No início do ano lectivo, o professor A tem melhor classificação que o professor B para ensinar Matemática. Nem um nem outro são colocados no Concurso Nacional de Professores, contudo o professor B é convidado por um Bispo para leccionar Educação Moral e Religiosa Católica a partir do mês de Setembro. Já o professor A acaba por conseguir uma vaga de substituição de outro docente de Matemática em Dezembro. No ano seguinte, o professor B passa a ter melhor classificação que o professor A nos concursos públicos a um lugar de ensino da Matemática.
Para evitar situações de injustiça e desigualdade como a descrita, parece-me evidente que o tempo de serviço no ensino da Educação Moral e Religiosa Católica ou de qualquer religião não pode ser considerado para efeitos de concurso a outra disciplina.
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É como os meninos que compram as notas nas escolas privadas para entrarem em medicina.
ResponderEliminarE depois há outros que não têm dinheiro e não entram.
Em Medicina e nos outros cursos todos.
ResponderEliminar«Para evitar situações de injustiça e desigualdade como a descrita, parece-me evidente que o tempo de serviço no ensino da Educação Moral e Religiosa Católica ou de qualquer religião não pode ser considerado para efeitos de concurso a outra disciplina.»
ResponderEliminarSendo assim, tanto vale para Educação Moral e Religiosa (de qualquer confissão) como para outra qualquer matéria de ensino. Ou não?
E se o caso, apresentado, o "professor B" leccionasse Biologia? O resultado não seria o mesmo? Claro que sim.
Caro Marco,
ResponderEliminarConfesso que não estou muito a par do funcionamento destes concursos. Contudo, a questão da educação religiosa está à margem das outras disciplinas porque os professores são colocados por nomeação e não por concurso. Assim sendo, não está ao alcance de todos ter as virtudes que os Bispos consideram na nomeação desses docentes.
Concordo inteiramente.
ResponderEliminarAliás, sou da opinião de que o ensino de Educação Moral e Religiosa Católica não devia ser considerado para efeitos do que quer que seja. Nem sequer devia existir.
Portugal é um país laico.
Por essa ordem de ideias, também não é justo que Formação Cívica, Estudo Acompanhado ou Área de Projecto contem, dado serem disciplinas muito mais fáceis de ensinar que Matemática...
ResponderEliminarCaro TMR,
ResponderEliminarA questão não se prende com facilidade mas com igualdade no acesso.
Claro que disciplinas como estudo acompanhado, etc, devem contar para tempo de serviço... Quando se é colocado numa escola o professor não tem opção de escolha... Lecciona as turmas e as disciplinas que lhe são atribuidas!! Assim, um professor não têm culpa se lhe são atribuidas disciplinas como estudo acompanhado, etc... E isso de serem mais fáceis é muito relativo... Eu continuo a preferir leccionar FQ:) De longe...
ResponderEliminarDesigualdade um caneco!
ResponderEliminarTodo o concurso de professores é uma fraude, beneficia quem se forma nas privadas.
Desigual, desigual é o acesso ao ensino superior, como referiu alguém nos 1.ºos comentários, com os meninos dos colégios a ultrapassar os das escolas públicas. Com isso o Pedro Morgado não se preocupa, mas um detalhe de um concurso soviético mais a lado religioso da questão justuficam um post.
O meu colega anterior não deve ser grande professor para desqualificar os outros cursos relativamente a Medicina... Que eu saiba, os meninos dos colégios privados vão para todos os cursos e não apenas para Medicina. Será que o meu colega anterior tem um trauma?
ResponderEliminarNão compreendo o que um assunto tenha a ver com o outro! Falava-se em desigualdades no concurso de professores e já se fala nas diferenças entre ensino público e privado. Em primeiro lugar, gostava de referir que não existe em Portugal nenhum curso de Medicina em universidades privadas. Ensino privado e público são sim coisas diferentes mas, muitas vezes, quem fala de desigualdades entre "os meninos ricos" das privados comparativamente com os das públicas, não conhece a realidade das privadas. Façam contas e reparem se vale a pena entrar numa universidade longe da nossa localidade e ter tanta despesa ao fim do mês ou antes pagar uma proprina numa privada perto de casa onde, muitas vezes, o ensino é muito mais próximo do aluno (porque não são muitos)e assim mais eficaz .
ResponderEliminarPensem antes que o que está mal não é o dinheiro dos "meninos ricos" mas o sistema de ensino público em Portugal.
melhores cumprimentos,
Filipa
Caro Pedro Morgado anda a ler o blog Diário Ateísta?
ResponderEliminarFalam tanto em igualdade... Mas um professor que lecciona Religião e Moral é menos digno que um outro qualquer? Se é, então porque razão não há-de contar o seu tempo de serviço como outro qualquer? Se não é tão digno, então digam-no. E já agora quem é que garante que um concurso público é mais justo que uma nomeação? Só quem não está dentro dos concurso públicos é que faz uma afirmação destas. Mas já agora se são tão justo, porque razão em todas as colocações há sempre milhares de professores a protestar?
Mas se está preocupado com injustiças, porque não levanta o caso daqueles que exercem, por exemplo funções de vereador numa autarquia. Sabe que, durante o tempo que um professor está a exercer essa função o tempo conta a dobrar? Ou seja, 4 anos numa câmara conta como se leccionasse 8 anos, sem sequer ter entrado numa escola? Quer dizer que a política é mais digna que um professor que moira todos os dias a dar aulas?
Haja decência... e não manifestam algum complexo ou perturbação quando se trata de falar de religião..
Caro Miguel Braga,
ResponderEliminar1. Não se trata de uma questão de dignidade, mas sim de igualdade. Quanto a mim, as aulas de Educação Religiosa não deviam ser ministradas no ensino público, mas isso é outra discussão.
2. Quanto aos vereadores das autarquias e deputados estamos plenamente de acordo. Alguma vez eu disse que os seus benefícios eram justos? Contudo há uma diferença fundamental: qualquer um pode concorrer ao lugar de vereador mas nem todos podem ser nomeados por um bispo para leccionar educação religiosa. Consegue perceber a diferença?
Prof Público 2, eu nem sequer me referi a Medicina.
ResponderEliminarMas confesso que não percebi a sua frase.
Caro Pedro Morgado
ResponderEliminarQualquer um pode concorrer a aulas de Religião e Moral. mas é como tudo, tem de ter o curso. Da mesma forma tb posso dizer que não é justo eu não poder concorrer a um lugar de médico num hospital, simplesmente porque não tenho o curso de medicina. Como em tudo as habilitações é que determinam o acesso a profissões. Claro que me pode dizer que há professores de matemática a dar aulas de Moral, o que eu não acredito muito. Mas eu tb posso dizer, e porque o sei por casos concretos, que há pessoas que tiraram um Curso de Contabilidade no IPCA e hoje são professores de matemática...
O sistema está feito par enganar parolo.O que não realidade funciona é o cartolanço,compadrio e sobretudo o cartão.Se for da maçonaria ou da opus dei é tiro e queda.Se for dos partidos é igual. Há alguns por mérito para esconder o sistema e todo o resto é paisagem.Ainda dizem que não ser inscrito na legião,seja ela qual for ,que não dá resultado.
ResponderEliminarCaro Miguel Braga,
ResponderEliminar"Qualquer um pode concorrer a aulas de Religião e Moral." Não há qualquer concurso mas sim uma nomeação.
Mais, eu conheço professores de Português que deram aulas de Religião e Moral. E não tenho conhecimento de qualquer curso de ensino superior específico para que estivessem a dar essas aulas.
O ensino de Religião e Moral tem características especiais e por isso é que as colocações estão, como devem estar, nas mãos dos Bispos e não do Ministério da Educação.
Desconhecia esta pouca-vergonha. Quem quer dar moral que dê, mas eu não quero pagar isso com os meus impostos.
ResponderEliminarO curso é ministrado por uma universidade reconhecida pelo Estado, e está aberto a todos, independentemente se ser católicos ou não, pode informar-se na Universidade Católica.
ResponderEliminarQuanto à nomeação o concurso: o que diria o Pedro Morgado ou muitos outros que conheço sobre o facto de estar o estado a organizar concurso para aulas de religião e moral?
E se não concorda com os benefícios dados aos professores que exercem cargos públicos, já aqui alguma vez o denunciou? OU posso deduzir da sua parte uma certa perseguição a tudo o que lhe cheira a religião?
Tratar tudo de modo igual é claro como a água que não trata.
Já agora se o importuna muito as aulas de moral, porque razão não importuna os impostos cobrados aos professores das mesmas? Não é dinheiro «de sangue»?
Caro Miguel,
ResponderEliminar1. Reitero que há professores de Religião e Moral sem esse curso. Conheço pessoas nessa condição, ok?
2. Não consegue demonstrar, porque é impossível, que todos os cidadãos estão em igualdade de circunstâncias no acesso à leccionação dessa disciplina.
3. Se eu denunciasse todas as coisas com as quais não concordo não tinha tempo para fazer mais nada na vida a não ser escrever.
4. «os impostos cobrados aos professores das mesmas» são mais do que justos. Aliás, eu discordo que o Estado pague esses professores. Mas pagando-os, não posso concordar que os coloque em situação de privilégio comparativamente com todos os outros.
«Não consegue demonstrar, porque é impossível, que todos os cidadãos estão em igualdade de circunstâncias no acesso à leccionação dessa disciplina». Não o sabia tão dogmático... Já lho disse que qualquer um pode tirar o curso de Ciências Religiosas (habilitação para professor de Religião e Moral.
ResponderEliminarEu não lho disse que não há professores sem esse curso a leccionar. Como tb o disse que há professores de matemática que nunca tiraram o curso de matemática. Alguém no meio do processo de colocação ou concurso, respectivamente, os considerou com «habilitações», o que é muito típico em Portugal, em todas as áreas...
Dizer que os casos com os quais não concorda são tantos que não pode falar de todos, é uma daquelas boas desculpas, mas que eu até concordo... Mas que é público e notório que vira sempre para as mesmas, isso tb é claro para mim... Podia variar um pouco, e dar espaço para outras denúncias.
Mas eu tb já reparei que, neste blog, quando não é o sr a colocar os textos, e sobre determinados assuntos, isto fica muito paradinho... Daí que até possa entender a «cisma», é o que «vende»... (não se zangue comigo, é a minha constatação»...)
Caro Miguel Braga,
ResponderEliminarPenso que é justo reconhecer que tenho dado espaço a muitas outras denúncias. Além do mais são 142 posts sobre religião num total de 2762.
Um abraço,
Pedro Morgado
Pedro não se esqueça que coloca que muitos posts que, não sendo classificados como «Religião», são «ligados» a esta.
ResponderEliminarMas mesmo assim, ainda dá uma boa percentagem. Tratando se um «bando» de pessoas que vivem «fantasiando» e obrigando os outros a acreditar nestas...
ResponderEliminarPor curiosidade podia dar-me a classificação, por posts, dos assuntos mais abordados por si?
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ResponderEliminarParece-me uma boa classificação no seu ranking...
Caro Miguel Braga,
ResponderEliminarHá pelo menos 35 posts que partilham as duas tags. E muitos dos posts sobre religião referem-se aos Muçulmanos.
Tanto post sobre Braga...
ResponderEliminarAmanhã ou depois vou comentar esta matéria no meu blog. Choca-me a ligeireza com que se tratam estas matérias. A Educação Religiosa é basilar na formação das nossas crianças e dos nossos jovens. Não só deveria ser obrigatória como também contar para o acesso ao Ensino Superior. Deus tem que estar presente em todos os sectores das nossas vidas, muito em especial das vidas das nossas crianças e jovens. O melhor que lhes podemos dar é a educação e essa educação tem que ser baseada nos valores seculares e naturais da Santa Igreja.
ResponderEliminarOs professores desta disciplina devem ser, como são, pessoas de carácter excepcional e saberes inexcedíveis. Como tal, deviam estar isentos de todo e qualquer imposto e preceder todos os colegas em qualquer concurso público. Uma sociedade sem valores não tem respeito por si própria e quem despreza os professores de Educação Religiosa ainda há-de comer o cuspo que saliva.