"As pessoas já não se casam na premissa de que é para toda a vida, mas antes de que é enquanto durar. Se não correr bem, divorciam-se e podem recomeçar de novo" [Adelaide Guitart]
Mostram as conclusões do estudo que, na Europa, esta medida [fim da figura da culpa] levou, em média, a mais 30% de processos para uma taxa de 7,3 divórcios por cada mil habitantes. "É natural que esta facilitação faça disparar o número de divórcios" [Jorge Pinheiro]
"Não me parece que as relações se extingam mais depressa, mas a democratização do processo de divórcio faz com que as pessoas tenham mais padrões comparativos" [...] "O divórcio não é nenhum atentado, não ataca o tecido social, bem pelo contrário. Antigamente a sociedade estava cheia de famílias podres. E isso é muito mais grave do que as famílias se restruturarem" [Victor Claúdio] [i]
As pessoas são livres para se casarem e, agora independentemente de qualquer violação dos deveres conjugais, para romperem o casamento, se assim o entenderem. O facto de a lei tornar o processo mais ágil, apenas facilitará aquela que será uma vontade real que pessoas sentem.
Como refere Victor Cláudio, um dos entrevistados do artigo do i, o facto de as famílias se reestruturarem em vez de se deixarem "apodrecer" será algo (potencialmente) positivo. Contudo, muitas vezes existem crianças no meio de toda estas "reestruturações". Com o aumento do número de divórcios ter-se-á de enfrentar essa realidade. E com isto espero abrir-vos um pouco o apetite para a conferência que se realiza amanhã e que há dias referi.
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