«Tudo quanto procede do homem, criações da sua mão, criações da sua mente, exprime-se por um sistema de formas que é o decalque do espírito que lhe ditou a construção. Assim se classificam pelas formas os estados de civilização: a linha recta e o ângulo recto traçados através do labirinto das dificuldades e da ignorância são a manifestação clara da força e do querer. Quando reina o ortogonal, lêem-se as épocas de apogeu. E vemos as cidades se desembaraçarem da confusão desordenada de suas ruas, tenderem para a linha recta, estendê-la cada vez mais longe. Traçando rectas o homem demosntra que se dominou, que entra na ordem. A cultura é um estado de espírito ortogonal. Não se criam linhas rectas deliberadamente. Chega-se à recta quando se está bastante forte, bastante firme, bastante armado e bastante lúcido para querer e poder traçar linahs rectas.» (pág. 35) Le Corbusier, Urbanismo, Martins Fontes, São Paulo 2000
Para Bom Entendedor...
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Barcelona, portanto...
ResponderEliminarEm Portugal não se ouve falar de grupos de intervenção na arquitectura, nem de pessoas com convicções fortes que se agrupam para o progresso da sociedade.
ResponderEliminarLicenciamos eiras, canteiros e loteamentos congestionados com base na mentalidade e na cultura agrícola das hortas e caminhos de cabras que compõem grande parte da nossa paisagem.
Ouvi há dias dizer que uma grande lacuna em Portugal é não ter oficialmente atravessado uma época Industrial. Por isso lanço a questão: De que serve o desenho de cidades se ainda mal saímos das aldeias?
Acho que nos podíamos servir deste tema para um desenvolvimento arquitectónico e paisaístico único na Europa... mas é só a minha ideia...
As rectas, meu Deus, as rectas! E o ortogonal. Que bichos de sete cabeças para os nossos planificadores urbanistas.
ResponderEliminarQuem é que autoriza as 'urbanizações' com uma entrada só?
É só descer ali a variante de Real/Frossos para entender as filas de trânsito que se geram, ao criar 'urbanizações' com apenas uma entrada de acesso. É óbvio que entopem!
Esta gente nunca jogou simsity...
"Esta gente nunca jogou simsity..."
ResponderEliminarou nunca saiu de Braga ou nunca fez férias...
Em Braga há uma interessante estratigrafia horizontal que testemunha vários momentos da sua evolução urbana: o Centro Histórico; a nova urbe de D. Diogo de Sousa; as intervenções do século XIX; as quarteirões nobres do Estado Novo; o tempo de Santos da Cunha; e a desarticulação quase total sob a égide de Mesquita Machado. Para os arqueólogos, habituados a interpretar a organização dos povoados calcolíticos e da Idade do Bronze, o proto-urbanismo proto-histórico (Citânia de Briteiros) ou o urbanismo romano de que Bracara Augusta é um exemplo modelar, a análise do complexo de estruturas do Vale de Lamaçães será um verdadeiro quebra-cabeças.
ResponderEliminarFSL
Basta ver a parte nova de Edimburgo... Encaixa como uma luva no teor do texto.
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