Prémio: Parque da Ínsua, Ponte
© Avenida Central
O Parque da Ínsua, na freguesia de Ponte, em Guimarães, venceu o Prémio Nacional de Arquitectura Paisagista deste ano na categoria de Espaços Públicos Urbanos, ex-aequo com o projecto que liga o Largo de São João e a Quinta da Cerca, em Palmela. Este parque, projectado pela arquitecta Rita Salgado, cria a ligação perfeita entre o espaço urbano e a margem do Rio Ave. Trata-se de uma intervenção de fundo numa área fortemente degradada, cujo resultado final é verdadeiramente aprazível e louvável.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
De realçar que este parque era para ser inicialmente ocupado por mais um enorme prédio (estão dois monstros a poucos metros do rio a que os Taipenses e São Joanenses apelidam de Torres Gemeas).
ResponderEliminarFelizmente, a crise do imobiliário complicou as vendas e hipotecou o 3º projecto. Para remediarem o mal e tentarem vender os apartamentos dos dois adamastores já feitos, resolveram criar um belo parque para que, assim, o local fosse mais aprazível.
Este é um exemplo, bem que por motivações erradas, de como a valorização dos espaços naturais é directamente responsável pelo aumento das mais valias imobiliárias.
No Minho, como em todo Portugal, não perceberam ainda que construir sem limitações é MAU. Não traz mais valias sustentáveis. Apenas degrada e empobrece o nosso futuro.
As urbanizações deveriam ter sempre em conta a criação de mais valias paisagísticas e ambientais e, em vez de construir, porque não reaproveitar antigas casas, remodelando-as, tratando o seu meio envolvente, devolvendo-lhes assim valor comercial, criando riqueza e postos de trabalho, melhorando ao mesmo tempo a qualidade dos arredores?
O próximo passo para estes 2 parques (a outra margem é o antigamente bucólico e famoso parque das Caldas das Taipas, onde a mais alta nata do Norte do Pais vinha se recrear) é a limpeza do rio Ave e a reabilitação das suas margens para que, novamente, milhares de pessoas possam usufruir das praias fluviais.
O rio Ave ali vai quase, quase limpo.
ResponderEliminarQuanto à história contada no comentário, confesso que nunca a tinha ouvido.
Este parque ainda terá a companhia de mais uma outra torre no futuro, que irá nascer entre o parque e as torres já existentes...
ResponderEliminarÉ um parque muito bonito e agradável, pena o rio não estar ainda despoluído. Apesar de um banho naquelas águas já não ser um perigo para a saúde humana.
E a foto que ilustra este post não demonstra nada a beleza do parque nem a extensão do mesmo.
De referir que este parque irá ter a companhia de um gémeo na outra margem, nas Taipas. Parque este que já está no papel à largos anos. Mas a câmara de Guimarães faz questão de o deixar no fundo da gaveta, tal como outros projectos.
Por outro lado, da ideia à concretização do projecto da margem de S.João pouco tempo passou.
Mas é mais um dos muitos casos de claro desfavorecimento da CMG face às Taipas. Como o são o abandonado Parque de Campismo, propriedade, indirectamente, da CMG.
Amigo Galaico:
ResponderEliminarEssa história da construção do parque para potenciar a venda de apartamentos não será exactamente assim. Os terrenos foram dados à Câmara de Guimarães pelo promotor do empreendimento como "dacção em cumprimento", em vez do pagamento das taxas de urbanização. É que já bem antes do início das construções Guimarães tinha perspectivado o parque de lazer das Taipas. Quanto às "torres gémeas" vejo aí algum exagero. Os edifícios são enorme mas parecem-me que foram bem integrados na envolvente, pelas opções (boas) do desenho arquitectónico. Mas isto é apenas a opinião de que frequenta o parque quer não deixa de ser muito agradável, sejam quais forem os motivos que o geraram...