Na passada semana tive oportunidade de entrevistar para a Rádio Universitária do Minho, o director da orquestra de jazz do Município da Nazaré , maestro Adelino Mota que me falou da pujança do jazz nesta região, revelando-me o seu embaraço perante o elevado número de músicos na Nazaré que ainda não tendo qualidade para participar na orquestra (relembro que uma orquestra de jazz possui habitualmente 18 elementos) teria que formar outros combos capazes de motivar estes jovens músicos. A referida orquestra já participou na festa do jazz que regularmente tem lugar no mês de Abril, onde são dados a conhecer os músicos , projectos e combos de escolas que felizmente pululam pelo nosso País , do Porto a Setúbal , de Sines à Madeira , do Algarve a Alcobaça. E Braga? Pois é , radiantes com o facto da cidade ter um sem número de bandas de garagem , editoras e grupos com algum renome a defender, a verdade é que não temos músicos de jazz para constituir um quarteto, quanto mais uma orquestra. È claro que a festa do jazz pode bem passar sem Braga, o que é pena , para não chamar outra coisa , é que Braga não veja no jazz uma forma de cimentar a existência de músicos de qualidade, produzindo projectos diferenciados , capazes de mobilizar todos aqueles que se interessem pela música independentemente dos rótulos ou formações académicas. É claro, que podemos sempre satisfazer - nos com a sala de ensaios do 1º de Maio , mas não deixa de se reduzir a música a uma “juvenialização “ geracional ou seja a verdadeira arte é feita de outra massa e, nesse domínio muito há a fazer na cidade de Braga.
Escrito por José Carlos Santos
Concordo com o escrito do Sr. José Santos.
ResponderEliminarSrs. Políticos! Metam isto na cabeça: Não há crescimento económico sem investimento artistico.
Almerindo Margoto