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Avenida Marginal George Bush

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George Bush vai abandonar a Casa Branca dentro de pouco tempo. O momento é histórico e reveste-se de especial importância; durante quase oito anos, a acção do presidente americano foi um desastre completo. Bush alimentou guerras desnecessárias no Iraque e no Afeganistão, fez uma gestão ruinosa das contas públicas (os excedentes da era de Clinton desapareceram num piscar de olhos) e submeteu a sua política externa aos caprichos dos neocons e aos interesses da indústria armamentista. Os americanos compraram a banha da cobra pela segunda vez, mas os erros de palmatória não escaparam aos europeus.
A história viria a dar-lhes razão. Aos europeus, claro. A leviandade com que Bush encarou um dos dossiers mais delicados da comunidade internacional provou que o conservador americano era não apenas um erro de casting forjado nas urnas mas também um entrave de peso ao solucionar de problemas globais. O Aquecimento Global exigia racionar o consumo de combustíveis poluentes e incentivar as energias renováveis. O aumento do preço do crude criou uma janela política para o natural solucionar do problema. Ledo engano. Bush, que já tinha rejeitado Kyoto, apresentou propostas para diminuir os impostos sobre os combustíveis. Sugeriu encontros para discutir o problema e exigiu à OPEP que alargasse a malha das quotas petrolíferas. Os esforços dos europeus foram em vão.
A Defesa foi outro falhanço. Bush invadiu o Iraque e o Afeganistão. O erro propagou-se: os ataques terroristas sucederam-se e o nível da ameaça não diminuiu. A opção pelo unilateralismo, aliás, não se compreendia. Os europeus estavam unidos. Tinham uma política externa conjunta e despesas militares que justificavam algum poder negocial. Os cidadãos europeus tinham, sobretudo, uma boa atitude. Estiveram sempre mais preocupados em pensar na sua própria política externa do que em criticar a dos americanos.
Sosseguemos. Bush vai abandonar o posto e a escolha que se segue, seja qual for, promete melhorias nítidas – não apenas para os americanos mas também, e sobretudo, para os europeus. Mas o erro era evitável. Se à primeira ainda se compreendia, a insistência foi anedótica. Porque já então os europeus compreendiam de que massa era feito Bush – numa atitude, de resto, partilhada por grande parte do planeta. Ainda esta semana, a Newsweek mostrou que Bush é, a nível mundial, dos líderes que inspira menos confiança. Entre os melhores estão Putin, da Rússia, e Hu Jintao, da China. Não há que enganar; quando tiverem dúvidas, perguntem ao resto do mundo.

13 comentários:

  1. Os europeus estão sempre correctos.

    Aliás, foi dessa forma que resolveram completamente sozinhos duas guerras mundiais.

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  2. Nem mais.

    Assino por baixo.

    O mundo será melhor com Bush longe do poder, esperemos.

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  3. José Araújo, acho que o autor estava a ser irónico...

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  4. Que me perdoe o autor mas, este é o texto mais idiota que eu li nos últimos tempos.

    Caríssimo, você já domina a escrita e a forma...Já consegue ser irónico..uahu!..Só lhe falta dominar os conteúdos...

    Este texto parece saido da pena do Luís Delgado, nos seus momentos mais alucinados..

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  5. E eu a pensar que este tal de pedro romano já teria consciência do quanto ridiculos são os seus textos...mas parece que não. O tipo ainda escreve aqui.

    Pedro Morgado, para o bem de todos e para mantermos a boa qualidade deste blog, por favor conversa com esse pedro romano, toma um fino com ele, pede-lhe para ele não ficar chateado mas diz-lhe que ele não tem nível para escrever aqui. Ele que vá escrever esses disparates para outro lado....

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  6. Mas este gajo ta a dizer bem do Bush ou eu sou mt mt burro? alem de ser imbecil é um canalha filho d p***!

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  7. Como é que Bush não podia rejeitar Quioto se o próprio Gore disse que não o ratificaria enquanto as nações em desenvolvimento não participassem nele (bush/china?) ?

    http://www.cnn.com/ALLPOLITICS/1997/12/11/kyoto/

    (isto de http://en.wikipedia.org/wiki/Kyoto_Protocol#cite_note-65 :
    On July 25, 1997, before the Kyoto Protocol was finalized (although it had been fully negotiated, and a penultimate draft was finished), the U.S. Senate unanimously passed by a 95–0 vote the Byrd-Hagel Resolution (S. Res. 98),[64][65] which stated the sense of the Senate was that the United States should not be a signatory to any protocol that did not include binding targets and timetables for developing as well as industrialized nations or "would result in serious harm to the economy of the United States". On November 12, 1998, Vice President Al Gore symbolically signed the protocol. Both Gore and Senator Joseph Lieberman indicated that the protocol would not be acted upon in the Senate until there was participation by the developing nations.[66] The Clinton Administration never submitted the protocol to the Senate for ratification.)

    JHP.

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  8. Mas o homem não está a falar a sério?Está a ser irónico? Não acredito...

    Até o Luis Delgado diz mal do Bush!

    De qualquer modo, 8 anos perdidos!Bush vai ficar para a história como o homem que tornou possivel uma invasão a sério da América, veja-se a destruição das torres gémeas.E que vai ser responsável pela maior indemnização de guerra que um dia um país pagará a outro (Iraque)por ser responsável pela sua destruição.Mas isso só sucederá um dia, não sei quando, se calhar quando a América ( e o mundo...) tiver vergonha...Daqui a cem anos?Se forem cinquenta já não é mau!

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  9. Até estou curioso em saber quem é esse cromo do Pedro Romano. Deve ser um retardado que nada sabe da vida e escreve na base do copy/paste. Mas mesmo assim até estou curioso em conhecer essa figurinha.

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  10. Bom post. Pôs as orelhas a arder a muito boa gente.

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  11. "Bom post."
    Onde?!...o do tipo dos posts de pescada "à romana"?

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  12. Enfim , após todos estes anos de catástrofe não existe ninguém de bom senso que possa apoiar a política que foi seguida por Bush e pelos seus lacaios europeus.
    Longe vão os tempos em que viamos os ferverosos adeptos dos americanos (Vsco Rato e Luís Delgado) babando-se pelas pseudo armas de destruição maciça, as mesmas que os EUA não têm problemas em usar.Hoje, estes lacaios desapareceram tal como todos os outros. Os poucos que sobraram não são mais do que patetas alucinados que não merecem um segundo de atenção.
    É deixa-los falar.

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