“A alfabetização e a luta contra a fome estão ligadas, estreitamente interdependentes. Uma não triunfaria sem a outra. Ambas pedem – exigem hoje a nossa acção. Que neste terceiro milénio que há pouco começou, na nossa terra comum, não haja qualquer criança, seja qual for o seu sexo, a sua língua ou sua religião, abandonada à fome ou à ignorância, colocada à margem do festim. Esta criança traz em si o futuro da nossa raça humana. A ela a realeza, como escreveu, há muito tempo, Heraclito, o Grego.”
Assim terminou, no domingo passado, em Estocolmo, Jean-Marie Gustave Le Clézio o seu discurso de recepção do prémio Nobel da Literatura; úteis palavras, que vale a pena sublinhar neste dia em que se recorda que há sessenta anos foi aprovada a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
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Impressionante este texto, pela sua beleza e pela sua verdade.
ResponderEliminarAcabei hoje de ler um livo de Le Clézio, que não conhecia... Muito triste, mas bonito. Muito virado para o mar e para o sofrimento dos esquecidos deste mundo...