«Em Maio deste ano completam-se quarenta e cinco anos após a viagem do último eléctrico bracarense. Braga, aliás, foi última cidade do país a electrificar a rede de transportes urbanos (1914) e curiosamente a primeira a desactivá-los (1963). Ao contrário das outras cidades portuguesas que também adoptaram este simpático transporte urbano (Porto, Coimbra, Lisboa e Sintra), Braga não conservou nenhum dos seus carros eléctricos, dos seus atrelados e do restante património associado. Todos os 11 eléctricos e atrelados que circularam na cidade foram desmatelados e convertidos em sucata e, mais tarde, foi destruído o próprio edifício onde os eléctricos recolhiam e que se situava no cruzamento da Rua Cardoso Avelino com a Rua Cruz de Pedra (junto à estação de comboios) para no mesmo local se construir mais um centro comercial. Braga tem vindo a perder e a destruir praticamente todo o seu património mais recente, nomeadamente muitas das infraestruturas industriais construídas nos finais do séc. XIX ou inícios do séc. XX, correndo-se o risco de este período apenas ficar documentado por fotografias. Não é por acaso que a maioria dos bracarense de hoje não sabe que Braga já foi servida por uma rede de eléctricos entre Maximinos/Estação da CP e Gualtar/Bom-Jesus e entre o Estádio 1º de Maio e Monte D'Arcos.»
Sexta, 28 de Março - 21.30
Velha-a-Branca
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Por falar em eléctricos, a cidade "inclinada" de Vigo também vai introduzir novamente na cidade os eléctricos.
ResponderEliminarSe não me falha a memória, são cerca de 10 cidades espanholas que vão agora introduzir novamente o eléctrico. Mas já existe, além destas, cidades espanholas que o já introduziram. O mesmo se passa em Itália e França, aqui existe é uma introdução em massa.
Em Portugal Coimbra já vai com o tal metro Mondego, Amadora o trólei, fez-se um metro sul do Tejo, os do Algarve perspectivam uma rede de comboios "leves".
Mas Braga, como sempre, prefere nadar em betão e CO2. Estou cada vez mais desiludido com esta cidade...
O tal "estudo de mobilidade" é que nunca mais deu sinal de vida. Será que está a ser mantido "em banho maria" à espera que a comunidade "atenta" da cidade se esqueça?
ResponderEliminarCaro César Gomes
ResponderEliminarDonde retirou essa informação sobre Vigo? (não estou a duvidar da informação que nos está a dar, só queria saber mais informações)
Quanto ao Algarve, isso não passa de um projecto que dificilmente vai para a frente.
Salem,
ResponderEliminarQuem me informou foi um colega de Vigo. Está em fase de projecto (há algum tempo). Sei que é uma linha de 13km. A intensão é ligar o aeroporto, universidade, estação comboio, centro, porto e praias.
Mas não me pareça coisa fácil ligar o aeroporto e a universidade (no alto) ao centro no fundo. Não sei se já existe mais desenvolvimentos...
A cidade de Murcia, que re-introduziu, está a adoptar o modelo de electricos de Bordeaux.
ResponderEliminarhttp://www.tranvimur.es/
A ler: http://www.tranvimur.es/portal/ventajas.php
ResponderEliminarEm Tenerife a transdev também para lá qualquer coisa com os declives...
ResponderEliminaros electricos são realmente uma mais valia. Os electricos do genero que circulam no Porto custam 10% daquilo que custa um metro convencional e faz 90% do serviço que faz o metro.
Mas também há também alternativas ao light rail, quando a população não é suficiente, como é o caso dos autocarros guiados. Não dão tantos votos mas são igualmente eficazes e mais baratos.
Viva o ozono troposférico!!
ResponderEliminarO estudo de mobilidade deve estar quase!
ResponderEliminarQuando é que há eleições autárquicas??
Dario Silva.
A realidade mostra uma cidade que sendo antiga e com histórico património se esquece de conservar, coisas tão simples como o Museu Ferroviário que um dia desapareceu com as novas instalações da Refer.É culpa da Autarquia não ter entendido que não é necessário esquecer o passado, para a evolução da cidade.Crescer implica Planeamento e projectos, mas também conservação e manutenção do que os antigos nos legaram.
ResponderEliminarA questão geracional da mobilidade (que vai, forçosamente transitar para orientações ecológicas e de rentabilidade), imcompreensivelmente, continua a não ser algo consensual. A sessão da Velha-a-Branca, ontem, demonstrou-o mais uma vez.
ResponderEliminarPorque será?
o Porto e Lisboa, cresceram muito mais que Braga e conservaram os seu patrimonio de electricos
ResponderEliminarEstudo de mobilidade? Com este poder autárquico que já se esgotou? Convenhamos a cidade não evoluiu a nível de transportes nas últimas décadas.Nada se fez rumo ao progresso.Os transportes estão hoje piores que à 30 Anos, atravessar a cidade de autocarro é um martírio, é o faz que anda mas não anda, os passeios com carros estacionados, as ruas com trânsito nos dois sentidos mas onde os estacionamentos impedem a marcha do Autocarro, enfim são transportes para o povo, para os pobres, mas jamais para os nossos politicos que nem em campanhas eleitorais os utilizam e finalmente sdão dos mais caros do país.Porque será? Elementar meu caro, o Estádio saiu caro, as despesas têm de ser pagas e só o povo tem de arcar verdadeiramente com a factura.
ResponderEliminarO tema parece esquecido,porém a cidade precisa dos transportes, do movimento de outrora, do povo ás compras no centro.O comércio morre porque o poder local, um dia fez opçõpes tendo em vista outras prioridades, outras localizações, outros interesses, separar a CP da Central de Camionagem, pôr os TUb a circular conforme não se sabe bem que interesses, acabar com o eléctrico ou com o movimento na zona Histórica, foi o resultado das políticas de duas décadas, que agora mostram uma cidade a caminho da desertificação.Parabéns a todos aqueles que com mais ou menos responsabilidades, contribuiram para esta realidade.Continuem a votar nestas figuras...
ResponderEliminarO eléctrico é passado e mesmo aqui decresceu o numero de defensores.Continuo a pensar que não sendo alternativa é uma necessidade e uma preciosidade que Braga devia retomar em determinados trajectos.Quanto à cidade em si, perdeu o comboio Português quando não pensou no Metro e ligações Ferroviárias além de Braga.Esta forma de pensar pequena, privou a cidade do progresso e condenou o futuro das gerações vindouras.Braga jamais será a partir de agora uma grande cidade, ficando condicionada a ser uma cidade média, ou sexta ou sétima do País dentro de 10 Anos.
ResponderEliminarRespeito todas as opiniões e permito-me perguntar, quantos de nós votam PS ou PSD? Todas as situações descritas são produto da vontade dos eleitores dos dois maiores partidos.Dá para entender? Portanto viva a maioria.
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