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Sondagens

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O Jaguar de Paulo Portas
© tsf

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, pediu uma audiência ao Presidente da República para lhe transmitir o que considera ser “o problema das sondagens”. O problema, segundo Paulo Portas, é que elas são “uma viciação da vontade eleitoral”.

Para o comprovar, o líder do CDS-PP apresenta um exemplo que demonstra o contrário do que diz. Afirma Portas que as sondagens para as eleições europeias que se publicaram foram “uma viciação da vontade eleitoral”, porque disseram que o PS ganhava e o PS perdeu e que o CDS morria e o CDS cresceu. Se as sondagens viciassem a vontade eleitoral no sentido referido por Portas, forçoso seria que as urnas confirmassem as sondagens. Não as confirmando, mostram que o condicionamento de que o líder do CDS-PP se queixa não existiu. Aliás, se o argumento de Portas uma indignação justificasse, seria a do PS, que as sondagens disseram que iria ganhar e perdeu.

Dito isto, acrescente-se que, desde há muito, se sabe bastante bem que as sondagens são susceptíveis de provocar efeitos perversos nos resultados eleitorais. De resto, Paulo Portas, que foi gerente de uma empresa de sondagens, a famosa Amostra, sabê-lo-á, com certeza, melhor do que a generalidade dos inquiridos e dos votantes.

7 comentários:

  1. É o Portas a falar... bla bla bla bla...

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  2. É uma realidade que Portas já nos habituou a apontar baterias para tudo o que lhe pareça dar jeito abater.
    Mas não é realidade de somenos importância a de as sondagens atribuirem, invariavelmente, a vitória aos mesmos. Felizmente, com mais enganos do que os expectáveis.

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  3. As sondagens dão uma indicação de voto dos eleitores quando apontam quem deverá ficar em 1º, 2º, 3º lugares e as respectivas percentagens de voto, só por isso deveriam ser proíbidas e são-no em alguns países. Além disso, estão a tornar-se no suspeitas de serem mal feitas ou pouco sérias porque se enganam sempre relativamente aos pequenos partidos, os quais vêm a ter sempre mais votantes do que os indicados nas tais sandagens.
    Uma boa boa parte do eleitorado acaba por ser induzido a escolher apenas de entre os que são apontados nas sondagens como a ficar em 1º ou 2º, influênciando o resultado da votação no sentido das sondagens. Trata-se de uma tendência desportiva, porque aí ou se ganha ou se perde. Mas na política não é bem assim pois quem fica em 2º, 3º ou 4º lugares também têm alguma influência no poder e essa influência é tanto maior quanto maior for a sua representatividade. Apenas não conta quem não chega a obter qualquer representatividade na assembleia.
    Ganhar com maioria absoluta também é muito diferente de ter que procurar uma coligação ou governar sem ela pois terá que ceder e ter em conta outras políticas. Por vezes nem isso é possível fazer uma coligação e governar na dependência do voto parlamentar é a única solução, que é também a mais democrática.
    Os grandes partidos costumam atrair grupos de interesse (corrupção) aí está mais uma razão para fugir ao desejo de qualquer partido, tornar-se um superpartido.

    Zé da Burra o Alentejano

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  4. Os rosinham andam atarantados.As sondagens traíram-nos.Agora são só e cretinamente vítimas e continuam a pensar que o povo ainda não abriu a pestana.

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  5. Já tenho defendido que as sondagens deviam ser obrigadas por lei a ostentar um aviso dizendo qualquer coisa como "os números fornecidos podem não coincidir com a realidade". Como em certos filmes. Ainda há alguns broncos que pensam que o que se vê, vg. nos filmes históricos, foi o que sucedeu na realidade.

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"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

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