afirmar uma necessidade de protecção desta minoria, mas não foi criando possibilidades diferentes da realidade (um contrato de formação de família que permite uma união homosexual é diferente de um contrato de formação de família que permite somente a união heterosexual senão não haveria esta discussão) que o racismo, a xenofobia ou o ódio inter-religioso foram combatidos.
    Não foi descaracterizando os institutos que os precediam que se promoveu ao seu término, porque por exemplo, de que serve criar um cabeleireiro para pessoas calvas? Não é por não ter cabelo que não posso ir ao barbeiro. É necessário então, permitir a integração e a igualdade. Como fazer? Não me parece que dar uma peruca seja a solução, mas talvez um capachinho, um capuz.
    Não é que me sinta constrangido por ser calvo, mas se quero ir ao barbeiro, tenho de ter cabelo.
    Se me quero casar, tenho de o fazer com uma mulher.
    A igualdade nos casos de racismo, xenofobia ou ódio inter-religioso resolveu-se pela integração, não pela mudança dos autocarros, pela venda de djambés a Suecos ou pela construção de "Sinamesquitas".
    Pela Igualdade e não homofobia, vamos debater seriamente este assunto.

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  4. O racismo levou alguns anos e campanhas anti-racismo para ser menos aceite que a homofobia. E ainda assim existem ainda muitos comentários que cheiram a racismo escondido pela vergonha de o ser.

    Está na hora de a luta contra a homofobia ganhar tanta força como o Todos diferentes Todos iguais, para que seja também uma vergonha para quem seja "anti-homossexualidade".

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