Adopção Caso a Caso
© Rosedevenice
O meu amigo João Moreira Pinto escreve que a adopção deve ser decidida «caso a caso», confiando aos assistentes sociais a «liberdade de decidir». O princípio parece-me justo e operativo, na medida em que confia aos que estão no terreno a selecção dos melhores condições para o crescimento e desenvolvimento das crianças adoptadas. Contudo, e apesar de reconhecer que a decisão deve ser tomada caso a caso, o João não se isenta de fornecer a receita que deve ser seguida pelos assistentes sociais: primeiro os heterossexuais, ricos, saudáveis, não violentos e por aí fora... No fundo, o que o João desejava era arranjar uma Barbie e um Ken para cada criança, uma ilusão que eu também já tive mas que depressa abandonei quando percebi que o mundo não é preto, nem branco, nem cor de rosa. Além do mais, estou certo de que a defesa dos interesses da criança não passa pela inexorabilidade da precedência destas Barbies e Kens sobre os Antónios e Marias, os Joões e Pedros e as Susanas e Catarinas do Portugal real. Analisemos caso a caso, ok?
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Pedro,
ResponderEliminarO ideal para a maiorira dos casos seriam realmente «os heterossexuais, ricos, saudáveis, não violentos». Acrescentaria com cão, gato e um grande jardim para a criançada brincar. A maioria das vezes não pode ser assim e realmente não existe uma fórmula única. Mas o post é exactamente a propóstido dos 'casos' e isso vem exemplificado no posts a seguir.
Abraço
JMP
João,
ResponderEliminarEstamos de acordo que não deve existir uma fórmula única. Mas eu acho que não podemos hierarquizar da forma que o fazes porque isso é extremamente perigoso. E carece de fundamentação. A chave é analisar caso a caso sem necessidade de estabelecer hierarquias de precedências.
Quantas vezes a defesa do interesse da criança não depende de pais «heterossexuais, ricos, saudáveis, não violentos»? Aliás, o crescimento hermético numa estrutura social higiénica é profundamente desestruturante.
Abraço,
PM
Essa família de que fala foi fundada pela Nossa Senhora Virgem Maria e pelo seu esposo, São João. É nela que nos devemos inspirar e a ela que devemos defender se quisermos alcançar a plenitude e o Reino dos Céus.
ResponderEliminarMuito se enganam os que pensam que os heterossexuais, ricos, saudáveis, não violentos e por aí fora não têm os seus podres bem deletérios para a formação das crianças.
ResponderEliminarConheço tantos quequinhos que se meteram nas drogas ou cujos pais foram apanhados na cama com outros ou cujas mães levavam porrada de meia noite sem ninguém os imaginar violentos ou cujas filhas se prostituíam ou cujas festas incluíam cocaína e afins... Isso são tudo clichés meu caro João Moreira Pinto.
há muito tempo não lia um texto tão correcto, tão ponderado, tão moderado e tão inatacável por aqui. pode discordar-se, mas dificilmente se encontram argumentos sérios para rebater o que leio aqui. parabéns.
ResponderEliminarisaura coelho
Isaura, o seu comentário foi editado para retirar a publicidade.
ResponderEliminaró caro guilherme gomes e sousa, tanta dedicação e fé e tamanha gralha. afinal a senhora dona virgem maria casou com o sr. joão (primo em segundo grau e ainda mal nascido) ou com o sr. josé?
ResponderEliminarOs assistentes sociais têm demasiado poder em Portugal. No mais das vezes são um grupo profissional mal formado, preconceituoso e sem a mínima preparação para as tarefas tão importantes que lhes são atribuídos.
ResponderEliminarOh Vitor Pimenta, pelo que percebi ali das pressas evangelizadoras do nosso habitual comentador religioso, João e Maria terão fundado a família mas isso não invalida que José não fizesse parte da mesma. Foi o que eu percebi perante o que ali está escrito.
ResponderEliminarPosso ter-me enganado eu na minha pressa de evangelizar as massas.