O Instituto Ibérico de Nanotecnologia fará da cidade de Braga um centro mundial de referência em Ciência e Inovação, podendo estar por aqui uma das portas que se abrirão para uma revolução no funcionamento da Sociedade e da Economia, nas próximas gerações. Quem o diz, não sou eu - que não monto barraca em Vilar de Perdizes - mas gente da Física, como Michio Kaku, téorico físico, futurista e autor de "Physics of the Impossible"(2008) . Não é pelo Instituto, mas pela Nanotecnologia em si.
Além das inúmeras aplicações em Medicina, Electrónica, Energia e Ambiente, pelo potencial do controlo da matéria a uma escala atómica, imitando as máquinas moleculares cujo bailado dão estrutura à existência da Vida, a Nanotecnologia poderá dar à Humanidade o seu "fabricante pessoal", depois de a ciência lhe ter dado o Personal Computer (PC). Este "personal molecular manufacter", feito por e de nanomáquinas, será capaz de produzir no conforto da casa, a partir de simples matéria, a rodos ao nosso redor, qualquer objecto ou bem que se pretenda, por simples programação. Tal qual um ribossoma (uma nanomáquina celular) constrói proteínas lendo o mRNA, ligando as peças que farão parte da restante maquinaria da célula. Por essa altura, estará o comércio tradicional pelas horas da morte, e nenhum aumento no BragaParque fará sentido. Fica, cada um de nós, dono e criador do que veste, come, usa e abusa - com as devidas questões éticas.
Mas se a maquinaria celular está devidamente programada para não se replicar infinitamente, assim como os organismos não se reproduzem sem limites - graças a milhões de anos sujeitos às ferramentas da Evolução -, surge, com o advento dos nano-robôs, a ameaça do Grey Goo: uma espécie de gosma cinzenta feita de nano máquinas que se multiplicariam (sem as alegrias do sexo) sem controlo, consumindo toda a matéria do planeta, nós inclusivé - ecofagia. Uma hipótese tão possível como remota. Este é aliás, a par dos Buracos Negros gerados pelo CERN, das Bombas Atómicas ou da Inteligência Artificial sem respeito pelo criador, uns dos possíveis "Fins do Mundo" causados pelo avanço tecnológico. Ora a termos tal evento de escala global algum dia, que venha para Braga, já que se ficou sem a organização da Capital Europeia da Cultura...
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Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez.
ResponderEliminarA cultura é aquilo que permanece no homem quando ele já esqueceu tudo o resto.
Temas Interessantes aqui divulgados
Isto do IIN e da CEC é um romance bem jeitoso. Mas acho que a divisão salomónica foi boa para a região.
ResponderEliminar"Seja qual for o país, capitalista ou socialista, o homem foi em todo o lado arrasado pela tecnologia, alienado do seu próprio trabalho, feito prisioneiro, forçado a um estado de estupidez."
ResponderEliminarCompletamente de acordo. Os blogues, por exemplo, surgiram após se terem recitado meia dúzia de versos mágicos, estilo Harry Potter.
Com a vinda deste Laboratório para Braga, ainda há quem se lamente pela perda da Capital Europeia da Cultura?
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