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Braga por um Túnel [3]

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«As obras de prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade, em Braga, arrancam na próxima segunda-feira. Depois de vários meses de atraso, aquela que é uma das obras mais importantes do actual mandato autárquico vai finalmente para o terreno. No entanto, o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) afirma que a obra só poderá realizar-se depois de concluída uma pesquisa arqueológica naquele espaço.» [Samuel Silva, Público]

O prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade, em Braga, está a tornar-se numa autêntica novela mexicana. Depois de ter sido anunciado como a grande obra do mandato de Mesquita Machado, a empreitada foi adjudicada a uma empresa por um valor muito baixo em termos de mercado de construção civil, o que motivou a reclamação dos dois outros concorrentes.

Mais tarde, veio a saber-se que a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho estava a investigar desde Janeiro, secretamente, os vestígios romanos daquela área, o que implicaria adiar o início das obras por tempo indeterminado.

Por tudo isto, e sobretudo pela posição assumida pelo Igespar, será necessário olhar para o anúncio do Público com toda a prudência. Ainda que este momento seja extremamente oportuno para o comércio tradicional do centro (lembro que grande parte das obras decorreriam numa altura em que as novas grandes superfícies ainda não estão implantadas), a verdade é que ele é eleitoralmente inconveniente, uma vez que a sua construção dificilmente estaria concluída a tempo das próximas eleições.

Aguardemos, pois, os próximos capítulos da novela.

3 comentários:

  1. Eu desta confesso que não sabia. Quer dizer, Vizela fez de tudo para deixar de ser a cidade de risca ao meio... e agora Braga quer ser cidade de Túnel ao meio?!

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  2. Caro Pedro,

    Permite-me discordar em relação ao seguinte parágrafo:

    "Mais tarde, veio a saber-se que a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho estava a investigar desde Janeiro, secretamente, os vestígios romanos daquela área, o que implicaria adiar o início das obras por tempo indeterminado."

    A UAUM está de facto, e desde há algum tempo, em escavações arqueológicas naquela zona. Não vejo o que possa haver de "secreto" na escavação, que ínclusivamente era visível da rua, e observada pelos transeuntes. Qualquer pessoa com algum interesse na área sabia da realização da escavação. Não se sabia era, naturalmente, os resultados que vão sendo aferidos.

    Quando o Igespar diz "foi objecto de apreciação e de aprovação condicionada à realização de escavações arqueológicas", citado pelo Samuel Silva no Público, não está, obviamente, a referir-se à escavação do quarteirão dos CTT, mas sim à realização de escavações no local a afectar pelas obras do túnel, que podem a vir a ser realizadas pela UAUM, ou não.

    Nota que este comentário não tem que ver com o projecto do túnel, mas sim com as pesquisas arqueológicas que referiste.
    Abraço,

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  3. Caro Gonçalo,

    Obrigado pelo esclarecimento. Eu escrevi com base nas notícias vindas a público.

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