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A Grande Depressão no Vale do Cávado [2]

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© Cláudio Rodrigues - a aposta na inovação e na promoção parece ser a única saída para a indústria do vale do Cávado

1. Convém não esquecer que o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e a Universidade do Minho são pedras angulares na resolução dos graves problemas sociais do vale do Cávado. Não só pelo contributo que os docentes e investigadores podem dar à busca de soluções, mas também porque o aumento das qualificações de que tanto se fala depende dos cérebros formados nestas duas instituições.

2. O Douro, o Douro e o Douro. A aposta do Porto sempre foi o Douro, não só porque é a região que melhor se presta ao turismo de um dia só (os turistas dormem e comem no Porto, viajando de autocarro ou de barco até ao Douro e regressando ao Porto), mas também porque é a fonte do inesgotável produto de promoção chamado «vinho do Porto». Veja-se que em tempos de grave crise no vale do Cávado, ainda se aguarda o cerrar fileiras da capital do Norte.

8 comentários:

  1. Olha, Pedro, informo-te que a esmagadora maioria dos turistas estrangeiros que visitam Braga e Guimarães ficam alojados no Porto. Existe razões para tal facto: o que há de interessante em Braga visita-se num dia e, o mesmo se passa em Guimarães. Essa tem sido a opção dos operadores turísticos que, presumo, estão mais interessados em conseguir atractivos viáveis e sedutores, do que ir a reboque de opções políticas.

    Cumprimentos

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  2. O Politécnico e a Universidade "entram" na mudança de paradigma da região, ou seja, para ver daqui a dez anos. No imediato, sabendo nós o que Lisboa pensa desta zona e confirmado há dias ao vivo e a cores pelo Eng.º Cravinho, a luta tem de ser encabeçada pelos orgãos regionais da administração central. Nesse aspecto, concordo com o autor, os atuais dirigentes não são infelizmente do tipo Valente de Oliveira, Silva Peneda, Cadilhe etc. A um nível intermédio entre a CCDR e as Câmaras temos, ao nível da NUTIII, o lamento madoado do Presidente da C.M. de Vila Verde. De Braga, motor natural da região, diz o senhor não vem uma palavra. Nem sobre isto nem sobre nada acrescento eu.

    Saúde-se o facto do Governador Civil ter assumido querer os minhotos a decidir sobre a alta velocidade no Minho. Há muito defendo que quem protesta mais tarde ou mais cedo vai ser ouvido. Não sou portofóbico e entendo que portuenses e minhotos devem remar juntos sempre que possível. Quando não...

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  3. "O Douro, o Douro e o Douro. A aposta do Porto sempre foi o Douro, não só porque é a região que melhor se presta ao turismo de um dia só (os turistas dormem e comem no Porto, viajando de autocarro ou de barco até ao Douro e regressando ao Porto), mas também porque é a fonte do inesgotável produto de promoção chamado «vinho do Porto». Veja-se que em tempos de grave crise no vale do Cávado, ainda se aguarda o cerrar fileiras da capital do Norte."

    hum... então o surgimento de novos hoteis e adaptação de quintas e solares ao turismo rural por parte de empresas do Porto, e.g. a Douro Azul com o Vintage do Pinhão (recentemente vendido),o Solar da Rede e o grande empreendimento projectado também para a Rede, entre outros, é para promover o turismo de um só dia?

    a estupidez portofóbica de alguns pantomineiros é incomensurável!

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  4. O grande problema é que a Universidade do Minho está cheia de pseudo intelectuais que têm nojo de sair à rua conviver com a "ralé".
    É só conhecimento de gabinete.
    De resto são uma nulidade.

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  5. Pedro,
    Voce está a confundir poderes públicos com privados.

    Os públicos tem que ser imparciais, os privados não.

    Assim é natural que os operadores turísticos do Porto captem clientes/trafego que pertenceria ao Minho ou ao Douro.

    Já não é natural que o Estado Central prefira uma região a outra, pelo menos para além de certo limite.

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  6. Caro José Silva,

    Não me refiro aos poderes privados, mas também aos poderes públicos. Ainda se recorda do que foi dito aquando da criação da Região única de Turismo do Norte?

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  7. "Não me refiro aos poderes privados, mas também aos poderes públicos. Ainda se recorda do que foi dito aquando da criação da Região única de Turismo do Norte?"


    "A Turismo do Porto e Norte de Portugal tem sede em Viana do Castelo, [e] tem delegação:
    a) De dinamização dos produtos estratégicos MI [Meetings and Incentivos] e City & Short Breaks no Porto;
    b) De dinamização do produto estratégico Touring Cultural & Paisagístico e dos Patrimónios em Guimarães;
    c) De dinamização do produto estratégico Saúde & Bem -Estar em Chaves;
    d) De dinamização do produto estratégico Turismo de Natureza em Bragança;
    e) Do Turismo Religioso em Braga."
    - Diário da Républica http://dre.pt/pdf1s/2008/09/17800/0668406694.pdf

    1 sede e 2 delegações no Minho, 2 delegações em trás-os-montes, 1 delegação no Porto.

    Este centralismo do Porto não está nada mau...

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  8. Caro Pedro Menezes Simões,

    Sugiro a leitura deste texto (infelizmente o JN retirou os links).

    Já disse e mantenho: refiro-me concretamente à aposta estratégica assumida da Região de Turismo do Norte. Mas poderia referir-me a outros sectores do investimento público. Acham mesmo que o Porto está minimamente preocupado com a crise social do Cávado?

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