Sou Fã de Obama...
Eu sou um fã de Obama e tudo que ele simboliza. Faço aqui a homenagem, a propósito da sua nomeação para Prémio Nobel da Paz e por acreditar na sua influência na futura geração de políticos. Para mim, a eleição de Barack Obama para Presidente EUA, já simbolizou muito e acredito que no Futuro vai simbolizar ainda mais.
Em primeiro lugar com o slogan "Yes We Can", transmitiu que é possível "Acreditar nos Sonhos e Concretizá-los", foi também o primado das convicções, dos princípios e dos ideais em política, em detrimento da cautela, da táctica política e da falta de comprometimento com os eleitores. Ou seja, foi mostrar que um político não deve ter receio de ser audaz na defesa dos seus ideais, projectos e de ser genuíno.
Depois a nova versão do apelo feito pelo Jonh F. Kennedy "Não penses no que o teu país pode fazer por ti mas sim no que tu podes fazer pelo teu país", transmitiu a responsabilidade que cada um nós tem em participar e envolveu os cidadãos nas causas comuns. Foi bastante mobilizador e conseguiu envolver na sua candidatura muitos voluntários que se juntaram espontaneamente e contribuíram para o sucesso da campanha. Trouxe novas pessoas à política, fora da tradicional esfera partidária e fez toda a diferença - permitiu que "A MUDANÇA FOSSE POSSÍVEL". Conseguiu juntar a força do Partido Democrata com a força das pessoas descomprometidas que entusiasticamente o apoiaram.
Por outro lado, a forma como surgiu na senda política, tendo sido Senador pela primeira vez em 2005, conjugada com as suas capacidades intelectuais, comunicacionais, cultura e outras qualidades excepcionais, provou que não é necessário integrar uma classe aristocrática e estar no meio do status quo e que o mérito, a genuidade e a coragem foram suficientes para a sua ascensão rápida (e se calhar inesperadas uns anos atrás).
É verdade que só foi possível ter vencido as Primárias para Candidato Democrata, pois o sistema partidário nos EUA é de partido de eleitores, contrapondo com partido de militantes em Portugal.
As suas propostas, as suas origens e as pessoas que o acompanharam, representam também o vencer da igualdade, diversidade, tolerância, da paz, do diálogo e do multiculturalismo.
Depois quando já eleito Presidente dos EUA foi a um restaurante da Mac Donald's comer um hamburger, transmitiu inequivocamente tudo o que a sua eleição já tinha simbolizado, o melhor da tradição e dos valores republicanos e democráticos, a primazia do cidadão comum, igual aos seus pares, face ao conceito estratificado da aristocracia política e desigual.
Por fim (e apesar das dificuldades que tem tido fruto do desenho institucional democrático dos EUA), a defesa de um novo sistema de saúde mais justo e universal, o esforço para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos, a tentativa para alcançar um mundo sem armas nucleares, a ênfase dada no papel das Nações Unidas e outras Instituições Internacionais, o interesse em EUA envolverem-se nas medidas de combate às alterações climáticas, a defesa pelo emprego, entre outras, mostra que o que defendeu em campanha não foram só promessas e está determinado a defendê-las.
Os actos e as palavras de Obama são fortes, mobilizam vontades e, julgo têm a capacidade de mudar o mundo. Espero que sejam tão fortes, que influenciem a próxima geração de cidadãos e principalmente a próxima geração de líderes políticos (locais, nacionais, europeus e mundiais). Que surja um “surto” de vírus e que venham mais “Obamas”, mas para isso é necessário que os cidadãos tenham vontade e sejam audazes a participar.
Termino com uma frase revolucionária, embora não querendo defender essa mesma "revolução", mas porque entendo que tem a força da concretização. "Hasta La Victoria Siempre!". É isso que espero da “Obamania”…“Yes We Can”.
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Eu não... :p
ResponderEliminarO Obama é um infiel como o Vaticano diz. Além de não ser católico, ele apoia o aborto, os gays e a pedofilia. E não pertence à nossa cultura cristã secular porque não tem ascendentes europeus como está a vista de todos.
ResponderEliminarEiii lá... ó Guilherme, estás a ser um pouco exagerado não!?! :p Concordo muito levemente contigo...
ResponderEliminarA verdade é que o sucesso desse sujeito é o resultado de circunstâncias e ele na verdade "não é nada de especial".
É apenas o resultado de um racismo invertido e de uma ânsia de salvar a imagem dos EUA.
Eu cá não acredito no Pai Natal... :p
Oh Guilherme,
ResponderEliminarCrucifixe-se esse mourisco, já, porque o seu deus assim o ordena, morte aos sarracenos…
Obrigado por concordar comigo Cristiana. quando quiser apresento-lhe o Portugal PróVida, um novo partido que defende estas ideias e outras capazes de restaurar o poder da Santa Madre Igreja em Portugal.
ResponderEliminarConcordo com o comentário do Guilherme. Esse senhor Obama é um profeta da morte.
ResponderEliminarTambém concordo com o Guilherme. Quem é esse Dario Silva?
ResponderEliminar"Concordo com o comentário do Guilherme. Esse senhor Obama é um profeta da morte."
ResponderEliminarCaro teocrata,
Pode assinar todos os seus comentários todos. E "esse Dario Silva" é o diabo encarnado (ou incarnado?)…
Guilherme sublinho que só concordei MUITO LEVEMENTE consigo. Não concordo com opiniões tão extremistas, sejam elas quais forem.
ResponderEliminarPode explicar no que é não concorda?
ResponderEliminarJá não me divertia tanto a ler um texto como este. Uma verdadeira pérola. É curioso que num blog que é "discretamente" ateu e jacobino, se leia um post tão messiãnico como este. Para o Jorge Miguel Corais, Obama é o Messias. Ponto.
ResponderEliminarPara o JMC, Obama simboliza tudo o que está bem no Mundo. É a esperança para o Futuro (atenção, que é com letra maiúscula, para dar um ar mais místico ao texto e à missão do Messias.
"Em primeiro lugar com o slogan "Yes We Can", transmitiu que é possível "Acreditar nos Sonhos e Concretizá-los""
Acreditar nos sonhos? Bom, com esforço, pode-se tirar essa conslusão, agora concretizá-los... Bom, talvez o JMCorais ande a sonhar que se ande a concretizar muita promessa de Obama na campanha, mas o resto de nós vivemos na realidade...
«Depois a nova versão do apelo feito pelo Jonh F. Kennedy "Não pensem o que o País pode fazer por vós, mas o que vós poderão fazer pelo vosso país"»
Sorry, qual foi a nova versão mesmo?
«Por outro lado, a forma como surgiu na senda política, tendo sido Senador pela primeira vez em 2005, conjugada com as suas capacidades intelectuais, comunicacionais, cultura e outras qualidades excepcionais»
É tudo excepcional! Mas este Messias tem algum defeito? Quando é que o JM Corais irá venerar o Messias em Washington?
«depois quando já eleito Presidente dos EUA foi a um restaurante da Mac Donald's comer um hamburger, transmitiu inequivocamente tudo o que a sua eleição já tinha simbolizado, o melhor da tradição e dos valores republicanos e democráticos, a primazia do cidadão comum, igual aos seus pares, face ao conceito estratificado da aristocracia política e desigual.»
Para isto só me ocorre: LOL.
«Que surja um “surto” de vírus e que venham mais “Obamas”, mas para isso é necessário que os cidadãos tenham vontade e sejam audazes a participar.»
Só espero que o surto não se propague e sofra alguma mutação, porque de cronistas como estes, com textos surreais, ingénuos, transcendentes e com tanto misticismo como este, obrigado não.
Agora a sério, o que está este tipo aqui a fazer? Ele certamente que informa-se sobre os EUA no panfleto dos testemunhas de Jeová e na revista Maria. Estou mesmo a imaginar o próximo texto...
Miguel,
ResponderEliminarObama inaugura uma nova era na política internacional dos EUA. Isso é indesmentível.
Bruno,
ResponderEliminarO texto do Miguel não me parece tão idolátrico como o pintas. Sabemos que não gostas do Obama mas que ele tem os seus méritos, isso tem.
Pedro,
ResponderEliminarQue comentário tão seco em relação a este soberbo texto que este cronista nos presenteou hoje. Não te parece tão "idolátrico"? Vejamos:
- «Transmitiu que é possível "Acreditar nos Sonhos e Concretizá-los", foi também o primado das convicções, dos princípios e dos ideais em política.»
- «as suas capacidades intelectuais, comunicacionais, cultura e outras qualidades excepcionais, provou que não é necessário integrar uma classe aristocrática e estar no meio do status quo e que o mérito, a genuidade e a coragem foram suficientes para a sua ascensão rápida»
- «as suas propostas, as suas origens e as pessoas que o acompanharam, representam também o vencer da igualdade, diversidade, tolerância, da paz, do diálogo e do multiculturalismo.»
- «transmitiu inequivocamente tudo o que a sua eleição já tinha simbolizado, o melhor da tradição e dos valores republicanos e democráticos, a primazia do cidadão comum, igual aos seus pares, face ao conceito estratificado da aristocracia política e desigual.»
- «Os actos e as palavras de Obama são fortes, mobilizam vontades e, julgo têm a capacidade de mudar o mundo.»
Idolátrico parece-me fraco, perante tamanha veneração num altar.
Acusar-me de não gostar de Obama, o que não é verdade, eu não concordo é com as suas políticas, um pormenor que faz a diferença, para justificar o meu comentário é tão simplista e redutor. Que ele tem os seus méritos, certamente que sim. Ele não foi eleito pelo acaso ou por poderes divinos. Agora se os aplicou enquanto presidente, não me parece.
este é um dos textos mais aborrecidos, cheio de clichés e de linguajar "politicamente correcto" que já li no avenida central, aliás, na senda do anterior res publica. ainda por cima, mal escrito, o que é ainda mais perturbador da sua leitura: - "...mas o que vós poderão fazer pelo vosso país". VÓS PODERÃO???;
ResponderEliminar- ..."o mérito, a genuidade e a coragem..." - genuidade, será, certamente,uma qualidade só ao alcançe de Obama.
Também sou fã de Obama, também acredito na sua capacidade de mobilização a nível mundial. Basta ver a diferença entre o seu tipo de discurso e o tipo de discurso do seu antecessor. Consegue tensmitir mais confiança, mais aproximação entre os povos e menos belicismo.
ResponderEliminarPena é que quem defende este tipo de postura a nível mundial não o faça a nível local. Também eu queria que "A MUDANÇA FOSSE POSSÍVEL" em Braga. Também eu quero "Acreditar nos Sonhos e Concretizá-los". Gostava que esta inspiração mundial, que é o "Efeito Obama", tivesse repercursão a nível local, onde o belicismo das palavras tem primazia sobre as convicções dos princípios e dos ideais da política.
Faz falta um Obama para Braga. Faz falta uma Mudança.
AS palavras têm que condizer com os actos!!
PS: E no entanto penso que a nomeação foi exagerada. Há mais gente/instituições no mundo, há mais tempo, que também o merecem. Um exemplo: Médicos do mundo.
Concordo plenamente com o erradiador sobre os Clichés e do linguajar. Não passa de "conversa da treta"
ResponderEliminarBoas a todos,
ResponderEliminarmas parece que a maioria que comentou sofre da fatalidade de maldizer. Na verdade não é assim que o mundo e o país avançam. Embora se calhar não querem é discutir com seriedade e estão todos a brincar. Se for assim, lamento e não estamos sintonizados.
Com estes comentários parece que não compreenderam a mudança que imprimiu a eleição do Obama e o significado da atribuição do Prémio Nobel ao actual Presidente dos EUA.
Há na verdade excesso de presunção dos vossos comentários, acharem que estão acima da prestigiada instituição que atribui este tipo de prémios.
Por outro lado, não entenderam a mensagem e não têm noção histórica nenhuma (ou preferem ignorar). Esqueceram-se quem precedeu a Obama? Esqueceram-se que os EUA da América sempre se despreouparam com os acordos internacionais de combate às alterações climáticas? Esqueceram-se que os EUA entraram numa guerra contra o Iraque desconsiderando a ONU e enfraquecendo esta importante instituição para a paz no mundo.
Por favor, discutam estes assuntos e deixem de fulanizar. O Obama é como outro cidadão comum (e não um deus) e essa é força que tem. E essa força de cidadãos comuns que espero que surjam. Parece é que alguns não querem.
Penso que o essencial da mensagem deste artigo é a "força" da perseguição dos nossos sonhos ou vontades. É a capacidade de quem é capaz de lutar, mobilizar e envolver as pessoas para os desafios e soluções. Penso que o objectivo deste artigo são dois, um é apelar à mudança de comportamentos, deixarmos apenas de criticar por criticar e agirmos e outro é uma homenagem a quem foi capaz de mobilizar muita gente desacreditada da participação política e isso é um feito merecedor de ser enunciado. No entanto assinalo apenas que acho que este prémio Nobel não deveria ainda ser entregue ao Obama.
ResponderEliminarP.S.: Quando um dos “comentadores” fala de messias, confunde (ou esquece-se) que todos nós temos referências nas nossas vidas e que isso reflecte-se nos nossos comportamentos
O essencial da mensagem deste artigo é a "força" da perseguição dos nossos sonhos ou vontades. É a capacidade de quem é capaz de lutar, mobilizar e envolver as pessoas para os desafios e soluções. Penso que o objectivo deste artigo são dois, um é apelar à mudança de comportamentos, deixarmos apenas de criticar por criticar e agirmos e outro é uma homenagem a quem foi capaz de mobilizar muita gente desacreditada da participação política e isso é um feito merecedor de ser enunciado. No entanto assinalo apenas que acho que este prémio Nobel não deveria ainda ser entregue ao Obama.
ResponderEliminarP.S.: Quando um dos comentadores fala de messias, confunde (ou esquece-se) que todos nós temos referências nas nossas vidas e que isso reflecte-se nos nossos comportamentos
O anónimo da 1:09 tem uma curiosa forma de escrita. Tal como o autor do texto, também fala em sonhos, vontades, em mobilizar e envolver. E ainda tem uma franca capacidade de análise que acaba por nos explicar o que o autor quis nos dizer.
ResponderEliminarNão tarda nada, o anónimo preenche todos os requisitos para estar no comité Nobel e nós não poderemos ter a presunção de sugerir que ele possa estar errado.
Tem muita piada que o "anónimo" quando comenta o messias, não nega sequer o estatuto relativamente a Obama, apenas que o termo não deve ser pejorativo. Elucidativo.
Continuo ainda pasmado como alguém com a craveira intelectual do J Miguel Corais se mantém apenas pelo Av. Central, o seu misticismo seria aproveitado em muitos outros sítios...
Sr. Bruno Gouveia,
ResponderEliminarSó posso agradecer. Esteja descansado que será aproveitado. Não tenha receios quanto a isso.
Fantástico como um artigo de opinião se torna facilmente num conjunto de comentários muito pouco democráticos e nada isentos.
ResponderEliminarA rápida reacção de alguns dos comentaristas realça que Obama está de facto a fazer um caminho diferente, ao qual os extremistas receiam.
Estes têm razão em recear, porque a simples eleição de Obama, e algumas das principais linhas de actuação demonstram uma mudança, que na minha opinião é um grande avanço civilizacional.
Os EUA não são para mim exemplo para grande coisa, basta ver a questão da saúde, mas têm um papel geo-político de importância tal que cada passo que Obama está a dar, tem um impacto no mundo.
Concordo em base com o Miguel Corais, mas devo confessar que partilho um pouco da opinião da Cristiana.
Ainda mais quando Obama acaba de ser galardoado com o Nobel da Paz... aqui sim, só se fôr pela mensagem e não pela concretização.
Muito fraco. Banalidades e banalidades, escrever para ocupar espaço. Já li os argumentos nos originais e de melhor forma.
ResponderEliminarDevem pensar que isto é como os filmes: um homem que decide tudo. Pois bem, não é bem assim!
ResponderEliminarEle é só um fantochinho no meio de uma estratégia muito bem delineada, que está a resultar lindamente diga-se. Decidiram melhorar as relações com o mundo e conseguiram, ponto final.
"Yes WE can! And WE did it, really fast!"
JL
Apesar de achar que Obama repressenta um capital de esperança, não me esqueço que o Vietnam também começou o Kennedy.
ResponderEliminarAqui está um texto virado para o futuro, que destaca a eleição de um Homem, que admiremos ou não, marca uma nova época, um virar de página importante para o mundo. Numa época em que só se fala de crise e pessimismo, é de realçar alguém que nos apresenta um texto optimista, de futuro e de realização de sonhos.
ResponderEliminarConforme já me venho a habituar este é mais um texto de JMCorais com o qual toda a gente acaba por se identificar, acreditem ou não mais uns tempos e todos vão dizer “afinal tinha razão”. Continua JM Corais nós cá estaremos para ler os teus textos, os comentar, criticar e admirar.
Antes de começar tenho que dizer que no inicio da sua campanha, fiquei naturalmente fã de Obama; era jovem, irreverente, parecia estar desconectado com tudo que há de mal num país corporativo como os EUA e acreditei que era de facto quase que um messias para uma nova geração de entendimento global.
ResponderEliminarSó após uns meses da sua campanha é que percebi realmente que tínhamos sido novamente iludidos.
Voltamos a cair no jogo de marionetas mundial e desta vez vai ser muito difícil fazer cair este hitler que gentilmente nos serviram numa bandeja de ouro.
Quem investiga e procura informação sabe do que estou a falar.
Se já se era racista por fazer criticas com base em argumentos sólidos a um presidente de raça negra, agora vamos ser todos terríveis pecadores por não apoiar os crimes contra o próprio país e contra a humanidade deste pseudo-nobel da paz.
"I see the puppet. but who is the puppeteer?"
Em virtude da abertura deste tipo de espaços de discussão, a quase todo o tipo de participantes, resulta uma maior exposição por parte daqueles os procuram aproveitar com o intuito de elevarem o seu conhecimento e maturidade, nas mais diversas temáticas.
ResponderEliminarAssim, aparecerão, quase inevitavelmente, 2 tipos de intervenientes: (i) aqueles que, com os demais, esgrimirão os seus argumentos, por vezes concordando e por vezes não, e; (ii) aqueles que de antemão decidiram não ouvirem os outros, privilegiando o caminho da oposição pela oposição, refugiando-se na agressividade para ocultar a falta de capacidade de discussão saudável, e daquilo que é valor basilar de uma vida em sociedade – o respeito.
Como declaração de partida gostava de desde já deixar claro que tenho grande estima pelo Miguel Corais, pela sua postura fora e dentro da política. Não sou fã dos Estados Unidos da América, mas tenho grande admiração pelo novo Nobel da paz, apesar de achar este reconhecimento tão imediato precipitado no tempo (independentemente de achar que possa reunir condições de mais tarde merecer com maior legitimidade esta distinção), e que faz de Obama um político mais refém do que mais fortalecido do que era.
Desde logo, a eleição de Obama surge como uma surpresa improvável. Improvável porque a sua popularidade e o seu reconhecimento nacional, no início do período eleitoral, era claramente inferior quando comparado com outros candidatos.
No entanto, ao longo da campanha, com um discurso bastante menos “popular” do que os outros candidatos, e muito mais orientado para uma visão positiva, foi capaz de incutir nas pessoas a crença de que é possível mudar o estado das coisas, de que é possível melhorar o bem-estar da comunidade universal.
A sua eleição representou, na minha opinião, uma clara derrota do fatalismo, do comodismo, e da desresponsabilização colectiva pelo caminho que temos vindo a percorrer nas últimas décadas.
Não há Messias, mas sopra sem dúvida na política uma nova brisa que enche muitos de esperança, e faz acreditar ser possível alcançar uma nova harmonia civilizacional.
P.S. Peço desculpa se me alonguei em demasia. Prometo ser mais breve na próxima intervenção.