Coisa estranha, ou se calhar ironia, este Portugal Europeu, depois de colonizar a Europa, a reeditar-se no colonialismo 2.0 - de rabo entre as pernas, mansinho e tão pouco orgulhosamente só - que é como quem diz, a usar da língua de Camões no proveito de lamber uns bons traseiros africanos pelos vistos - aqueles de consulado, que sorvam a nova jorrada de gente daqui para algum lado. Pelos vistos (redundância ou não), e que pena, desbota-se a brancura da nossa angular democracia, de traves mestras, no apertar de mão ao presidente crónico de Angola, com os sempre apontados defeitos nessas coisas dos direitos-humanos e do pluralismo.
Assim se queixa o Bloco de Esquerda, e catraios incomodados, do acesso aos corredores limpos das nossas instituições às figuras de integridade patranha do MPLA, com percentagens norte-coreanas nas eleições. O pior é que Sócrates tem, nem que não queira, uma sabedoria intrínseca e congruente que o nome carrega. Conforme a sua presidência da "Europa não dá lições à Rússia" e vice-versa, também Portugal não as dá aos angolanos. Com o espectro da nossa "social-bu(r)rocracia" rente aos 70 %, maior se lhe juntarmos os 10 % do taxi, o pomar de autarcas de folha perene - e descontando os unanimismos internos-, não há nada que nos inche de superioridade moral. Em Angola, a partidocracia de freguês, pelo menos, é bem mais simplex.
O MPLA teve 81%. A moção de Sócrates teve 1 voto contra em 1900, pior que em Cuba!
ResponderEliminarValha-nos os irresponsáveis bloquistas, os únicos que não baixaram as calças ao Ditador.
Nos negócios vale tudo.
A Democracia atrapalha: Salazar salvou o País da Crise.
Ainda dizem que há dúvidas que o poder político foi corrompido pelos interesses económicos. Não existe poder político em Portugal apenas delegados comerciais.
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