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Capítulo 35: democracia participativa

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Na passada Terça-feira, foi notícia no Diário do Minho a intervenção de um cidadão na última Assembleia Municipal de Braga. Henrique Castro, informa-nos o jornal, aproveitou o período destinado à intervenção do Público para apresentar "um novo modelo de habitação social para o concelho".

Henrique Castro falou na "urgência de encontrar modelos alternativos" aos bairros sociais, lembrando as propostas que a sociologia urbana apresenta para a questão e, oportunamente, sugeriu aos partidos que não esquecessem esta matéria aquando da elaboração dos programas eleitorais.

Este exemplo parece então demonstrar que, ao contrário do que se pensa, a nossa democracia autárquica até pode ser participativa, desde que os cidadãos cumpram a sua parte: assistir às Assembleias Municipais e aí apresentar as suas ideias para o município. O problema é que se por um lado a democracia permite que os cidadãos falem, por outro lado não obriga os políticos a ouvir; afinal, somos todos livres.

E o dado curioso é que a liberdade, bandeira da democracia, acaba por ser um dos seus principais obstáculos. É que como também se lê na notícia: Henrique Castro falou e falou bem, mas discursou sozinho; a maioria dos nossos autarcas tinham aproveitado o espaço dos cidadãos para um intervalo.

6 comentários:

  1. Quando foi lá o cidadão manuel monteiro, os deputados sairam...

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  2. A democracia permite que os cidadãos falem e que os políticos não ouçam.
    Mas, sendo tão boa aquela proposta e tão genial esta sua observação tomo a liberdade de as fazer também minhas e reencaminhá-las para o Ex.mo Sr. Dr. João Nogueira, Presidente da Bragahabit.
    Eu sou um cidadão cheio de Esperança. Pode ser...
    Amistosamente, Fernando Castro Martins

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  3. Coitados dos senhores deputados. Têm direito ao seu intervalinho. Que interessa o que um Zé Ninguém tem para dizer?

    Ridículo!

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  4. Os cidadãos falam no fim da AM, em lugar de falarem no início, como tem defendido o BE.
    E convém que quando se escreve que a maioria dos autarcas fez um intervalo, se diga de que partidos eram esses autarcas. É que nenhum dos quatro eleitos do BE alguma vez abandonou a sala quando intervém o público.
    Claro que a intervenção provocatória do senhor Manuel Monteiro foi uma caso à parte.

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  5. Este comentário do António é interessante, quando consideramos que o que o outro vai dizer é provocatório, já podemos abandonar a sala. Mas o que disse o sr Henrique castro também não pode ser considerado uma provocação? Seja ela no bom sentido ou no mau sentido?
    Ouvir somente quando nos agrada não é bom exemplo de democracia, venha ele de onde vier, mesmo do «angélicos» do BE.

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  6. Algumas notas:
    1. O Sr. Henrique Castro, vindo de Lisboa, chega agora a Braga com muita vontade, não de ver implementado o "seu modelo", mas antes na expectativa de ser absorvido por algum partido político;
    2. Penso que o Sr. terá falado no período da AM destinado ao público, pelo que, o que terá acontecido é que pelo tardar da hora muitos deputados (de vários partidos) terão abandonado o recinto;
    3. As repostas habitacionais fazem sentido quando se sente a sua necessidade.
    Se alguém leu a proposta pôde verificar que não traz nada de novo.
    Os bairros sociais já não se constroem em Braga há muitos anos, a política de dispersão está a ser seguida desde os anos 80, e fazer mini-bairros sociais nas freguesias é uma necessidade que não terá sido sentida em Braga, mas disto perceberá a Bragahabit que não só faz a gestão dessa área, mas tb pelo que sei, produz investigação...
    4....

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