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Autárquicas 2009: Partido Socialista

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O adiar do anúncio da recandidatura de Mesquita Machado é o principal sintoma de que algo vai mal no mundo autárquico socialista de Braga. Habituado a partir com vantagens avassaladoras e a debater-se com opositores praticamente desconhecidos, Mesquita Machado sabe que, desta feita, as coisas estão muito mais difíceis. Em primeiro, porque Ricardo Rio não é um desconhecido e, pelo seu percurso, tem granjeado o respeito de sectores bem apartados da área ideológica que representa; em segundo, porque o desgaste da governação socialista do município é evidente, sobretudo nas áreas urbanas onde as derrotas se têm somado e cujo eleitorado, mais exigente, já desconfia das obras lançadas para o espectáculo mediático das inaugurações em véspera de eleições; por último, porque as sondagens já não sorriem à maioria socialista como sucedera noutros tempos.

Tudo somado, restarão ainda muitas dúvidas na cabeça de Mesquita Machado quanto à recandidatura. O dilema socialista assume contornos dramáticos: se Mesquita Machado avançar, com a vitória muito longe de estar garantida, o dinossauro autárquico arrisca-se a sair pela chamada «porta pequena»; mas se Mesquita Machado não avançar, então o facto seria interpretado como uma declaração antecipada de derrota e o caminho para a vitória da coligação estaria ainda mais facilitado.

Pontos Fortes
1. A popularidade de Mesquita Machado em alguns núcleos rurais do concelho permanece inabalável, rendendo votos que poderão ser importantes.
2. O volume de obras vai aumentar significativamente nos próximos meses e a aposta, sempre negada ao longo de décadas, na criação de espaços verdes será bem recebida pela população.
3. Quem está no poder parte sempre em vantagem. Mesquita Machado já disse que está em campanha desde o primeiro dia, mas nos próximos meses assistiremos a uma actividade de intensa promoção das actividades da autarquia.

Pontos Fracos
1. O desagaste inerente a décadas de gestão da maioria socialista na autarquia de Braga.
2. O avolumar da descrença na vitória que já se sente em alguns sectores do próprio partido socialista que pretendiam outras ideias e soluções para a cidade e o concelho.
3. A desertificação do centro da cidade, a degradação de algumas zonas que culminou com a derrocada fatal de Setembro, o atraso das obras na Variante Sul cujas responsabilidades nunca foram apuradas, a fuga da Bracalândia, o acentuar do caos urbanístico e a inabilidade para resolver os problemas de mobilidade dos bracarenses são os traços mais marcantes de um mandato que terá no último um volume de obras superior aos três anos anteriores.

3 comentários:

  1. É preciso uma Nova Política para a Cidade!

    Destacaria três capítulos bem importantes:
    1.Câmara amiga da família - solidariedade e susbidariedade; 2. Plano Urbano para Braga - criar uma 2ª rodovia, tornar a actual numa avenida; 3. Educação e cultura - património, centro histórico, estádio universitário.

    O PS Braga está fora de jogo, acabou!

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  2. Numa altura em que o ambiente e a crise financeira-económica "ameaça" implantar novos paradigmas no nosso modus vivendi; estou a lembrar p. ex. a mais que provável aposta na produção de automóveis eléctricos para meio urbano e o interesse de investir a Norte neste segmento. O facto de estes senhores não terem concretizado o parque tecnológico vai custar muito caro a Braga num futuro não muito distante e por muito tempo.

    Se os quiserem prendar por esse exemplo de falta de estratégia e visão, tenham a bondade.

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  3. O que acham da limitação de mandatos!!! tempo a mais gera vicio-descontrolo-desconforto e aquilo que nenhum politico deve sentir: PODER

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