Avenida Central

"Vamos ao Debate?"

| Partilhar
"Vamos ao debate?" A pergunta, que comporta um convite, foi formulada ontem por Luísa Teresa Ribeiro no blogue A culpa é sempre dos jornalistas. O que a competente jornalista sugere é uma reflexão e, helás, "muito interessante", a partir de dois artigos de opinião publicados recentemente no Diário do Minho.

Para ajudar a enquadrar o debate, Luísa Teresa Ribeiro publica extractos dos dois textos. Um deles diz que "um homem nunca se deve entregar a uma mulher, o contrário é que é natural e, como também sabem, mesmo assim nem sempre resulta", "uma mulher a mandar nos homens e nos homens todos. Que perspectiva horrorosa, socorro, preferia o Eng. Obama" e coisas assim, bizarras e tontas, ao que parece a propósito da presidente do PSD. O outro texto insurge-se, com correcção, contra o que diz ser uma "afirmação de misoginia política".

Gostava de corresponder ao convite formulado publicamente, desde logo pelo enorme apreço que tenho por Luísa Teresa Ribeiro, mas confesso a mais completa inaptidão para falar de "as mulheres" ou, aliás, de "os homens", "os jovens", "os velhos", "os portugueses" ou "os espanhóis". Evitar generalizações, de género, de idade, de profissão, de nacionalidade, de cor da pele ou sejam elas quais forem, é uma sensatez que não desdenho.

4 comentários:

  1. Como eu já escrevi no blogue Elas nas notícias:

    Fiquei chocada com este texto de opinião. Tod@s temos direito à liberdade de expressão, a qual está consagrada na legislação portuguesa, mas não me parece que tenhamos o direito a agredir as mulheres que estão na esfera política. Aliás, parece-me que não será apenas nessa esfera, mas que o autor se coloca contra as mulheres no domínio público. Uma visão conservadora e retrógrada, assente numa ideologia do patriarcado que relega as mulheres para a esfera privada….SOMOS MUITO MAIS DO QUE DONAS DE CASA (como ele chegou a chamar a Dra. Manuela Ferreira Leite), SOMOS MULHERES; MÃES, ESPOSAS E PROFISSIONAIS…Infelizmente, cabe-nos a gestão da vida familiar e da vida privada, mas conseguimos fazê-la com sucesso.

    Como em tudo na vida, gostava que as pessoas fossem escolhidas pelas suas competências e não por serem homens ou mulheres, pretos ou brancos, ricos ou pobres, idosos ou jovens… Parece que continuamos a viver em função de dicotomias, impedindo uns de alcançar o poder…quando eles têm as mesmas ou mais competências que os outros…

    A propósito, relembro aqui as palavras de Manuela Ferreira Leite, que diz que espera não ter sido eleita por ser mulher. A nova líder do PSD refere que as mulheres não pensam em política 24horas por dia porque têm que acumular tarefas.
    No meu entender, seria ideal que ela não tivesse que dizer estas palavras, mas como já referi, cabe ainda às mulheres a gestão da vida familiar e pública. Quando elas chegam aos cargos de chefia, na política ou noutras actividades, espera-se sempre que elas tenham uma conduta "socialmente masculina". É preciso desconstruir estes papéis de género...para o bem de uma sociedade que procura a justiça social...Porque o que importa é mesmo a competência (volto a repetir...)...ou estaremos nós estagnados no tempo...ou mesmo em fase de regressão...

    ResponderEliminar
  2. E nortenhos e sulistas, não é a mesma coisa?

    ResponderEliminar
  3. Em plena campanha para a primária nos EUA, perguntaram a Hilary a sua opiniao sobre aqueles que dizem que lugar de mulher é em casa a cuidar dos filhos e dos maridos... Hilary respondeu: como mãe e mulher que sou, cá estou para construir um país melhor e mais justo para a minha familia. Esses senhores devem votar em mim, porque eu vou cumprir o meu dever de mulher/mae/esposa...

    ResponderEliminar
  4. vamos ao debate... mas para além da esfera bloguista por favor.

    Dalila

    ResponderEliminar

Antes de comentar leia sobre a nossa Política de Comentários.

"Mi vida en tus manos", um filme de Nuno Beato

Pesquisar no Avenida Central




Subscreva os Nossos Conteúdos
por Correio Electrónico


Contadores