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A Sabedoria da Guidinha

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Guida Maria: a actriz de bons atributos diga-se, e noutros mesmo com aquela idade. Salvo erro, vi-a de corpo presente na peça "Polaroides", ainda a companhia de teatro de Braga se contorcia no espaço alternativo PT. No entanto, a mulher que pariu Julie Seargeant - outra sardenta como o pai "dali dali dou: o papagaio voa" -, tem uma daquelas entrevistas execráveis e já cliché na contra-capa do JN de hoje.

Abdicou de votar e diz-se "farta da democracia", da má-criadagem, e que vivia melhor no tempo do senhor Salazar, onde aos 18 gramava a "fortuna" de uns 14 contos por mês, acrescenta. À Guidinha - diminutivo do tempo da outra senhora que lhe assentaria tão bem como passeio domingueiro e em família no Saldanha -, o jornaleiro de serviço, apelida de "frontal" e outros beneplácitos de protocolo quando neste país alguém diz coisas com deste nível mental para desdenhar o actual estado das coisas. Como se a defesa do sacrifício da democracia e da liberdade pelo respeitinho e 14 contos, fosse coisa que se gabasse só pela sua inteligência e atrevimento. Vão jogar pau com os ursos.

3 comentários:

  1. Vergonhoso e ultrajante para a Liberdade.

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  2. Sou capaz de perceber a senhora mas também digo que não foi a minha geração a que fez aquela coisa em Abril de 74 e de que eles, os da geração dela, já se esqueceram.
    Um pouco como as grandes democracias ocidentais, guiadas pela geração de 60 e 70 e das flores no cabelo e da paz e do amor e da fraternidade.

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"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

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