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Uma Ministra a Mais

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Tomatina 2007
© Reuters

Depois de ter cedido aos estudantes pela força dos ovos, Maria de Lurdes Rodrigues dá sinais de inegável fraqueza política na questão da avaliação dos docentes. Contudo, a falta de humildade não deixa a Ministra ter clarividência suficiente para compreender que o problema da avaliação não é a burocracia mas o modelo que foi imposto pelo Ministério da Educação.

Enquanto isso, os alunos dos colégios privados aprendem num ambiente tranquilo, sem sobressaltos, sem greves, sem professores desmotivados, sem estatutos que mudam de dia para dia e, tragicamente, sem Magalhães... Que pena que eu tenho deles.

9 comentários:

  1. Qualquer dia (senão Hoje), morre a escola pública. Os que têm dinheiro vão para o privado. Os outros, serão sempre os outros. E aumenta-se a disparidade.

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  2. Um agradecimento ao Pedro por deixar a nu a agenda escondida e inconfessável (até ver) de muitos dos que incitam (e se juntam) aos protestos por puro interesse táctico...

    Não me parece contudo que a esmagadora maioria dos professores (e arrisco dizer, dos portugueses) esteja minimamente de acordo com essa agenda...

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  3. Mas em que aspecto merece o ensino privado uma critica nesta notícia?

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  4. Caro Pedro Ribeiro

    Os assuntos da Educação são demasiado importantes para serem discutidos com a ligeireza e a tendência político-partidária com que o faz.
    Aliás, o maior problema de todo este processo são os "opinadores" furtuitos que mais não fazem do que exteriorizar a sua veia política. É por demais evidente que a política do Ministério da Educação, diria mesmo deste Governo, incluindo o modelo de avaliação em causa e o Estatuto da Carreira Docente aprovado anteriormente (desprezando todos os protestos dos professores), acabará por desvalorizar cada vez mais a Escola Pública, criando assim condições para que o Ensino Privado floresça calmamente.
    O problema deste modelo de avaliação e da cegueira da Ministra da Educação são aspectos puramente políticos que em nada beneficiam os alunos. E é disto que se trata - um sistema educativo que se funde na melhoria das aprendizagens e não na redução de custos e no controlo exarcebado dos docentes.

    Cumprimentos,
    JCM

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  5. O mesmo autor que defende com unhas e dentes o SNS é o mesmo que ataca o ensino público.
    Coerências ou tentativa de manter capelinhas?

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  6. Não vejo no "post" do Pedro nenhuma defesa do ensino privado. Vejo sim uma constatação da realidade. Neste momento o ensino público vive um caos que urge ser resolvido para bem de todos.

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  7. Caro jcm,

    foi com grande ligeireza que etiquetou as minhas palavras "fortuitas" que comentavam uma apreciação "ligeira" à situação que se vive na educação em Portugal. Inferiu de imediato que não corroboro os críticas a esta equipa ministerial quanto à actuação desastrada que esta vem tendo na condução da política educativa... por razões político-partidárias, claro!

    O que quis sublinhar através das minhas palavras é que, por trás da contestação, há um conjunto de interesses e de posicionamentos valorativos muito diversos. Nem todos têm interesse numa escola pública melhor, que seja um verdadeiro instrumento de alargamento de oportunidades para todos e de mitigação das desigualdades sociais (ainda que não se possa esperar que a escola o faça por si só). Para muitos... quanto pior, melhor! São os que se juntam aos protestos apenas para criar a balbúrdia e ganhar com isso um apoio que (ainda) não têm para um agenda que passa por uma progressiva privatização da educação e uma "guetização" da escola pública.

    Portanto, como vê, o que está em causa nas minhas palavras ultrapassa em muito a dimensão político-partidárias; é ideológico - palavra que provoca o horror em muitas pessoas que, com um discurso asséptico e pretensamente neutral, não se apercebem de quão igualmente ideológico ele é.

    As palavras do Pedro deixam no ar duas interpretações possíveis:

    - uma preocupação com a saúde da escola pública, perante a confusão instalada e um aviso para os perigos da manutenção desta situação perante os interesses privados interessados no alargamento da sua parcela do "mercado educativo" (peço indulgência para o uso desta expressão);

    - ou a evidenciação de uma (pretensa) superioridade de princípio da escola privada, um pouco como alguns comentadores costumam fazer aquando da publicação dos "rankings das escolas".

    Como diz, a questão educativa não deve ser tratada com ligeireza. E comentários dúbios como o que o Pedro "postou"prestam-se a interpretações muito díspares. Foi isso que o meu comentário "ligeiro" quis visar.

    Cumprimentos.


    Nota: o meu comentário e as divergências em relação a muitas opiniões que o Pedro aqui publica não invalidam a minha grande consideração por este "trabalho". Não tenho por hábito comentar mas costumo seguir com interesse o blogue. O Avenida Central constitui-se como um espaço de debate público de excelência para quem, como eu, vive em Braga - sem por isso ser um espaço excessivamente "regionalista".

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  8. É óbvio que não há neste post nenhuma crítica às escolas privadas. A Ministra que incendeia a escola pública coloca todos os seus alunos em desvantagem relativamente aos estudantes dos colégios privados. Ponto final.

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  9. Era o que faltava conceder as mesmas bensesses a quem está na escola pública e privada.
    O povo português não aceitaria tal absurdo.
    A esmagadora maioria das pessoas têm imensas dificuldades em colocar os filhos a estudar e seriam insultadas caso os meninos ricos recebessem subsídio de alimentação e escalão "a".
    Era o que faltava.

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